Hoje em dia o modelo monogâmico e tradicional de relacionamento vem se rompendo. Além de a sociedade ter que aceitar relações entre pessoas do mesmo gênero, relações entre mais de duas pessoas ou pessoas que se relacionam constantemente com pessoas diferentes tornou-se pauta também, inclusive do movimento LGBT.
Por isso, e para evitar desinformações, reuni nesse artigo os modelos existentes de relacionamentos.
Relacionamento fechado: relação tradicional onde duas pessoas se relacionam apenas entre si, e entram num acordo de não se relacionarem com outras pessoas. Pode ser uma relação afetivo-sexual, só afetiva, ou só sexual também. É mais reconhecida socialmente quando evolui para um casamento.
Há casais que podem se abrir para experiências fora do tradicional, como sexo a três ou swing (troca entre casais).
Relacionamento aberto: duas pessoas estão numa relação afetivo-sexual, tendo compromisso uma com a outra, porém ambas as partes podem, ocasionalmente, terem relações sexuais com outras pessoas. Namoros abertos funcionam bem quando as partes constroem seu conjunto de regras e as cumprem.
Uma relação fechada pode se tornar aberta, se ambas as partes concordarem.
Poligamia: relação envolvendo três ou mais pessoas. É uma prática aceita legalmente em vários países, principalmente no Oriente. Porém, a maioria dos modelos poligâmicos é influenciada pelo patriarcado - um homem pode casar-se com mais de uma mulher, e o inverso não é permitido.
Poliamor: a pessoa se relaciona livremente com várias simultaneamente (com consentimento de todas) de forma afetivo-sexual, podendo manter relações mais fixas ou mudar periodicamente de parceirxs. Poliamoristas fazem parte da comunidade LGBT. De certo modo, são poligâmicxs, mas flexíveis e livres de regras sociais. Um namoro a três se encaixa nessa categoria.
O poliamor não deve ser confundido com o amor livre, que defende que todas as relações, sejam monogâmicas ou não, devem ser livres de formalidades como casamento ou namoro assumido. Essa é uma das pautas de seus seguidores.
O que é popular na juventude atual é o "ficar". Duas pessoas "ficando" costumam trocar afetos, mas geralmente sem chegarem ao ato sexual. Nada impede de ocorrer sexo casual entre ficantes. Uma pessoa pode ficar apenas casualmente ou com a intenção de conhecer melhor a outra parte. Pode ser o primeiro passo para uma relação.
Existe ainda certa confusão a respeito de seguidores do poliamor ou do amor livre. Ninguém está impondo que monogamia é errada. O que deve ser problematizado atualmente é o sistema que nos impõe esse modelo como o único correto e adequado.
Todos esses tipos de relação não são nem certos ou errados. Cada pessoa é livre para se relacionar como bem quiser e com quantas pessoas quiser. Ninguém é melhor ou pior por adotar monogamia ou poligamia em sua vida sexual-afetiva.
Ah, e independentemente de qual seja seu modelo de relacionamento, sempre deixe isso claro para a(s) outra(s) parte(s). Às vezes queremos algo diferente da outra pessoa ou temos outras expectativas. Não enganem e não iludam. Amem (ou transem)!