2 de abr. de 2016

Pensamento do dia

Quanto mais jovens somos, mais queremos tudo. Tudo mesmo; o mundo e o Universo. Queremos o conhecimento, o prazer, a liberdade, queremos revolucionar, queremos ser alguém no planeta. Queremos viver e aproveitar a vida ao máximo.

O mais gostoso da infância é nossa ignorância - não conhecemos nada. Gradativamente descobrimos o que existe ao nosso redor. E apesar de não conhecermos muito, nós já ansiamos pelo tudo que nos aguarda. Esse tudo vai evoluindo cada vez mais e mais. Começa nas coisas simples da vida e depois se torna coisas maiores.

A escola está prestes a encerrar seu ciclo. Depois dela há o que conhecemos como "fase adulta", nosso futuro. Temos que trilhar nosso rumo na vida, decidir qual será nossa profissão, nossa carreira, o que vai nos sustentar. E nossa, quanta coisa queremos! Se pudéssemos, seguiríamos vários caminhos (mesmo que dando mais importância para alguns do que outros). Normalmente temos um plano B ou algum caminho à parte que seria mais por diversão do que por obrigação.

Há gente que faz curso, há gente que faz faculdade. Não importa qual seja, esse é o estágio de investirmos no futuro que escolhemos. Mesmo escolhendo com firmeza a princípio, às vezes questionamos nossa decisão. É normal, todo mundo passa por isso. De todo modo não dá para negar que nesse estágio o mundo se abre completamente diante de nós.

Estou certo do que quero, mas mesmo assim há momentos em que desejo outras coisas ou mais coisas além do que faço. A profissão de farmacêutico é adequada para mim, porém desejo também ser escritor. Recentemente estive querendo cantar e compor. Às vezes quero produzir jogos de videogame. Em certas ocasiões imagino como seria ser modelo hahaha.

Enfim crescemos, amadurecemos, e temos menos ambição pelo tudo. Faz parte. Claro que há exceções, mas a maioria tende a focar mais no que escolheu anteriormente. Deixar de querer tudo... a ideia soa um tanto medonha. Contudo, isso não é o fim. É apenas um novo começo, que nos permite nos dedicar inteiramente às nossas decisões de vida.

O fim seria não querer nada, ou querer apenas o nada. Pois o nada não impulsiona ninguém à ação, nos deixa na estagnação. Quem não faz nada é cadáver. Ou o que não existe.

Não há nada de errado em querer tudo, mesmo que ao mesmo tempo. É pecado ou crime ser apenas humano? A maior tristeza de querer tudo é lembrar de nossa limitada condição humana - é humanamente impossível ter tudo.