Ela chegou doente aqui em casa, quase morta.
Nós torcíamos pela melhora dela. E fizemos de tudo para que ela vivesse. Mesmo que em alguns momentos pensássemos que ela morreria, insistimos no pensamento positivo. Porém, por um instante, parei de pensar positivamente.
Ela estava diante de mim, em cima de um pano, respirando ofegante e aparentemente sonolenta demais. Talvez estivesse dormindo. Havíamos gastado muito com ela, nosso tempo e dinheiro.
Fiquei olhando aquela coisinha, frágil, fraca, debilitada, e pensei que aquele tempo e dinheiro estavam sendo gastos em vão. "Eu devia acabar com isso. O resultado é óbvio. Só vou adiantá-lo."
Imaginei eu pondo um fim nela. Ninguém estava olhando, Ninguém saberia. E eu guardaria aquilo para mim, pois a sociedade não me entenderia. Me julgariam um monstro.
Foi então que subitamente percebi o quão errado eu estava. Aquela gatinha sofreu para chegar até aqui. Ela continua resistindo. O coraçãozinho dela tenta não desistir. Aquela pequenina alma não quer deixar esse mundo. Ela nem tinha vivido!
E lá estava eu decidindo o futuro daquela alma como um deus. Quem ou o que me daria tal poder de decisão sobre uma coisa tão misteriosa e complexa como a vida? Encerrar a vidinha dela seria jogar todo esforço dela no lixo.
"Como posso destruir um ser tão belo como essa gatinha?"
Afinal, que direito tenho eu de decidir quem vive e quem morre? Quem sou eu para matar?
Nós torcíamos pela melhora dela. E fizemos de tudo para que ela vivesse. Mesmo que em alguns momentos pensássemos que ela morreria, insistimos no pensamento positivo. Porém, por um instante, parei de pensar positivamente.
Ela estava diante de mim, em cima de um pano, respirando ofegante e aparentemente sonolenta demais. Talvez estivesse dormindo. Havíamos gastado muito com ela, nosso tempo e dinheiro.
Fiquei olhando aquela coisinha, frágil, fraca, debilitada, e pensei que aquele tempo e dinheiro estavam sendo gastos em vão. "Eu devia acabar com isso. O resultado é óbvio. Só vou adiantá-lo."
Imaginei eu pondo um fim nela. Ninguém estava olhando, Ninguém saberia. E eu guardaria aquilo para mim, pois a sociedade não me entenderia. Me julgariam um monstro.
Foi então que subitamente percebi o quão errado eu estava. Aquela gatinha sofreu para chegar até aqui. Ela continua resistindo. O coraçãozinho dela tenta não desistir. Aquela pequenina alma não quer deixar esse mundo. Ela nem tinha vivido!
E lá estava eu decidindo o futuro daquela alma como um deus. Quem ou o que me daria tal poder de decisão sobre uma coisa tão misteriosa e complexa como a vida? Encerrar a vidinha dela seria jogar todo esforço dela no lixo.
"Como posso destruir um ser tão belo como essa gatinha?"
Afinal, que direito tenho eu de decidir quem vive e quem morre? Quem sou eu para matar?
Que terrível deve ser isso. Imagine ter diante de você um gigante decidindo se você vive ou morre. Será que ela sabia disso?
Hoje, ela está ótima! Ela cresceu. Ela é agora a maior dos gatos. Ela desfila quando anda e esbanja saúde. Que futuro lindo e fofo eu poderia ter destruído...
Hoje, ela está ótima! Ela cresceu. Ela é agora a maior dos gatos. Ela desfila quando anda e esbanja saúde. Que futuro lindo e fofo eu poderia ter destruído...
Agora eu a vejo e penso "que absurdo pensei em fazer naquele dia!"
Eu não era um deus. Eu era um monstro fingindo ser deus, mentindo para mim mesmo que minha ação visava o bem, blasfemando contra a vida.
Que vergonha de mim mesmo...
Que vergonha de mim mesmo...
Bom, se me der licença, agora vou lá acariciar a barriguinha gostosa da minha amada gatinha.