1 de ago. de 2015

Game: The Legend of Zelda: Majora’s Mask

(You've met with a terrible fate, haven't you?)

Esse é de longe um dos games mais macabros que já joguei em minha infância. Macabro, dando um toque sombrio numa fantasia épica de heroísmo e aventura. E mesmo assim o game não perde a beleza e a grandeza características dos jogos da franquia The Legend of Zelda. Joguei esse jogo em Peruíbe, numa fita de N64 de cor dourada. Fiquei animado em saber que era uma sequência de Ocarina of Time.

Após Link retornar do futuro (final de OoT), ele sai em busca de alguém (supostamente sua fada Navi). Link aparece cavalgando na Epona numa floresta. Duas fadas assustam Epona, que derruba Link, e a queda o deixa inconsciente por uns minutos. Uma figura misteriosa vestindo uma máscara, Skull Kid, surge e rouba a ocarina de Link. Ele acorda e surpreende o trio de ladrões. Skull Kid então monta em Epona e se prepara para fugir, mas Link se segura em sua perna. A perseguição acaba levando-o para um mundo alternativo chamado Termina, onde Skull Kid o amaldiçoa, transformando-o num Deku. Esse mundo está com seus dias contados, pois há uma maldição que fará com que a lua caia em três dias e destrua aquele mundo. Link se compromete a impedir isso e retornar para seu mundo.

Alguns podem dizer que o jogo como um todo é uma cópia de OoT, mas Majora’s Mask tem sim suas peculiaridades e seus incrementos. Os cenários são bonitos e detalhados, a trilha sonora é boa e combina com todos os ambientes e situações, e a jogabilidade é praticamente a mesma do jogo anterior. O maior diferencial, falando de itens, com certeza são as máscaras, que possuem utilidades variadas e particulares, sem contar que quatro delas transformam Link em seres completamente diferentes com habilidades únicas. 

O fato mais interessante sobre o jogo é que ele surgiu depois de uma aposta. Estava sendo produzido o famoso Ura Zelda, que nunca chegou a ser concluído. O diretor do time de produção, Eiji Aonuma, reclamou sobre o projeto. Shigeru Miyamoto (o criador da franquia) então o desafiou a fazer uma sequência de OoT em um ano. Se fizesse, ele poderia cancelar Ura Zelda. O resultado não foi decepcionante. Claro que não foi tão excepcional ao ponto de superar o anterior, mas ainda é um jogo reconhecido mundialmente.

Existe uma teoria boa sobre o enredo do jogo ser baseado nos famosos “estágios da perda ou luto”. Segundo a teoria, ou Link morreu ou quem ele procura morreu. De qualquer modo, Link está lá para superar a morte, e para isso ele enfrenta os cinco estágios, representados pela vila (onde o jogo começa) e pelos quatro templos. A teoria é bem coerente, embora eu deseje acreditar que não há nenhuma morte de verdade... sei lá, torna a fantasia um pouco amarga.

Se alguém por ventura ainda tiver um N64, ou quem tiver o emulador, Majora’s Mask promete reviver aquele experiência sentida por quem jogou OoT e desperta também certa nostalgia, mesmo tendo novidades. Se de repente você não conhece a franquia e o jogo anterior, ainda será uma experiência interessante e épica. O jogo também foi relançado para o Nintendo 3DS, e, além dos gráficos renovados, foram adicionados alguns incrementos inéditos.