14 de fev. de 2015

Série: Vikings

(More, give me more, give me more ♪)

A história de Vikings conta sobre a história dos... Vikings! Hahaha, sério?

Falando sério agora. A história, na verdade, narra sobre o viking lendário Ragnar Lothbrok. Ele é um herói na mitologia nórdica, mas não sabe se ele realmente existiu, embora seus (supostos) filhos sejam figuras históricas. A série é baseada nos contos de Ragnar e sobre a viagem dos nórdicos, numa Escandinávia medieval, para além-mar. Atravessando o mar, os nórdicos descobriram, exploraram e saquearam novas terras. Inglaterra e França foram alvos marcantes.

Ragnar é um fazendeiro casado com a escudeira Lagertha, e tem um filho, Bjorn, e uma filha, Gyda. Seu irmão, Rollo, o apoia em suas jornadas, mas nutre um ressentimento pelo irmão. Na primeira temporada, Ragnar imagina sobre as terras além-mar, e com isso desafia a vontade do chefe de sua vila, que não acredita que haja novas terras. Outro aliado seu, e com certeza o maior aliado, é seu amigo Floki, quem constrói os navios para as perigosas viagens além-mar. Omitindo certos detalhes, Ragnar, em sua primeira viagem, invade um monastério e leva um monge, Athelstan, como escravo. Na segunda temporada, Rollo ganha um papel mais antagônico e seu filho Bjorn tem um destaque maior. E, também, Ragnar compra uma briga feia com um rei britânico do reino de Wessex. Outro ponto interessante é o conflito interno de Athelstan em relação a sua fé; apesar de ter sido cristão a vida toda, após conviver por muito tempo com os nórdicos, ele começa a absorver parte da cultura, inclusive a crença nos deuses nórdicos.

A terceira temporada está para lançar esse mês. A jornada de Ragnar alcançou bem mais do que o território nórdico. A trama vai evoluir e trazer novos ares e acontecimentos.

O que posso dizer? Uma série bem feita. Às vezes digo que é como um Game of Thrones, mas sobre vikings. Os atores são muito bons. E eu não queria dizer nada, mas os atores de Ragnar, Bjorn e Rollo possuem muitos "dotes", principalmente os de Ragnar e Bjorn. A beleza e o charme foram hereditários hahaha.

A série representou bem a história dos vikings. Inclusive, uma característica positiva dos nórdicos, foi praticar a igualdade de gênero (até certo nível). Mulheres lutavam, faziam trabalhos mais braçais, e tinham voz política e na própria casa. Porém, essa igualdade é mais evidente com as trabalhadoras da população. Escravas não tinham tanto esse privilégio. Tanto que uma serva é estuprada numa cena, sem nem poder reagir.

Outra coisa que me chamou a atenção foi o senso de liberdade sexual. Lagertha parece aceitar bem o marido transar com outras mulheres das terras que ele vai saquear. E uma cena (muito) interessante é quando ela e Ragnar chamam Athelstan para se "juntar a eles" na cama. Até hoje tenho uma vontade oculta nas profundezas de meu coração yaoi de escrever uma fanfic sobre essa cena, de acordo com minha inocente imaginação ( ͡° ͜ʖ ͡°). Pena que o monge recusa o convite...

E mais, e um pequeno spoiler: a segunda temporada estreia a princesa Kwenthrith da Mércia, uma mulher tarada por homens hahaha. Mulheres muito sexualmente ativas ainda são um tabu na sociedade. E apesar da época, a princesa parece nem se importar com a imagem pública dela. E está certíssima! Adorei a personagem nesse aspecto.

Nunca havia me interessado tanto por vikings até assistir a série. Para quem gosta dessa temática ou deseja um conteúdo menos fantasioso e com bases históricas, a série é uma boa indicação.