Adoramos dizer que pensamos no futuro. Fazemos promessas de melhoras e prosperidade. As empresas prometem as mesmas coisas. Representantes da política também. Pensamos mesmo no futuro?
Para agirmos em prol de um futuro melhor, precisamos começar a mudança no presente. O presente é o agora. O agora pertence à juventude.
Naturalmente a juventude passa para a velhice. A velhice é o símbolo de nosso futuro após muitas vivências, muita luta, muita experiência. É a partir da juventude que garantimos uma velhice feliz e saudável.
O que podemos esperar de uma sociedade, de uma cultura que não valoriza os esforços das pessoas idosas? Ou que não oferece a elas condições dignas de vida?
Temos o péssimo hábito de associar velhice a doenças, fraqueza, vulnerabilidade, achamos que toda pessoa da terceira idade é chata, ranzinza ou dramática.
Parentes idosos se tornam um estorvo. Muitas vezes ficamos impacientes ao termos que repetir algo para a pessoa idosa quando esta não ouve ou esquece. Quase todo mundo já presenciou alguém sentando no banco preferencial mesmo com idosos presentes. Quantos casos no noticiário sobre violência contra gente idosa já não vimos por aí?
Odiar a velhice é odiar o futuro. Mesmo que você esbanje força e jovialidade, um dia essas coisas acabarão, e poderá ser você numa cama dependendo de parentes. Você gostaria de ser tratadx como apenas um fardo ou como um ser humano?
Tudo isso me faz questionar: Pensamos mesmo no futuro?
A juventude pode até pensar mesmo no que fazer amanhã, depois de manhã, daqui a 10 ou 20 anos. Ainda assim a maioria parece que esquece que vai envelhecer. Cuidar da população idosa é agradecer à vida que já passou e criar um futuro melhor.