Falando como militante LGBT, em muitos momentos me vejo cansado e impaciente para lidar com gente ignorante, seja na vida real ou virtual. Cansa explicar os conceitos básicos (tipo a diferença entre sexualidade e gênero), cansa formular respostas educadas e racionais (ainda mais para gente grosseira), cansa ter que explicar inúmeras vezes que sou uma pessoa normal e apenas quero os mesmos direitos que pessoas hétero-cis.
Esse mesmo cansaço me leva a dois caminhos: da preguiça e da raiva. Quando alguém ignorante fala uma besteira (nem sempre faz por mal), tanto eu quanto outrxs militantes acabamos ou não fazendo questão de debater com a pessoa ou podemos partir para agressão.
Não explicar nada e ainda xingar não leva nenhum dos lados a lugar algum. Claro, não falo daquelas pessoas que só sabem vomitar LGBTfobia pura, com ódio e irracionalidade. O melhor a fazer é ignorá-las, não dar ibope ao preconceito delas. Falo daquelas pessoas que mesmo em sua plena ignorância ainda abrem uma porta. Porta que podemos aproveitar para praticar a conscientização.
Não basta termos acesso ao conhecimento. Temos que também ter interesse em buscá-lo. Quando não buscamos, podemos estar fazendo isso por teimosia (persistência na ignorância) ou por simples alienação (rejeitamos sem perceber até).
Recentemente fiz uma limpeza em meu quarto. Tenho um armário repleto de coisas que não faço uso há anos. Eu tinha dentro dele muitas fontes de conhecimento que adquiri na infância e na adolescência e fiz ou pouco uso ou nenhum uso.
Absurdo? Pode até ser. Mas do que adianta ter conhecimento nas mãos e não ser estimulá-lo a fazer uso, correr atrás, descobrir. A educação brasileira não é mesmo das melhores, seja nas instituições de ensino ou nas residências.
Se podemos ser alvos dessa alienação quando o conhecimento está próximo, imaginem para aquelas pessoas que ele está mais distante. Pessoas que tem pouco acesso a Internet ou vivem em regiões tão remotas que o mundo delas se resume apenas àquela região e sua população. Exatamente por isso que até mesmo a ignorância de quem usa as redes sociais deve ser relativizada.
Muitas vezes se torna difícil ter paciência com a ignorância alheia. Mas sim, precisamos ter. Conscientizar as pessoas hétero-cis sobre nossa humanidade exige isso. E lembrem-se: ninguém nasce sabendo. Até nós da militância cometemos umas gafes!
Acredito que chegará um dia que pessoas hétero-cis e pessoas LGBTs coexistirão apenas como pessoas, sem rótulos ou separações, todxs iguais. Não é uma utopia se formos unidxs. A mudança também deve começar em nós.
Esse mesmo cansaço me leva a dois caminhos: da preguiça e da raiva. Quando alguém ignorante fala uma besteira (nem sempre faz por mal), tanto eu quanto outrxs militantes acabamos ou não fazendo questão de debater com a pessoa ou podemos partir para agressão.
Não explicar nada e ainda xingar não leva nenhum dos lados a lugar algum. Claro, não falo daquelas pessoas que só sabem vomitar LGBTfobia pura, com ódio e irracionalidade. O melhor a fazer é ignorá-las, não dar ibope ao preconceito delas. Falo daquelas pessoas que mesmo em sua plena ignorância ainda abrem uma porta. Porta que podemos aproveitar para praticar a conscientização.
Não basta termos acesso ao conhecimento. Temos que também ter interesse em buscá-lo. Quando não buscamos, podemos estar fazendo isso por teimosia (persistência na ignorância) ou por simples alienação (rejeitamos sem perceber até).
Recentemente fiz uma limpeza em meu quarto. Tenho um armário repleto de coisas que não faço uso há anos. Eu tinha dentro dele muitas fontes de conhecimento que adquiri na infância e na adolescência e fiz ou pouco uso ou nenhum uso.
Absurdo? Pode até ser. Mas do que adianta ter conhecimento nas mãos e não ser estimulá-lo a fazer uso, correr atrás, descobrir. A educação brasileira não é mesmo das melhores, seja nas instituições de ensino ou nas residências.
Se podemos ser alvos dessa alienação quando o conhecimento está próximo, imaginem para aquelas pessoas que ele está mais distante. Pessoas que tem pouco acesso a Internet ou vivem em regiões tão remotas que o mundo delas se resume apenas àquela região e sua população. Exatamente por isso que até mesmo a ignorância de quem usa as redes sociais deve ser relativizada.
Muitas vezes se torna difícil ter paciência com a ignorância alheia. Mas sim, precisamos ter. Conscientizar as pessoas hétero-cis sobre nossa humanidade exige isso. E lembrem-se: ninguém nasce sabendo. Até nós da militância cometemos umas gafes!
Acredito que chegará um dia que pessoas hétero-cis e pessoas LGBTs coexistirão apenas como pessoas, sem rótulos ou separações, todxs iguais. Não é uma utopia se formos unidxs. A mudança também deve começar em nós.