23 de out. de 2020

Fim do blogue

Sim, esta é minha última postagem aqui. Esta é minha despedida. Não um adeus, apenas um tchau.

Foram seis anos de blogue, e seis anos de muito aprendizado.

Refleti muito e percebi que chegou a hora de seguir em frente. Essu garote alternative agora cresceu e é uma pessoinha adulta com outros focos, outros objetivos, e outros projetos.

Deixarei o blogue aí do jeitinho que está. Com tudo que escrevi, sem alterar nada. Aqui deixo meus sentimentos e pensamentos, minhas reflexões, um histórico de ativismo e crescimento, minhas falhas, meus acertos, meu crescimento, minhas descobertas, um pedaço do meu mundo que decidi expor e registrar na Internet.

Não estou triste com isso. Estou até aliviade. Aqui estava muito estagnado, como se eu não quisesse fechar um ciclo. E agora estou fechando. Mas meu trabalho não acaba por aqui.

Quem quiser acompanhar a mim e meu trabalho, basta procurar por Vitor Rubião. Sou fácil de achar. Mesmo assim, deixarei abaixo minhas redes sociais e meus outros espaços de conteúdo.

Olho para trás e penso em tanta coisa negativa que falei por aqui, com ou sem necessidade. Então aqui vão cinco coisas positivas para se fazer: plantar uma árvore, dançar músicas no quarto, pesquisar sobre um tema desconhecido, caminhar num parque, e fazer autocrítica.

Lembrem-se sempre que a maior constância do Universo é a mudança.

Vocês podem me encontrar em:

https://www.instagram.com/vitor.rubiao

https://colorid.es/@vitorrubiao

https://medium.com/@vitor_rubiao

https://bloguealternative.wordpress.com

Até!

1 de set. de 2020

Wallpapers de orgulho

Recentemente encontrei muitos papéis de parede para celulares muito bacanas. Vou colocar uma quantidade aqui, e no final estarão as duas fontes de onde peguei.

Se forem divulgar, não se esqueçam de dar os devidos créditos aes sues criadories.


















Fontes:




19 de ago. de 2020

A desculpabilização cristã

Aviso de conteúdo: religião, política.

Pra quem não vive dentro de uma caverna, acho que não preciso comentar sobre os acontecimentos recentes e horríveis. Não vou falar sobre aborto. Até porque é possível encontrar conteúdos relevantes sobre o assunto numa pesquisa feita na boa vontade. Vou falar de religião, um daqueles tópicos que muita gente acha que não deve ser discutido, mas deve sim.

Longe de mim fazer discurso anti-religião, ou mesmo anti-cristão. Sei que nem toda religião é opressiva, e sei que existem ótimas pessoas seguindo vertentes cristãs. Esse artigo não é para essas pessoas, e muito menos uma crítica individual. O que quero apontar é uma questão estrutural.

Embora nosso Estado seja laico (em teoria, muito em teoria), podemos presenciar influências cristãs para todo lado, chegando no Congresso, no judiciário, e em discussões sociais.

Quando vemos gente cristã fazendo merda, mostrando o que tem de pior, incrivelmente aparece uma legião com a famosa defesa "mas nem tode", demandando que não haja "generalizações", e se defendendo como se fosse o real alvo da crítica.

Também já vi umas vezes gente cristã com a tal "culpa" de ser de um grupo opressor, igual a gente branca com culpa branca, ou gente hétero com culpa hétero, ou gente cis com culpa cis, e por aí vai. Gente que levanta da cadeira e diz com olhos marejados que não é perigosa, que está "do nosso lado", e até pedindo perdão pelos erros de "seu grupo". Comovente igual a um drama mexicano.

Eu ainda tenho mais empatia por esse grupo. Agora, já faz muito tempo que me irrito muito com gente querendo desculpabilizar a religião quando a religião é a culpada e a cúmplice.

Não adianta chamar de minoria esse número assombroso de gente que promove ataques virtuais, boiotes, mobilizações nocivas, quando é a religião dessa gente que impulsiona essas coisas, e quando é essa religião que está impregnada nas estruturas de poder.

Não adianta querer defender que todas essas pessoas não são "verdadeiras cristãs" quando elas fazem barulho e promovem todo estrago que fazem tudo em nome de seu deus e sua fé.

Mais útil do que essa tentativa fútil de desculpabilizar a religião como um instrumento efetivo de opressão atual (e histórica, já que tivemos a Idade das Trevas, lembram?), seria fazer uma autocrítica e se movimentar junto com outres cristanes para mudar essas estruturas de poder. Ficar se esquivando só as reforça, querendo ou não.

Melhor do que tirar essa culpa seria tirar aquelus que estão no poder usando da religião para oprimir, e tirar as influências religiosas de todas as decisões do Estado sobre todo o povo brasileiro. Melhor que isso seria ajudar a construir um Estado verdadeiramente laico, e reformular o modo como figuras e grupos religioses tratam questões sociais num geral.

Sinto muito que tenha tanta gente ruim dando uma péssima imagem à religião, mas também não ajuda em nada ignorar o poder de uma crença usada com fundamentos opressivos. A história está aí pra provar isso. Existe algo muito maior aqui que sentimentos feridos. Talvez esteja na hora de repensar sobre isso e enxergar o problema como estrutural. Passou da hora de aceitar que política e religião se discutem, ainda mais quando estão misturadas.