A morte de uma pessoa querida é um momento marcante.
O luto é uma experiência emocional. Todxs sofrem, mesmo quem não aparenta isso.
Sentimos tristeza, revolta, raiva, indignação, às vezes negamos, por um tempo não acreditamos, ou tentamos nos adaptar àquela ideia de que jamais veremos aquela pessoa novamente.
O ponto mais crucial do luto é saber que aquela pessoa querida não existe mais, fisicamente, nesse mundo.
Cada pessoa encontra sua forma de lidar com o luto. Algumas pessoas choram, outras ficam reflexivas, há quem se reúne com outras pessoas e relembram os bons momentos.
Toda forma de lidar com o luto deve ser respeitada.
Há gente que suporta ir ao enterro. E há gente que prefere não ir. Acredito que ir a um enterro é totalmente opcional. A maioria vai.
A morte é um mistério para todxs. Ninguém sabe dizer se há ou não algo após a morte. Para quem é ateu, a morte do corpo é o fim absoluto. Para quem é crente, existem diversas explicações. A religião se torna um conforto nesse momento. E todxs nós queremos crer que aquela pessoa está sempre num lugar melhor.
Independentemente do que acreditamos, é sempre bom pensar que aquela pessoa querida não quer nos ver lamentando e vivendo na melancolia. Ela quer nos ver seguir em frente. E é o que devemos fazer.
A vida daquela pessoa acabou, mas a nossa não. E mesmo que ela não esteja mais aqui, lembrar-se dela e guardar dentro de si tudo que ela foi e representou é um meio de deixá-la viva.
Talvez a verdadeira morte não seja a morte do corpo, e sim o esquecimento.
Quando vivemos, existimos. E quando morremos, nossa existência se torna lembranças. E se ninguém lembra que um dia existimos, não seria o mesmo que nunca ter existido?
Enfrente o luto. E depois siga com a luta.