29 de jan. de 2017

Sessão Yaoi (Séries)

(Atenção: esse post não é para menores de 18 anos!)
(Nota: esse aviso não serve de nada, é só uma questão burocrática)










25 de jan. de 2017

Tipos de relacionamentos

Hoje em dia o modelo monogâmico e tradicional de relacionamento vem se rompendo. Além de a sociedade ter que aceitar relações entre pessoas do mesmo gênero, relações entre mais de duas pessoas ou pessoas que se relacionam constantemente com pessoas diferentes tornou-se pauta também, inclusive do movimento LGBT.

Por isso, e para evitar desinformações, reuni nesse artigo os modelos existentes de relacionamentos.



Relacionamento fechado: relação tradicional onde duas pessoas se relacionam apenas entre si, e entram num acordo de não se relacionarem com outras pessoas. Pode ser uma relação afetivo-sexual, só afetiva, ou só sexual também. É mais reconhecida socialmente quando evolui para um casamento.

Há casais que podem se abrir para experiências fora do tradicional, como sexo a três ou swing (troca entre casais).

Relacionamento aberto: duas pessoas estão numa relação afetivo-sexual, tendo compromisso uma com a outra, porém ambas as partes podem, ocasionalmente, terem relações sexuais com outras pessoas. Namoros abertos funcionam bem quando as partes constroem seu conjunto de regras e as cumprem. 

Uma relação fechada pode se tornar aberta, se ambas as partes concordarem.

Poligamia: relação envolvendo três ou mais pessoas. É uma prática aceita legalmente em vários países, principalmente no Oriente. Porém, a maioria dos modelos poligâmicos é influenciada pelo patriarcado - um homem pode casar-se com mais de uma mulher, e o inverso não é permitido.

Poliamor: a pessoa se relaciona livremente com várias simultaneamente (com consentimento de todas) de forma afetivo-sexual, podendo manter relações mais fixas ou mudar periodicamente de parceirxs. Poliamoristas fazem parte da comunidade LGBT. De certo modo, são poligâmicxs, mas flexíveis e livres de regras sociais. Um namoro a três se encaixa nessa categoria.

O poliamor não deve ser confundido com o amor livre, que defende que todas as relações, sejam monogâmicas ou não, devem ser livres de formalidades como casamento ou namoro assumido. Essa é uma das pautas de seus seguidores.

O que é popular na juventude atual é o "ficar". Duas pessoas "ficando" costumam trocar afetos, mas geralmente sem chegarem ao ato sexual. Nada impede de ocorrer sexo casual entre ficantes. Uma pessoa pode ficar apenas casualmente ou com a intenção de conhecer melhor a outra parte. Pode ser o primeiro passo para uma relação.



Existe ainda certa confusão a respeito de seguidores do poliamor ou do amor livre. Ninguém está impondo que monogamia é errada. O que deve ser problematizado atualmente é o sistema que nos impõe esse modelo como o único correto e adequado.

Todos esses tipos de relação não são nem certos ou errados. Cada pessoa é livre para se relacionar como bem quiser e com quantas pessoas quiser. Ninguém é melhor ou pior por adotar monogamia ou poligamia em sua vida sexual-afetiva.

Ah, e independentemente de qual seja seu modelo de relacionamento, sempre deixe isso claro para a(s) outra(s) parte(s). Às vezes queremos algo diferente da outra pessoa ou temos outras expectativas. Não enganem e não iludam. Amem (ou transem)!



22 de jan. de 2017

Comentando sobre gêneros

No artigo anterior pesquisei sobre as variações de gênero em culturas pelo mundo. Pouco ainda se fala sobre gêneros não-binários - identidades fora da concepção de homem e mulher, nosso padrão binário.

É um assunto que ainda gera controvérsias, não apenas pela descrença de pessoas cis em mais de dois gêneros, mas devido a casos específicos de pessoas que levaram a transgressão das regras a um outro nível e geraram polêmicas de todos os lados (ex: Carlota Miranda).

Eu particularmente não sei se acredito em todos os gêneros que vi por aí pela Internet. Mas é inegável que gêneros fora do padrão binário não são "invenções" dos tempos atuais. Eles existem e sempre existiram.

O conceito de identidade de gênero, em todo seu contexto, nunca foi tão explorado como atualmente. E isso graças a militantes T - transexuais, travestis e transgêneros. Nosso conceito moderno separa a identificação da sexualidade e expressão. Justo.

Na humanidade sempre foi reconhecida a existência de mulheres e homens, isto é fato. Em diversas culturas e ao longo dos anos houve variações sobre nossa ideia de feminilidade e masculinidade, assim como os papeis dos gêneros dentro de uma sociedade.

Mesmo antes de se explorar profundamente sobre o gênero, culturas antigas (principalmente orientais) mostravam uma compreensão ampla da identidade humana. Aceitavam o gênero como a manifestação de ser, e não como algo pré-determinado por genitálias.

Os modelos de gênero de quase todas combinava a anatomia com a expressão, que pelo nosso conceito moderno não é correto. Ainda assim, ao que tudo indica, esses modelos eram bem aceitos pelas pessoas. Talvez fosse pela simplicidade com que viam a sociedade e os papeis?

Infelizmente tratamos da diversidade como "fora do tradicional"; a terminologia "não-binário" aponta nossa visão cisnormativa do tema. Separamos as identidades em tradicionais e não tradicionais, enquanto as culturas mencionadas aceitavam apenas identidades. Temos que reaprender isso.

Espero que algum dia falaremos não de gêneros binários e não binários, e sim apenas gêneros.



19 de jan. de 2017

Diversidade de gênero pelo mundo

Falar de gênero tornou-se muito comum neste século. Dentro deste tema tão amplo pouco se fala sobre mais de dois gêneros ou gêneros fora do padrão homem-mulher. Atualmente, no Ocidente, pessoas de gêneros não binários têm lutado por espaço e visibilidade.

O que muita gente não sabe é que gêneros fora do nosso padrão atual e ocidental não são exclusividade dos tempos modernos. Muitas culturas aceitavam e ainda aceitam mais de dois gêneros, tendo suas visões e formas de construir seus modelos de gênero.

Citarei muitas das categorias existentes. E abordarei sobre algumas.



Muitas regiões da Ásia e o Oriente Médio são os locais com maior diversidade de gênero historicamente falando.

No sul da Ásia, especificamente na Índia, no Paquistão e em Bangladesh, existem as pessoas Hijra - pessoas do sexo masculino com expressão de gênero feminina. Hoje em dia essas pessoas são reconhecidas legalmente como um gênero separado do feminino e masculino, sendo o terceiro-gênero mais aceito no mundo.

O povo Bugis na Indonésia divide sua sociedade em cinco gêneros: oroané (homem cis), makkunrai (mulher cis), calabai (mulher trans), calalai (homem trans) e bissu. A pessoa do gênero bissu pode ser de qualquer sexo e deve ter todos os aspectos de gênero combinados.

A tradição budista reconhece quatro gêneros: homem, mulher, ubhatobyanjañaka e padanka. O terceiro se referia às pessoas intersexuais. E o quarto é uma categoria complexa com significados variados, o mais comum sendo para pessoas do sexo masculino de expressão feminina e comportamento promíscuo.

Pessoas do sexo masculino com expressão feminina são reconhecidas em outros países com denominações próprias: köçek na Turquia do século 17, xanith no Omã, metis no Nepal, e acault em Myanmar. Na Sibéria, a tribo Chuckchi tem xamãs nesta mesma condição.

Nas Américas, povos indígenas aceitam e reconhecem mais de dois gêneros em suas tribos, criando suas categorias de acordo com a biologia e expressão. Two-spirit (“espírito duplo”) é um termo guarda-chuva moderno usado nessas culturas indígenas para definir pessoas transgêneros.

Diversas tribos pela América do Norte reconhecem um gênero chamado ninauposkitzipxpe, pessoas do sexo feminino que ocupam papeis de gênero diferentes de homens e mulheres. 

Na cultura Navajo, no sudoeste dos EUA, existem quatro gêneros: homem masculino, mulher feminina, homem feminino (nadleehi) e mulher masculina (dilbaa).

Na cultura Zuni existe lhamana, um papel de gênero tradicional de pessoas do sexo masculino que vivem "como mulheres", usando roupas mistas e fazendo serviços tipicamente femininos.

No Peru, o povo inca pré-colonial reconhecia quariwarmi como um papel de gênero misto, fora do padrão binário.

Nas culturas Zapotecas, no sul do México, se reconhece um terceiro-gênero chamado muxe, pessoas do sexo masculino com expressão feminina. Elas têm papeis tanto masculinos quanto femininos e podem se relacionar com qualquer pessoa. A colonização espanhola infelizmente trouxe transfobia contra o gênero.

Poucos países da Oceania apresentam diversidade. Fa'afafine é um gênero de Samoa, característico de pessoas do sexo masculino com expressão de gênero feminina, e que não se consideram nem homem ou mulher. Māhū é um terceiro-gênero tradicional do Havaí. A cultura Maori na Nova Zelândia reconhece transgêneros como whakawahine (sexo masculino/expressão feminina) e wakatane (sexo feminino/expressão masculina).

No Antigo Egito, a sociedade aceitava os gêneros: homem, sekhet e mulher. A tradução comum de sekhet é "eunuco", mas existem controvérsias. O termo poderia ter sido usado para homens cis gays, pois estes (teoricamente) não procriariam.



Mesmo com suas variações étnico-culturais e algumas culturas misturarem sexualidade com expressão de gênero, o ser humano esteve sempre buscando maneiras de construir sua identidade social. Interessante notar que o Oriente sempre foi mais diversificado.

Não, pessoa cis transfóbica. Gênero não binário não é invenção pós-moderna. E concepções de gênero variam de cultura em cultura. Pense nisso tudo antes de dizer que só no Tumblr existe mais de dois gêneros.



15 de jan. de 2017

Confissões

Eu era invisível. Eles não olhavam para mim. Talvez nem me ouviriam se eu falasse, ou mesmo gritasse. Nunca fui uma alternativa nem a vigésima opção. 

O milagre aconteceu: fui notado! Uma onda de alegria me inunda! "As coisas vão mudar?"

Alguém finalmente olhou para mim e percebeu que existo! Conseguiu ver alguma beleza em mim. Mostrou interesse em mim. Como não ficar feliz com isso?

Não é desespero. Só é algo surreal após tanto tempo sendo um... nada.

"Então chegou minha hora? A hora que falaram para eu esperar? O momento de viver um romance, andar de mãos dadas, ter uma companhia para o cinema?"

Eu quero ser esse garoto. Por que não? É errado querer isso?

Se há gente que consegue, por que não eu?

Porém o milagre se torna um fardo quando percebo que minha existência só serve para prazeres breves. Para curtição. Não me procuram para me conhecer, não se imaginam me namorando. Eu sou mera curtição.

Bateu o tesão e me enxergam. Não era isso que pedi! Não era essa atenção que eu queria!

"Só quero sexo casual." 
Sempre querem...
"Você parece ser bem legal, mas não procuro nada sério agora." 
Nunca procuram quando falam comigo.
"Curti você, Bora trocar nudes? Tem local?" 
Só meu corpo que importa aqui, né?
"Na verdade, eu namoro. Mas é relacionamento aberto." 
Oba, vou ser peguete de relação aberta!

Eu serei apenas um ficante, serei apenas um contatinho, serei aquela boca que beijou e na semana seguinte nem lembra o nome. Sexo. Eu só sirvo para sexo. Ou para nada.

Nessas horas acabo desejando que o milagre se desfaça, e eu volte a ser invisível. Porque ser visível também me mostrou que o amor não é para mim. Nunca me querem de verdade. 

Que inveja tenho desses garotos com sorte no amor! Continuem com os textos do Facebook e as lindas fotos do Instagram. Permanecerei aqui, na solidão do quarto, adorando e invejando tudo isso.

Por que nunca posso ser o garoto do romance, das mãos dadas, da companhia para o cinema?

Acho que mereço isso também. Não sirvo só para dar prazer, sabe.



12 de jan. de 2017

Pensamento do dia

Quando um ciclo se fecha, desejamos que no novo ciclo haja somente bençãos, sucesso, prosperidade, tudo de bom e melhor.

Passou das 0h ninguém mais se odeia, as mágoas ficam para trás, confraternizamos tanto quanto no Natal, fazemos retrospectivas, e tudo o mais.

Faz tanta diferença assim a transição de 23h59 para 0h?

Lembramos do que aconteceu de bom e ruim na trajetória do ano que se finalizou. O que é bom devemos usar como lembrança. O que é ruim devemos usar para reflexão e aprendizado. Assim segue a vida.

Não podemos querer que o novo ano seja diferente se formos iguais ao ano anterior. Quem tem que mudar somos nós, não apenas o número no calendário.

Temos também a mania de culpar o ano pelas desgraças e tragédias. "Que que está acontecendo com o ano de xxxx?" O problema não é o ano, somos nós - a humanidade.

O planeta apenas gira, completa uma volta em torno do Sol.

Um novo ciclo começa mesmo quando nós nos renovamos.

Renovem-se! Iniciem vocês seus próprios novos ciclos. E não precisa ser depois das 0h no último dia do ano. Pode ser a qualquer momento.

Espero que neste ano as pessoas se renovem.



8 de jan. de 2017

Diversidade na Natureza

Conservadores e gente preconceituosa adora falar de Biologia para atacar e anormalizar a diversidade humana de sexualidade, gênero e até sexo biológico. "A natureza é perfeita", dizem. "Só existe macho e fêmea, e ambos se completam, e assim deve ser". Só concordo com a primeira frase.

Vamos ver o que a própria Natureza tem a dizer ou nos mostrar sobre isso?

Comportamento homossexual/bissexual foi observado em diversas espécies. Entre essas espécies estão leões, carneiros, girafas, pinguins, muitos tipos de aves, e até macacos e golfinhos, dois animais que, além do ser humano, transam por prazer.

Existem casais homoafetivos de pássaros que passam juntos a vida toda. E já houve casais homoafetivos de pinguins que adotaram filhotes sem família. Até o modelo de família tradicional foi desafiado aqui.

Deixemos a sexualidade de lado. Falemos dos papeis do parzinho tradicional macho e fêmea. A fêmea é aquela que cuida da prole, certo? Na maioria sim. Menos no caso de pinguins, emas, sapos e rãs, e saguis; o macho é quem cuida dos filhotes. Bom, a fêmea é aquela que sempre dá à luz, né? Sim... com exceção dos cavalos-marinhos.

Todas as espécies se dividem apenas em macho e fêmea? Os seres hermafroditas discordam - eles têm os dois sexos. Exemplos? Minhocas, caracóis, lesmas, e alguns peixes. Quase todas as plantas que dão flores possuem nelas órgãos reprodutores femininos e masculinos.

E afinal, para que se limitar a ser macho ou fêmea a vida toda? Peixes como a garoupa e peixe-palhaço possuem órgãos de ambos os sexos, então seguem se desenvolvendo num sexo, mas depois seus órgãos convertem-se no outro. As bactérias do gênero Wolbachia infectam diversos insetos e fazem os machos se tornarem fêmeas mudando seu código genético.

Ok, existe animal hermafrodita. Mas no fim só encontramos dois sexos biológicos. Mentira, o protozoário Tetrahymena thermophila tem sete sexos.

Se a própria natureza é diversificada, por que a diversidade humana deveria ser discriminada? A diversidade está em quase todas as espécies. O preconceito só existe em uma.



4 de jan. de 2017

Recontando minha experiência com aplicativos

Retorno com esse assunto porque senti necessidade disso.

Vai fazer dois anos que parei de usar os aplicativos, dois anos após toda minha experiência inusitada com esse recurso para "conseguir alguém".

Já lancei aqui um artigo contando o que passei. Agora desejo contar de novo, mas de outra forma. Uma forma mais madura. E dessa vez vou apresentar melhor minhas falhas e meus aprendizados ao invés de fazer só papel de vítima desiludida.

Meu primeiro erro foi querer arrumar namorado. Simples assim. Se vocês ainda acreditam no merchan que fazem dizendo que encontrará "sua outra metade", recomendo que parem. Não romantizem o aplicativo, vai ser uma queda feia.

Não vou ficar me culpando por ter sido ingênuo. Quem nunca foi, né? Mas sim, a ingenuidade foi uma das causas do meu fracasso. Assim como de outras pessoas. A Disney, as telenovelas, os romances da ficção estragaram muita gente com uma visão irreal do que é amar alguém. Amor é construído com o tempo, com a convivência, e não é a mesma coisa que paixão.

Continuo tendo meus princípios de sempre, os quais expressei aqui no blog várias vezes. Não consigo ser muito liberal; sair por aí beijando vários e fazendo sexo com desconhecidos. E no momento em que percebi que apps eram um ambiente hostil para alguém como eu, o correto teria sido parar. Eu insisti...

As pessoas dos apps não sabem conversar. Isso é fato. Não sabem puxar e manter um assunto, o que colabora com o desinteresse rápido. Mas eu também pertencia a esse grupo.

Uma explicação para o desinteresse rápido é justamente devido à informação que vem rápido. Sabemos muito da pessoa em pouquíssimo tempo. Não desenvolvemos um diálogo. Sem contar que dialogar virtualmente não é o mesmo que pessoalmente. A tecnologia nos fez perder esse contato.

Embora eu reclamasse tanto dos homens que vinham falar comigo abordando só sexo e putaria, cometi esse mesmo erro com outras pessoas, durante e após essa experiência. Irônico, né? O problema não está em abordar o assunto, e sim focar nele. E abordá-lo muito rápido, gostem ou não, causa a impressão de que você só quer sexo, nada mais.

Não vou mentir: ainda sinto um pouco de ódio de todos que conheci. Por terem me ignorado e por terem se desinteressado rápido. Por me enganarem. Por não serem verdadeiros comigo. Mas agora vejo que eu deveria sentir pena dessas pessoas.

E não apenas delas. Há outras pessoas que encontram nos apps uma forma de mendigar um mínimo de atenção, por mais breve que seja. Sim, isso deve ser tratado, é um problema interno. Carência é uma questão atual bem frequente na juventude, a carentes tratam apps como uma saída ou remédio. A juventude atual prega ódio e descaso contra carentes, embora, no fundo, todo mundo tenha sua carência.

Mesmo hoje ainda me aparecem pessoas que trazem o mesmo comportamento para as redes sociais. Não sabem conversar, se interessam e desinteressam rápido, querem pra agora e sem esforço, cometem os erros habituais citados. É triste ver que apps não são o bastante. Facebook, Twitter, Instagram etc acabam sendo extensões dos apps.

Vamos agora largar de hipocrisia e admitir que apps são essencialmente superficiais. Por quê? Porque neles escolhemos mais pela aparência do que pela descrição de perfil. Não vem com essa de que você escolhe só pela personalidade, não minta para si.

Dificilmente você encontrará uma pessoa real lá. O que você mais encontrará em apps é: gente carente, gente querendo sexo, ou gente usando sem propósito. E boa sorte em combinar com a pessoa ou ela milagrosamente te chamar e vocês não estragarem tudo na conversa.

No fim das contas, os apps são um reflexo do que somos fora do mundo virtual. As consequências da era moderna pesam em todxs nós. Assim como as influências sociais (a cultura do desinteresse, por exemplo).

Houve gente que me sugeriu usar e usar até encontrar alguém. Sinceramente, não tinha e continuo sem ter condição psicológica para isso. O que passei foi suficiente. Pra quem fez isso e conseguiu o que queria, meus parabéns. Prefiro seguir sem apps.

Se recomendo apps? Bem, use por sua conta e risco. Se for para conseguir encontros casuais, se joga. Se for para arrumar alguém, talvez consiga, mas após muito sofrimento e decepção. Claro que isso não vale se você estiver dentro dos padrões de beleza, afinal nos apps você será julgadx por seu rosto/corpo e não sua descrição de perfil.

E assim começamos o ano de 2017. Beijos de luz!