Sempre nos sentimos diferentes desde criança. E assim nos sentimos porque assim somos. Cientes mesmo antes de entender o significado da palavra diferença que somos um pontinho colorido num mar de preto e branco.
Dificilmente você encontrará outra pessoa colorida que não fingiu fazer parte do preto-e-branco. Porque sabemos que somos diferentes. E, de alguma forma, associamos o que é diferente com o que é errado. Como se tivéssemos nascido com algum defeito.
A dúvida, o receio e o medo crescem com a idade. A família não pode saber! Os amigos também não! Ninguém entenderá! Não temos alguém para nos iluminar, alguma referência. Sozinhos...
A dúvida, o receio e o medo crescem com a idade. A família não pode saber! Os amigos também não! Ninguém entenderá! Não temos alguém para nos iluminar, alguma referência. Sozinhos...
O passado nos persegue. Aquele passado que gritava na mente: "se esconda", "é errado ser assim", "não se exponha tanto", "você é estranho". Muitos de nós ainda têm vergonha de falar sobre o que somos e sentimos.
Toda a repressão a que somos submetidos ainda nos marca, como se fosse ferro quente aplicado na pele. Se você vier de família religiosa, puts, pior ainda! Eternamente um pecador.
Felizmente, e isso está mudando mais a cada dia, muitos de nós estão seguindo a luz. A luz que nos ensina que ser colorido é apenas uma das muitas formas de se viver a vida. Que nada tem de errado. Você é o que é, pronto. Qual o sentido de culpar-se por nascer assim?
Toda a repressão a que somos submetidos ainda nos marca, como se fosse ferro quente aplicado na pele. Se você vier de família religiosa, puts, pior ainda! Eternamente um pecador.
Felizmente, e isso está mudando mais a cada dia, muitos de nós estão seguindo a luz. A luz que nos ensina que ser colorido é apenas uma das muitas formas de se viver a vida. Que nada tem de errado. Você é o que é, pronto. Qual o sentido de culpar-se por nascer assim?
Mesmo após essa longa viagem que é o processo de auto-aceitação, temos ferimentos adquiridos antes e ao longo do processo. Aquelas feridas da repressão, da culpa por ser o que a família não esperava, da raiva de ter tentado mudar e não ter conseguido.
Ainda hoje muitos de nós têm vergonha de falar da intimidade quando perguntam. Olham para os lados quando trocam carícias com alguém. Por reflexo escondem o gênero da pessoa e algumas informações num papo descontraído. São marcas tudo isso.
Ainda hoje muitos de nós têm vergonha de falar da intimidade quando perguntam. Olham para os lados quando trocam carícias com alguém. Por reflexo escondem o gênero da pessoa e algumas informações num papo descontraído. São marcas tudo isso.
"Não sinta essas coisas", digo para mim mesmo todo dia. Errada é essa sociedade doente que quer determinar o que normal ou não. Deixe o ferimento cicatrizar e se tornar passado, um passado distante que não pode me atormentar.
Ser colorido é estar marcado. Ser colorido é precisar de força para se recuperar das marcas. Ser colorido é ter coragem e resistência contra aqueles que ainda querem nos marcar mais.
É difícil, sim. Mas lembre-se todo dia, toda hora: você não é o problema!
Ser colorido é estar marcado. Ser colorido é precisar de força para se recuperar das marcas. Ser colorido é ter coragem e resistência contra aqueles que ainda querem nos marcar mais.
É difícil, sim. Mas lembre-se todo dia, toda hora: você não é o problema!