("I am we")
Não lembro ao certo como achei essa série. A princípio me atraiu pela presença de LGBTs no elenco. Criada pelas irmãs transexuais Lilly e Lana Wachowski, as mesmas criadoras da trilogia Matrix, a série entrou na minha lista das melhores ficções científicas já feitas.
A série conta a história de oito pessoas em diferentes partes do mundo interligadas por algum tipo especial de conexão psíquica. Pessoas com esta conexão são chamadas de sensates, que são capazes de uma interação sobrenatural onde podem conversar, mostrar onde estão e até compartilhar habilidades, entre outras coisas. Infelizmente os oito sensates começam a ser caçados por um sensate misterioso chamado Sussurros enquanto tentam lidar com seus próprios desafios e se adaptarem à conexão crescente que fazem entre si.
Por onde começo? Cada um dos oito personagens é cativante de seu próprio jeito. A interação entre eles é vívida e proporciona momentos emocionantes, com lições de vida e mensagens de superação. A maneira como os sensates se comunicam e se ajudam sempre rouba a atenção, e é lindo de ver o espírito de coletividade que vão desenvolvendo entre si. Uma coisa que surpreende na montagem das cenas é a forma simples de colocar, retirar ou trocar os personagens. E, apesar disso, na tela conseguimos sentir as cenas da forma sobrenatural que são dentro da trama. A série é bem filmada, seguindo uma lógica, feita em lugares característicos e culturas diferentes, e com um elenco pouco conhecido que captou a essência da trama.
A sexualidade é muito apontada por fãs, embora não seja o foco da história. O que mais chama atenção é como a sexualidade é mostrada de maneira tão natural, sem estigmas ou vulgaridade; além de ser outra característica compartilhada e misturada entre os sensates. Um dos poucos pecados da série é que os corpos mostrados se encontram dentro dos padrões estéticos, logo tendem a ser mais aceitos na tela.
A sexualidade é muito apontada por fãs, embora não seja o foco da história. O que mais chama atenção é como a sexualidade é mostrada de maneira tão natural, sem estigmas ou vulgaridade; além de ser outra característica compartilhada e misturada entre os sensates. Um dos poucos pecados da série é que os corpos mostrados se encontram dentro dos padrões estéticos, logo tendem a ser mais aceitos na tela.
O público LGBT+ simpatizou muito com a série por sua inclusão e pelo modo artisticamente natural de tratar a sexualidade. Mas o público hétero-cis também pode se encantar com o enredo e seus personagens. A segunda temporada estreará em maio do ano que está por vir. Recomendável para pessoas de todos os gêneros e etnias. Sense8 é para todxs!