30 de jun. de 2018

É tudo sobre amor?

Quando vejo as massas e muites ativistas se pronunciando a favor da comunidade LGBTQIAPN+, é bastante comum discursos que giram em torno de amor e afeto entre dois homens ou duas mulheres. Discursos válidos? Claro! Mas... já saturaram.

Se toda a opressão da comunidade inteira fosse apenas um sistema que não quer deixar dois homens ou duas mulheres se amarem, nossa causa seria muito mais fácil.

Tenho uma visão diferente sobre esse tópico em específico. Não acho que a oposição queira impedir homens e mulheres de "se amar". Dois homens e duas mulheres podem se amar à vontade. Não há como proibir um sentimento, algo abstrato e incontrolável.

O que a oposição deseja é que o sistema não reconheça social e legalmente casais do mesmo gênero. Isso é uma briga política, um jogo de poderes, não uma novela mexicana onde famílias fazem de tudo pra impedir o relacionamento de duas pessoas.

Sim, não vou negar que não permitir casamento ou demonstração de afeto em público são ataques aes sentimentos e liberdades dos casais. Mas isso tudo faz parte de um grande mecanismo opressivo que quer invisibilizar esse tipo de afeto, ou ao menos escondê-lo da sociedade. E a motivação disso é apenas preservar a dominância da heterossexualidade.

E afinal, esse discurso todo de amor "entre iguais" contempla o resto da comunidade?

Primeiramente, temos que admitir um grande fato sobre toda essa ladainha melosa sobre amor, amor e amor: ela é muito amatonormativa. Vou explicar o motivo.

A arromanticidade ainda é vista como uma anomalia devido a toda essa imposição de que todas as pessoas devem amar, devem se apaixonar, namorar, ou devem ao menos ter vínculos de natureza afetivo-sexual com ume ou mais outres ao longo da vida. Falar o tempo todo de casais não ajuda em nada esse segmento.

O discurso do amor pode sim ser aplicável à maioria des heterodissidentes, mas os segmentos T, I, A e N estão brigando por muito mais. Aliás, galera, transgeneridade e intersexualidade não têm nada a ver com amor, tá? E pessoas arromânticas enfrentam justamente a amatonormatividade que acaba sendo espalhada nesses discursos tão romantizados. E ainda estou esperando lembrarem dos casais diamóricos também.

Vale lembrar que muites heterodissidentes estão lutando mais pelo direito de: transar livremente com quem quiser, garantir sua integridade física, e ter sue orientação/gênero/corporalidade validade do que pela mera oportunidade de amar quem quer.

Podem falar de amor? Claro que podem. Só não fiquem limitando todos os problemas da comunidade a casais aquileanos ou sáficos "lutando para se amar". Os discursos precisam ser mais amplos. E mais politizados também, porque se agarrar à emoções definitivamente não funciona com a forte oposição existente no Congresso.



27 de jun. de 2018

De novo sobre aborto

Retorno com este tema porque foi muito discutido recentemente nas redes sociais. Deputades da Argentina aprovaram o projeto de legalização do aborto, que agora será analisado pelo Senado. O aborto é permitido no país apenas em casos de estupro ou risco à vida de gestante.

E com isso a discussão sobre a legalização do aborto ganhou força nas redes sociais, iniciando mais uma briga entre os polos a favor e contra o procedimento. Já falei sobre o tema aqui no blog. E sim, essa briga já ocorreu outras vezes, mas dessa vez queria apontar outras coisas.

Pessoas que defendem a legalização costumam falar muito sobre o "aborto masculino"; ou seja, quando a figura paterna decide não assumir o bebê. É problemático chamar abandono e fuga de uma responsabilidade como essa de "aborto masculino". 

Primeiro porque abandono realmente gera danos tanto ae gestante quanto à criança, enquanto aborto não faz nada disso. Segundo porque homens cis literalmente não abortam, e aborto não é feito somente por mulheres cis.

Mais uma vez a defesa veio falando que "somente quem tem útero pode opinar". Eu também repeti esse discurso e me fizeram perceber o quanto estava errado. E refleti depois sobre. 

Dizer que só pessoas com útero podem opinar exclui automaticamente mulheres cis/ipso sem útero e mulheres trans, o que seria bem contraprodutivo. Na verdade, todes opinar. Todes mesmo. As pessoas têm de fato a liberdade de ser a favor ou de ser contra. O problema é como se expressam.

A legalização do aborto não é uma mera questão de opinião, é uma questão de saúde pública. E sim, diz respeito unicamente a pessoas que possam engravidar; só elas são alvos dessa situação.

Mas mesmo que você seja contra, reconhecer essa questão como um tema social e que pode ser necessidade de outras pessoas é suficiente, pois demonstra empatia e consciência. Não podemos exigir que nossos posicionamentos pessoais sejam regra para todo mundo. E o mesmo vale especialmente para as mulheres que escolheram ter sues filhes numa gravidez indesejada ou após um estupro.

E nesse episódio teve um acontecimento inusitado: prints de conversas de homens rejeitando a gravidez das mulheres. As conversas revelaram o quanto homens podem ser hipócritas, imaturos, irresponsáveis, agressivos e misóginos. Um tapa na cara de quem joga toda a culpa da gravidez na parte gestante, e de quem diz que as pessoas engravidam só pra receber pensão (que muitas vezes nem compra todos os recursos usados mensalmente por um bebê).

Vou continuar defendendo a legalização, vou continuar apoiando como posso, e vou continuar torcendo para que o Congresso reconheça e valorize essa questão.



25 de jun. de 2018

Transexualidade e a OMS

Há uma semana o mundo teve uma grande notícia: a OMS retirou a transexualidade de seu catálogo de doenças mentais. Ela publicou seu novo CID (Classificação Internacional de Doenças) e nele a transexualidade não é mais um "transtorno de gênero".

No entanto a CID-11 a coloca como uma "incongruência de gênero", uma condição relacionada com a saúde sexual. 

A justificativa para isso é continuar permitindo o acesso aos serviços de saúde específicos para pessoas que queiram transicionar; principalmente a cirurgia de redesignação sexual. Isso revela que ainda existe toda uma burocracia - sustentada pelo cissexismo - sobre o que as pessoas podem ou não fazer com seus próprios corpos.

Claro que é um avanço a OMS reconhecer que pessoas fora da cisnorma não são doentes mentais, mas os corpos trans ainda não têm total liberdade. Vejam a diferença que ocorre entre pessoas querendo transicionar e pessoas cis que queiram colocar silicone ou aumentar o pênis.

A nova CID entrará em vigor no primeiro dia de 2022, o que significa que até lá todos os países que aplicarem a CID-11 devem se adaptar a essa mudança. Isso deverá destruir toda e qualquer brecha para pessoas e instituições que ainda tentam "curar" pessoas trans.

Talvez isso ainda não melhore a situação de pessoas trans em certos países que ignoram completamente as palavras e decisões da OMS. Mesmo em países que seguem a CID atual ainda há casos de terapias de conversão para heterodissidentes. Porém... é alguma coisa, ainda mais considerando que foram longos 28 anos após a despatologização da homossexualidade para que algo assim acontecesse.

A luta da comunidade trans continua.



21 de jun. de 2018

Leia um textão

Hoje vou dar uma dica para quem está começando na militância, ou tem apenas curiosidade, ou quer saber sobre os movimentos sociais: leia um textão. :D

Te disseram que textão "não resolve nada"? Que é perda de tempo? Que é só pra ganhar like? Bom, realmente tem textão que faz isso sim, afinal na Internet tem de tudo. 

Mas não falo desse tipo de textão. Falo do tipo que você lê e termina com alguma novidade, alguma diferença.

Você ainda não saiu do armário e entra escondide em espaços virtuais? Leia um textão.

Você tem depressão ou é antissocial? Leia um textão.

Quer saber sobre vivências e conceitos e não quer sair de casa? Leia um textão.

Viu uma pessoa com ideias interessantes? Leia um textão dela.

Não tem tempo para pesquisar? Leia um textão no seu tempo livre.

Está na fila do banco e ela não anda? Leia um textão pra passar o tempo.

Leia um textão, leia muito textão. No Facebook, no Twitter, no Medium, em qualquer lugar.

Se o textão te ajudou, foi válido. Se te informou, foi válido. Se abriu sua visão, foi válido. Se te conscientizou, foi válido.

Não leia só por ler. Leia, absorva, entenda. Pessoas não ficam perdendo minutos preciosos do dia para digitar para o vácuo do universo. Ler um textão também valoriza a pessoa, valoriza a mensagem que ela quis passar.

Ah, e não esqueça de compartilhar sempre! Espalhe o que é produtivo, o que conscientiza, o que melhora as pessoas, o que faz diferença.



17 de jun. de 2018

Exclusividades de gênero

Como falei num artigo anterior, dentro da não-binariedade existe uma diversidade imensa e talvez infinita de identidades. Em algumas estão explicadas condições específicas para acessa-las, o que pode parecer contraditório quando falei que a não-binariedade é "ausência de regras".

Mesmo dentro da diversidade de gênero existem questões restritas a outros grupos marginalizados por outros motivos. E por isso devem ser respeitadas.

Uma pessoa designada mulher não pode ser transfeminina. Pois esse rótulo foi feito para pessoas designadas homens que têm alguma identidade feminina e/ou queiram transitar para um corpo socialmente lido como feminino, pensando em todas as questões sociais e pessoais de quem tem essa experiência específica.

Uma pessoa designada homem não pode ser transmasculina. Esse rótulo foi criado pelos mesmos motivos que a identidade transfeminina, mas para pessoas que nasceram com vulva.

Uma pessoa perissexo não pode ser intergênero, pois intergênero é uma identidade influenciada pela própria condição intersexo da pessoa. Portanto faz sentido apenas para intersexos.

Uma pessoa neurotípica não pode ser neurogênero, pois as perspectivas de gênero de neurodivergentes podem ser variadas e não ser consideradas (devido ao capacitismo), e daí a necessidade de gêneros influenciados por neurodivergências.

Uma pessoa de uma cultura ocidental não pode ser de um gênero indígena/oriental. Essas identidades pertencem a essas culturas e só fazem sentido para quem pertence a elas. Pessoas de fora delas que queiram essas identidades estão praticando uma forma de apropriação cultural, além de desrespeitar uma forte questão que envolve a imposição dos gêneros binários pelo Ocidente.

Todas essas particularidades também entram em conflito com a definição errônea de pangênero como uma pessoa que tem "todos os gêneros existentes". Não, esses gêneros se limitam à cultura dela e sua experiência de vida.

Enfim, apenas quis trazer esse tópico para explicar melhor por que existem exclusividades dentro da não-binariedade e dos gêneros culturalmente restritos. Assim como as identidades devem ser respeitadas, essas exclusividades também devem.



14 de jun. de 2018

Palavras capacitistas

Capacitismo é um outro tema muito ignorado. Termos capacitistas provavelmente devem ser os mais usados e os menos questionados em geral, ao contrário de termos que ofendem outros grupos - negres, gays, mulheres etc.

Segue abaixo palavras capacitistas usadas frequentemente:

Estúpide
Idiota
Imbecil
Otárie
Doide
Louque
Maluque
Retardade
Lesade
Demente
Lunátique
Insane
Maníaque
Débil
Cretine
Mongol
Capenga
Babaca
Trouxa
Burre
Besta

Todas essas palavras na verdade descrevem condições mentais específicas, que manifestam vários níveis de deficiência cognitiva, ou dificuldade de aprendizagem, ou desconexão com a realidade, entre outras coisas.

Precisamos parar de ficar usando tais condições para definir pessoas escrotas, ridículas, sem caráter, irresponsáveis etc. Afinal, além de pessoas não serem inferiores por suas condições mentais, deficiências mentais não têm a ver com qualidades negativas de um indivíduo.

O mesmo vale para palavras que não são em si capacitistas, mas que são usadas nesse contexto (ex: dizer que a pessoa tem "probleminha" na cabeça).

Sei que é difícil por causa do costume, mas evitem usá-las. Especialmente quando forem atacar gente preconceituosa. Elas não são doentes mentais, são apenas gente sem caráter e moral, bem conscientes do que estão fazendo.

Por esse mesmo motivo que há a proposta de substituírem as palavras de sufixo -fobia que definem preconceitos por palavras com -misia.

Vamos parar com o capacitismo.



9 de jun. de 2018

O sexo biológico

Há pouco tempo perambulou por aí pela Internet essa imagem:


E eu propus a seguinte resposta: E) Masculino, masculina, provavelmente homossexual.

Provavelmente homossexual porque, bem, não foi constatada uma atração exclusiva por homens. N pode ser bi, pan, poli, oni, assexual homorromântico, entre muitas outras possibilidades.

Agora, sobre o sexo. Primeiramente, se N já estava com sua documentação retificada, por lei, seu sexo é masculino. Mas sei que a questão foi formulada pensando na corporalidade de nascença, e muita gente também nem se importa com o que tem respaldo por lei.

Não apenas gêneros começaram a ser questionados como também os sexos. Como foram classificados? Por que são classificados? Para que são classificados? Vamos discutir então!

Primeiro de tudo, a classificação dos sexos em masculino e feminino já é uma exclusão aos intersexos por definição. Ainda assim corpos intersexos são logo mutilados justamente para serem encaixados em uma dessas definições. E para se encaixarem no que a sociedade considera como um sexo aceitável, para também serem encaixados na visão social de homem e mulher.

Pois bem, antes falam que a biologia define gênero, mas sexos "adversos" devem ser "corrigidos" para então a pessoa "ser homem/mulher"? Percebe-se aqui então que: nem a biologia sexual é binária e misturam-se noções sociais (subjetivo, afinal são mutáveis) com anatomia (objetivo, pois é material). Então... nada é muito absoluto como tanto afirmam, né?

Sem contar que as noções do ser homem e do ser mulher mudam de cultura em cultura, de época em época. Nem isso é absoluto, até isso é subjetivo. Mas vamos focar no sexo.

Sexo é composto por cromossomos, hormônios, gônadas e genitália. Os sexos definidos como masculino e feminino são bem construídos, com padrões a serem atendidos. Nos ensinam que o masculino é XY, testosterona, testículos e pênis; e o feminino é XX, progesterona e estrogênio, ovários e vulva.

Pois bem, nem vou falar das pessoas intersexo e da diversidade imensa na intersexualidade, vou falar da diversidade dentro dos sexos "binários": existem muitas variações hormonais entre as pessoas. Pode haver atividade baixa ou alta dos hormônios predominantes, ou pode haver atividade dos outros hormônios (pois todos estão presentes em todos os corpos).

E tais atividades produzem variações nas anatomias, que podem entrar ou não em discordância com outras noções sociais do que são corpos "masculinos" ou "femininos" (tamanho do pênis é associado com virilidade, tamanho dos seios com feminilidade, etc).

Agora, a mera classificação de masculino e feminino. O que exatamente é masculino e feminino? O que torna um pênis masculino? O que torna uma vulva feminina? O que determinou que o cromossomo Y é masculino? O que determinou que o cromossomo X é feminino (isso quando não acompanhado do Y, porque... sei lá)?

Desafio alguém a dissertar sobre tudo isso sem cair em achismos, estereótipos de gênero, explicações vagas, termos abstratos ou ideias mutáveis sobre masculinidade e feminilidade.

Até agora a única função que percebi dessas classificações sexuais é apenas para impor os gêneros binários às pessoas, junto com papéis e comportamentos de gênero (que podem ser opressivos até mesmo para as pessoas cis). Se gênero é questionável, por que sexo não o seria também? Sexo não é binário e classificá-lo não tem base científica.

Por isso prefiro seguir os pensamentos da Teoria Queer e aceitar que o sexo esteja sempre de acordo com o gênero. Portanto nosso amigo N, um homem trans, tem sexo masculino, porque seu gênero é masculino. Ele é homem; sua vulva, seus ovários e seu útero são de homem.

"Ah, se agora as pessoas podem dizer o que quiser do seu sexo, como fica as questões de saúde?"

Ora, a comunidade médica que crie um novo sistema de identificação sexual!

Uma alternativa que imaginei seria utilizar códigos que definissem que tipo de genitália, gônadas, hormônios e cromossomos a pessoa tem. Basta identificar o tipo sexual da pessoa ao nascer, registrar seu código, e pronto, problema resolvido. E a pessoa pode nomear seu sexo como quiser, dentro de sua subjetividade enquanto ser humano (que não interessa ao sistema de saúde).

Isso resolveria também muitos problemas de pessoas transicionando biologicamente e de pessoas intersexo. Ideias existem, só não há força de vontade. Classificações sexuais apenas servem para sustentar o cissexismo e o diadismo.

É bizarra essa necessidade de mencionar sexo "masculino"/"feminino" quando se trata de pessoas trans. Isso definitivamente não é respeitar a identidade da pessoa, parece sempre uma forma de dizer que "no fim ela é o que nasceu".

Corporalidade é um assunto íntimo. E nem está inclusa nas definições de atrações ou de identidade de gênero. Saúde? Ora, quem tem próstata vai em proctologista, quem tem vagina vai em ginecologista, e etc. Simples. Só precisam saber o órgão, não classificação do sexo.

Finalmente estamos percebendo o que sexo realmente é: apenas sexo.



6 de jun. de 2018

Parada LGBT 2018

O tema deste ano foi "Poder pra LGBTI+: Nosso Voto, Nossa Voz". A verdadeira intenção foi conscientizar sobre a importância do voto, ainda mais considerando que estamos em ano de eleições, e também considerando o cenário atual de tanta corrupção e tantes candidates retrógrades.

Claro, não basta votarmos em candidates que sejam da comunidade LGBTQIAPN+ ou de outras minorias. Necessitamos de pessoas realmente comprometidas com as causas sociais, que queiram uma sociedade tolerante e inclusiva, que não usem minorias só para ganhar voto. A comunidade precisa ter ciência do poder que ela tem. Não somos uma ínfima parte da população nacional: somos milhões! Milhões podem fazer mudanças!

Depois de acompanhar todo o processo de formação e condução da Parada, mudei até minhas perspectivas sobre ela. Eu ainda me preocupava com a consciência política das pessoas no evento. Mas eu agora penso que o evento não consegue realmente mudar as pessoas, ainda mais em um único dia que é mais festa do que um protesto político. E que bom que vai tanta gente pra festejar! E que a cada ano vá mais pessoas.

A APOGLBT precisa também melhorar muito sua inclusividade e interseccionalidade, tanto com a própria diversidade da comunidade quanto com outros grupos. Sinceramente, embora tenha sido ótimo a adição da letra I de intersexos, não presenciei qualquer discussão sobre o segmento, então a letra ficou muito de enfeite. E o Grupo de Trabalho BiPanPoli sofreu o maior descaso a ponto de nem terem um trio elétrico próprio, e ainda quase serem jogades com gays e lésbicas.

E sobre minha experiência, estava tudo bem enquanto pude me soltar um pouco e mostrar meus cartazes (fiz cinco cartazes só para o evento). Depois aconteceu uma série de eventos que estragou minha festa, e não quero narrar aqui. Essa Parada conseguiu ser melhor e também pior que as anteriores. Dificilmente irei em outra. Vida que segue.