20 de abr. de 2016

Confissões

Ele é maravilhoso!

Como não ficar afim? Como não se interessar? Como não se apaixonar?

Como não começar a fantasiar e acabar criando expectativas?

Eu reúno toda minha coragem para me aproximar dele. "Talvez eu faça o tipo dele. Talvez nós temos afinidades. Talvez queremos a mesma coisa." Afinal, é errado querer tanto alguém, mesmo não conhecendo a pessoa?

E então me aproximo.

Quantas possibilidades podem ocorrer após isso: receber a atenção que quero, receber uma atenção diferente, não receber atenção nenhuma, conhecer a pessoa e me interessar mais, conhecer e me decepcionar...

Sempre queremos as melhores possibilidades. Contudo, as piores são as mais frequentes. Mesmo após ter se acostumado, elas ainda ferem um coração ainda quente.

"Mais um fracasso pra minha lista?"

Ele não se interessa por mim. O desinteresse é nítido. Às vezes vem acompanhado de certa pitada de desprezo. "Eu devo ser um nada pra ele. Ele deve pegar caras bem melhores."

Ele quer apenas minha amizade. Deixa claro que me quer como amigo. "Mas ele pega caras mais feios e desinteressantes do que eu", penso com prepotência (ou seria verdade?). "O que eles têm que eu não tenho???"

E quando ele é maldoso? Te dá a falsa impressão de estar te correspondendo e depois destrói cruelmente essa miragem. Tem tantos assim nos dias de hoje...

Às vezes dá medo de se aproximar daqueles garotos mais bonitos e populares. A maioria tão... esnobe.

Se ele já estiver conversando com outro além de mim, ah, nem devo perder meu tempo! Serei sempre trocado. A outra opção é sempre melhor.

O contato se rompe. Não porque eu quis. Mas porque é o melhor para mim.

"Ele também não manterá contato."

Eu digo a mim mesmo: "Me fecharei para o amor, pois ele nem deve existir. Não vou mais me aproximar dos caras. Cansei da decepção! Tornarei meu coração numa pedra de gelo!"

Até aparecer uma nova paixonite.