E mais uma vez apareço aqui com uma nova sigla.
Após muita reflexão, decidi que era justo adicionar a letra N para as pessoas não-binárias.
Antes eu não fazia essa questão porque eu insistia em reforçar que pessoas n-b estavam inclusas na letra T de transgêneros, mesmo havendo não-bináries que não se consideram trans.
Embora o conceito de transgênero englobe a não-binariedade, na prática, a causa e a comunidade T focam exclusiva ou predominantemente nas pessoas trans binárias - mulheres e homens. Aqui no Brasil também adicionam as travestis (mesmo havendo aquelas que se identificam como mulheres, e aquelas que se encaixam numa não-binariedade).
Por esse motivo, mais todo histórico de apagamento das identidades n-b, e mais todas as pautas específicas desse segmento me fizeram perceber que é mais do que justo o segmento ter uma visibilidade única. E por isso agora coloco a letra N na sigla.
A não-binariedade atingiu proporções que espaços voltados à binariedade e a gêneros dentro de concepções comuns não conseguem contemplar. E espaços T, infelizmente, falham nisso. Esses espaços falham em:
- reconhecer a neolinguagem e aquelus que a utilizam;
- falar de gêneros sem relação com os binários ou que não envolvem as qualidades mais faladas (feminina, masculina, andrógina e neutra);
- falar de gêneros influenciados por corporalidade, neurodivergência, e outros fatores;
- falar de experiências que envolvem intensidade, multiplicidade e fluidez de gêneros;
- atender às necessidades de pessoas transfemininas que não são mulheres e pessoas transmasculinas que não são homens;
- e discutir sobre pessoas trans sem disforias, o que é o caso de muita gente n-b.
Não é possível analisar todas as pessoas trans binárias e todas as pessoas não-binárias sob o mesmo prisma. Fora os casos de exorsexismo por parte de mulheres e homens trans. Sim, a comunidade N está precisando de autonomia em relação à comunidade T.
E de forma alguma isso é abandonar ou rejeitar o segmento T. As pessoas n-b que se consideram trans ainda lutarão por essa causa. Levantar a bandeira não-binária ainda será levantar a bandeira transgênero. Para aquelus que não se consideram trans, a própria bandeira n-b é suficiente para si; enquanto auxiliam como aliades na luta T.
Após muita reflexão, decidi que era justo adicionar a letra N para as pessoas não-binárias.
Antes eu não fazia essa questão porque eu insistia em reforçar que pessoas n-b estavam inclusas na letra T de transgêneros, mesmo havendo não-bináries que não se consideram trans.
Embora o conceito de transgênero englobe a não-binariedade, na prática, a causa e a comunidade T focam exclusiva ou predominantemente nas pessoas trans binárias - mulheres e homens. Aqui no Brasil também adicionam as travestis (mesmo havendo aquelas que se identificam como mulheres, e aquelas que se encaixam numa não-binariedade).
Por esse motivo, mais todo histórico de apagamento das identidades n-b, e mais todas as pautas específicas desse segmento me fizeram perceber que é mais do que justo o segmento ter uma visibilidade única. E por isso agora coloco a letra N na sigla.
A não-binariedade atingiu proporções que espaços voltados à binariedade e a gêneros dentro de concepções comuns não conseguem contemplar. E espaços T, infelizmente, falham nisso. Esses espaços falham em:
- reconhecer a neolinguagem e aquelus que a utilizam;
- falar de gêneros sem relação com os binários ou que não envolvem as qualidades mais faladas (feminina, masculina, andrógina e neutra);
- falar de gêneros influenciados por corporalidade, neurodivergência, e outros fatores;
- falar de experiências que envolvem intensidade, multiplicidade e fluidez de gêneros;
- atender às necessidades de pessoas transfemininas que não são mulheres e pessoas transmasculinas que não são homens;
- e discutir sobre pessoas trans sem disforias, o que é o caso de muita gente n-b.
Não é possível analisar todas as pessoas trans binárias e todas as pessoas não-binárias sob o mesmo prisma. Fora os casos de exorsexismo por parte de mulheres e homens trans. Sim, a comunidade N está precisando de autonomia em relação à comunidade T.
E de forma alguma isso é abandonar ou rejeitar o segmento T. As pessoas n-b que se consideram trans ainda lutarão por essa causa. Levantar a bandeira não-binária ainda será levantar a bandeira transgênero. Para aquelus que não se consideram trans, a própria bandeira n-b é suficiente para si; enquanto auxiliam como aliades na luta T.
Minha sigla agora é LGBTQIAPN+. E se reclamar vai ter mais letra.