29 de jun. de 2016

Orgulho de ser hétero

Ontem foi o Dia Internacional do Orgulho LGBT. Fez 47 anos desde a chamada Rebelião de Stonewall, que foi um marco na história do Movimento LGBT (naquela época ainda era "Movimento da Liberação Gay") e sua luta por direitos sociais.

O movimento da diversidade esteve crescendo e se fortalecendo cada vez mais nos tempos atuais, visto que ainda há muita ignorância e intolerância em relação a todas as pessoas que fogem dos padrões atuais.

No dia de ontem não pude deixar de reparar numa pequena quantidade de pessoas que perguntavam nas redes sociais: Por que não existe/não pode existir o dia do "Orgulho Hétero"? E isso é um questionamento frequente até, inclusive existem espaços virtuais para quem defende que deveria haver um "orgulho hétero".

A resposta mais simplificada seria: Porque héteros não sofrem preconceito unicamente por serem héteros.

A resposta mais ampla seria: Porque pessoas heterossexuais (e cis) sempre foram aceitas em todas as sociedades e culturas e sempre tiveram seus direitos garantidos; expressar afeto, se relacionar, formar uma família e até mesmo adotar, entre outros. Nunca houve uma religião ou cultura que pregasse contra e perseguisse heterossexuais. Nunca houve leis que proibissem héteros de serem héteros!

Por um acaso LGBTs tiveram essa mesma paz em todas as sociedades, historicamente falando? Na dúvida, pegue um momentinho do seu dia para pesquisar sobre estatísticas de violência e morte de LGBTs, ou sobre quais países aceitam ou não LGBTs.

Devo ressaltar que me refiro a pessoas hétero-cis. Existem heterossexuais dentro do movimento LGBT, no caso, homens e mulheres transexuais e héteros, e mesmo eles e elas estão nessas estatísticas. Não por serem héteros, mas por serem trans!

O movimento luta até hoje para ter os mesmos direitos e liberdade que heterossexuais sempre tiveram! Não queremos "privilégios", apenas igualdade e inclusão.

E essa conquista combinada com nossa luta diária para sobreviver (morremos por sermos quem somos) e viver (que às vezes se torna insuportável numa sociedade preconceituosa) é o que origina nosso Orgulho.

Não é apenas orgulho de ser LGBT, é orgulho de poder ser LGBT mesmo enfrentando discriminação e violência todos os dias!

Esse tal "orgulho hétero" não é necessariamente uma resposta preconceituosa, e sim uma resposta construída na ignorância e falta de empatia. Parece até birra de criança, "ah, se o outro pode, eu também posso".

Quer ter orgulho de ser hétero? Então responda a seguinte pergunta: que dificuldade você teve na vida apenas pelo fato de ser hétero?



22 de jun. de 2016

Doação de sangue por LGBTs

Em mais de 40 países, pessoas LGBTs ou são proibidas de doar sangue ou só podem doar em certas condições. Quase todos os países que permitem a doação exigem como condição 12 meses de abstinência de relação sexual com pessoas do mesmo gênero/sexo. As legislações costumam parecer mais imparciais, colocando como grupos de risco "homem que fazem sexo com homens" (HSH).

No caso do Brasil, a lei fala de HSH e exige que esses homens não devam ter tido relações homoafetivas dentro de 12 meses. Ela é mais específica para homens porque a prática do sexo anal é considerada um fator de risco (DSTs). Socialmente, a relação gay ainda é associada a sexo anal, embora heterossexuais também o pratiquem.

"Ah, então pessoas trans poderiam doar?"
Travestis são consideradas "grupo de risco" pelo mesmo motivo de HSH (além de ainda serem vistas como homens). Pessoas transexuais heterossexuais poderiam doar, porém mulheres trans também ainda são vistas como homens por profissionais da saúde ignorantes no assunto e intolerantes.

As bolsas de sangue, depois de recolhidas, passam por testes antes de serem disponibilizadas. A bolsa de uma pessoa que tenha alguma DST e mentiu sobre isso no relatório pré-doação será descoberta e descartada.

Na imunologia há o conceito de "janela imunológica". Este é um período em que o organismo ainda não identificou um patógeno (vírus, bactéria etc) e ainda não produziu anticorpos contra ele. Defensores da restrição usam isso como argumento principal para impedir homens gays/bis de doarem, visto que a DST não é identificada nessa janela. 

Contudo, há um teste chamado NAT que diminui essa janela e encontra a doença com mais rapidez, através de seu material genético (ao invés de procurar anticorpos). Ainda há motivo para essas restrições?

Não vou negar que o HIV ainda é um risco grande entre a população masculina homoafetiva. A questão vai além disso, bem antes da contaminação. Fatores sociais também influenciam muito no contexto; discriminar e marginalizar esses homens pode afastá-los do conhecimento e informação sobre DSTs. E o preconceito não está apenas na casa, na escola ou nas ruas, está também nos hemocentros. A desinformação por parte de profissionais impede muitas doações.

Viram como educação sobre diversidade e tolerância são determinantes até na própria saúde LGBT e, consequentemente, na saúde da população geral? Quantas bolsas de sangue são descartadas ou nem são coletadas? Quantas vidas poderiam ser salvas? Está na hora do próprio âmbito científico questionar tais atitudes e também do governo rever sobre essas legislações e a desinformação, tanto por profissionais quanto pela população.

É importante sim haver legislações que garantam a segurança e integridade nas doações de sangue. Assim como também é importante começarmos a praticar a tal "igualdade" prevista por lei para todas as pessoas e criarmos legislações verdadeiramente racionais, e não discriminatórias e contraditórias. 

Informação e inclusão social podem salvar pessoas!



15 de jun. de 2016

Massacre em Orlando

Fiquei pensando e pensando se eu deveria fazer um artigo sobre isso. Não por falta de ter o que falar, e sim pelo choque. "Será que vou conseguir escrever sobre isso?", me perguntei algumas vezes, ainda tremendo. Muita gente falou sobre isso. Chegou minha vez.

Um homem entrou na boate Pulse, na cidade de Orlando, EUA, e atirou em uma centena de pessoas. Ele morreu durante o confronto com a polícia. Até agora foram registradas 50 vítimas mortas e outras 53 feridas.

A mobilização nas redes sociais foi imediata, predominando o apoio às vítimas e o repúdio contra essa atitude tão bárbara. Dezenas de pessoas se juntaram para doar sangue às vítimas que ainda estão se recuperando. Foi um momento propício para questionar a restrição de homossexuais em doar sangue. Quanto sangue poderia ser doado, já pensaram?

É difícil explicar para certas pessoas, principalmente quem é hétero-cis, que ser LGBT não é apenas sofrer bullying, receber ofensas, ser expulsx de casa; é também sair de casa para se divertir e não saber se voltará com vida. Conseguem imaginar o que é isso? Após esse banho de sangue, vocês conseguem ter uma ideia do que é morrer só por ser o que é?

O caso gerou algumas controversas sobre a razão do assassino. Muitas figuras reacionárias (de lá e daqui também) tentaram fazer esse crime, motivado evidentemente por homofobia, ser reconhecido como apenas um ataque terrorista. O setor estado-unidense reacionário sempre teve uma posição anti-islâmica, claro que não perderiam essa oportunidade. Ademais, homofobia não existe para conservadores.

O pai do assassino esclareceu mais sobre ele, dizendo que o filho era homofóbico, que meses antes ele havia tido um ataque de fúria ao ver casais gays na rua. Sua ex-mulher afirma que ele a agredia. Embora esse senhor tenha parecido "inocente", sua última declaração foi: "cabe a Deus punir os homossexuais". Percebe-se que a homofobia começava em casa. A sociedade é culpada. A religião é culpada. O pai é culpado.

Esse incidente horrível provou o que o preconceito mais a liberação das armas pode causar. E ainda temos que ver gente desprezível destilando ódio e ignorância, comemorando as mortes e ainda apoiando o armamento livre. Por isso a militância LGBT vive batendo nessa tecla: Falta educação sobre diversidade! Nas escolas, principalmente! E a esquerda permanece contra o livre porte de armas por eventos como esse.

E sabem o que é mais temível aqui? As sementes que isso pode plantar! Será que esse massacre não pode inspirar mais gente preconceituosa a fazer o mesmo? Ainda mais aqui no Brasil, o país que mais mata LGBTs (sem precisar de chacinas como essa). E também o medo que isso gerou, não apenas nos EUA, mas no mundo inteiro. Quantas pessoas LGBTs não estão com mais receio de sair de suas casas? "Podia ter sido comigo..."

Nas redes sociais o mundo inteiro colocou a tag "Pray For Orlando", que pela tradução seria "rezar por Orlando". Houve gente que criticou a tag por fazer uma referência a religiosidade. Mas eu enxergo de outro modo: o ato de rezar pode independer de crenças e religiões. Você pode orar pelas almas das vítimas usando sua própria fé. Você é ateu? Então reze pelas memórias dessas pessoas, por tudo que elas representaram enquanto vivas.

Com toda essa violência e sofrimento, houve uma quantidade enorme de pessoas revoltadas com o ocorrido e solidárias com as famílias das vítimas. Muita gente do meio artístico se manifestou. até pessoas do meio político. Talvez, só talvez, isso possa ter aberto mais os olhos do mundo inteiro a respeito da população LGBT.

Mais uma vez LGBTs se tornaram estatísticas de morte por intolerância.
Não foi apenas um homem que apertou o gatilho. Foi todo o preconceito, desde a piadinha na mesa do bar até o espancamento na rua.
Estamos de luto, mas a luta continua!

#PrayForOrlando #PrayForTheWorld #PrayForLGBT



11 de jun. de 2016

O gay de direita

Quem tem um conhecimento básico de política e/ou faz parte da militância LGBT não consegue compreender um gay de direita. Pois, pela lógica, é simplesmente ilógico ele, uma minoria, estar do lado e concordar com uma maioria que o oprime.

Entre todas as posições políticas principais do Brasil, a direita se mostra como a mais conservadora. E com isso, ela nunca está a favor de qualquer progresso a respeito de minorias sociais ~LGBTs, mulheres, população negra.

Se a direita do nosso lindo país se posiciona contra direitos LGBTs em geral, como pode haver um gay de direita?
Após muita análise, cheguei a duas conclusões:

1- Ele sofreu uma terrível lavagem cerebral, sendo educado a aceitar que a existência dele é inferior a das pessoas hétero-cis, e que essa realidade de segregação e exclusão é justa e correta. "Eu estou em meu devido lugar e não devo incomodar a ordem na sociedade", este é seu pensamento.

2- Ele, por um motivo x, aceita a ideologia discriminatória da direita, que pode ser:

- necessidade de ser aceito pela sociedade (a maioria). E para isso ele aceita ser visto e tratado como inferior ou pode até mesmo se adequar ao padrão heterocisnormativo (que é muito aceitável); OU

- egoísmo, pois ele está numa posição ou condição social (ex: classe alta) em que não precisa se preocupar tanto com o preconceito. Para que se preocupar com preconceito no Brasil quando se está morando em São Francisco, né?

O gay de direita, basicamente, é aquele que concorda com a opressão que sofre, abaixa a cabeça, e ainda agradece pelas migalhas que recebe. Ele está conformado em ser tratado "como se fosse uma pessoa normal". Casar e adotar para quê? Ele não pode montar família com alguém do mesmo gênero. E se sofrer qualquer tipo de agressão homofóbica, a culpa é dele.

Humilhante? Triste? Revoltante? Talvez seja um pouco de tudo isso. Mas acho que antes de acusarmos uma pessoa que tomou essa posição em sua vida, devemos tentar entender o motivo que a levou a escolher isso. Lavagem cerebral e necessidade de aceitação são releváveis; o que esse gay mais necessita é de orientação e desconstrução, com paciência e perseverança.

A militância LGBT está aqui justamente para combater essa ideologia da direita, que coloca gays, minorias em geral, como inferiores apenas por serem diferentes de um padrão. 
Nós somos mais, podemos mais, somos todxs seres humanos! 
Se estamos incomodando apenas por sermos o que somos, então o problema não está em nós! 
E daí se existe uma maioria contra nós? Devemos sim todxs lutar para ter uma vida digna!

Se a direita aplaude ou apoia alguma pessoa LGBT, então essa pessoa não está incomodando, logo ela está fazendo errado XD. Lutar contra o preconceito faz parte da vida de LGBTs, nossa existência já é um ato político. E não, a direita não está do/não é nosso lado. Não agradem a direita!

"Ah, só porque sou gay não posso ser de direita?"
Claro que pode, amigo! Você pode ser o que quiser.
Você tem todo direito de ser contra seus próprios direitos! ^^



8 de jun. de 2016

Pensamento do dia

Quem é você?

Você é a pessoa da mesa de família?

Você é a pessoa da sala de aula?

Você é a pessoa da entrevista de emprego?

Você é a pessoa da rede social?

Você é a pessoa que fala a hora para o estranho na rua?

Você é a pessoa que vai ao mercado?

Você é a pessoa da roda de amigos?

Você é a mesma pessoa quando está sozinhx em seu quarto ou em algum canto?

Quem é você, realmente?

Esses diversos vocês são parte de um único ser?
Ou existe um outro você - o verdadeiro - por trás de todos eles?

Quando perguntam "quem é você", você apenas responde seu nome ou junto ao nome você lembra de quem realmente é?

Ou melhor, você responde sabendo quem realmente é?

Você é realmente você, ou você nem sabe quem é?

Será que algum dia você saberá quem você é de verdade?

Quantos vocês existem? Quantos já existiram?
Quantos ainda podem existir?

Você ainda será você daqui a 10 anos? Daqui a um mês? Daqui a um minuto?

Já mudou? Ou continua sendo você?
Continua mesmo? Ou pensa que continua?



5 de jun. de 2016

Minha amada gatinha

Ela chegou doente aqui em casa, quase morta.

Nós torcíamos pela melhora dela. E fizemos de tudo para que ela vivesse. Mesmo que em alguns momentos pensássemos que ela morreria, insistimos no pensamento positivo. Porém, por um instante, parei de pensar positivamente.

Ela estava diante de mim, em cima de um pano, respirando ofegante e aparentemente sonolenta demais. Talvez estivesse dormindo. Havíamos gastado muito com ela, nosso tempo e dinheiro.

Fiquei olhando aquela coisinha, frágil, fraca, debilitada, e pensei que aquele tempo e dinheiro estavam sendo gastos em vão. "Eu devia acabar com isso. O resultado é óbvio. Só vou adiantá-lo."

Imaginei eu pondo um fim nela. Ninguém estava olhando, Ninguém saberia. E eu guardaria aquilo para mim, pois a sociedade não me entenderia. Me julgariam um monstro.

Foi então que subitamente percebi o quão errado eu estava. Aquela gatinha sofreu para chegar até aqui. Ela continua resistindo. O coraçãozinho dela tenta não desistir. Aquela pequenina alma não quer deixar esse mundo. Ela nem tinha vivido!

E lá estava eu decidindo o futuro daquela alma como um deus. Quem ou o que me daria tal poder de decisão sobre uma coisa tão misteriosa e complexa como a vida? Encerrar a vidinha dela seria jogar todo esforço dela no lixo.

"Como posso destruir um ser tão belo como essa gatinha?"

Afinal, que direito tenho eu de decidir quem vive e quem morre? Quem sou eu para matar?

Que terrível deve ser isso. Imagine ter diante de você um gigante decidindo se você vive ou morre. Será que ela sabia disso?

Hoje, ela está ótima! Ela cresceu. Ela é agora a maior dos gatos. Ela desfila quando anda e esbanja saúde. Que futuro lindo e fofo eu poderia ter destruído...

Agora eu a vejo e penso "que absurdo pensei em fazer naquele dia!"

Eu não era um deus. Eu era um monstro fingindo ser deus, mentindo para mim mesmo que minha ação visava o bem, blasfemando contra a vida.

Que vergonha de mim mesmo...

Bom, se me der licença, agora vou lá acariciar a barriguinha gostosa da minha amada gatinha.



1 de jun. de 2016

Parada LGBT 2016

Mais um ano e mais uma Parada LGBT na grandiosa São Paulo. Apesar do furto do meu celular na Parada anterior, decidi ir nessa apenas para ver os temas desse ano. E também para ver o elenco da série Sense8.

Os temas principais ~aqueles que prevaleceram nas ruas e no percurso dos blocos~ foram sobre gênero e sobre o governo atual.

A visibilidade trans veio com tudo esse ano! E que maravilhoso isso, dar finalmente atenção a classe mais apagada do movimento LGBT. Mais recentemente a transfobia começou a ser discutida e apontada no país. A maior reivindicação foi o direito ao nome social para transexuais e travestis em seus empregos, uma conquista recente que a bancada evangélica está tentando anular.

À parte das pessoas trans, também houve protestos contra o machismo e a violência contra a mulher. Por isso mesmo falei que o tema era 'gênero', visto que englobou xs trans e as mulheres. O caso recente do estupro coletivo foi o estopim para a inclusão do assunto na Parada. E por que não incluir, né? A mulher pode ser cis ou trans, hétero ou lésbica/bi/pan etc. Todas podem ser alvo de violência. Por isso a educação de gênero precisa ser incluída nas escolas!

(Um arco de balões com as cores da bandeira trans)

Ano passado aconteceu a polêmica da travesti que encenou uma crucificação. Esse ano ela retornou com uma nova crítica a bancada evangélica e todo retrocesso que a mesma promove para o país. Essa bancada, que não sabe separar a Bíblia da Constituição, que não respeita a laicidade do Estado, composta por gente que pensa só em seus próprios interesses.

Sendo o Brasil um Estado Laico, religiões não devem intervir ou influenciar na formação e condução das leis e na Justiça. Todas as pessoas devem ser iguais, não importa o gênero, a sexualidade, a etnia, que seja. Viviany criticou exatamente isso, além de escancarar sobre a ganância por trás da religião (a Bíblia que ela carregava tinha notas de dinheiro).

(Viviany Beleboni ataca novamente!)

Outro aspecto político marcante da Parada foi a revolta contra o novo governo. A esquerda se pronunciou contra a gestão do novo presidente desde o início. Presidente que não apenas aplicou um golpe como também em apenas duas semanas mostrou-se uma porcaria reacionária e corrupta de representante.

Nas ruas e nos blocos haviam faixas e cartazes contra o novo governo. Não apenas "Fora Temer", mas também "Amar Sem Temer" e outras frases que defendiam a democracia. E não, não foi apenas uma manifestação a favor da democracia, mas também a favor das minorias, pois o novo presidente claramente não está do lado delas.

Acreditam que havia muita gente dizendo que a Parada havia perdido seu "sentido político"? Não, não perdeu, nem na anterior. Visibilidade LGBT por si só já é um ato político; elemento presente essencialmente nas Paradas. Esse ano teve um posicionamento político dado a situação atual do país.

(Protesto contra Temer)

Outro acontecimento que embelezou mais a Parada foi a presença do elenco de Sense8. Cenas da segunda temporada foram gravadas durante a Parada. E claro que o elenco não perdeu a diversão. Houve beijos entre os atores e as atrizes e muitas danças. Era evidente o quanto gostaram do evento. Fãs da série piraram (incluindo eu)!

(Elenco de Sense8 ❤)

Agora, comentando um pouco sobre minha experiência. Infelizmente, não tive a companhia das pessoas que eu queria. Não consegui encontrar a pessoa com quem combinei. Fiz amizade com uma menina ao meu lado na estação do metrô e ela me convidou para acompanhar ela e as amigas.

Elas foram companhias agradáveis, porém falaram e interagiram pouco comigo. Minha maior alegria foi ver os temas da Parada e ver o elenco da série que tanto gosto. Me arrependi de não ter ido em um dos blocos; no caso, o bloco sobre visibilidade trans que um grupo de militância (do qual participo no Facebook) estava formando. Preferi ir acompanhado e... não deu muito certo.

Podia ter sido uma Parada mais animada para mim. Ano que vem farei as coisas bem diferente. Aquele ambiente de agitação e música alta não faz muito meu estilo, mas na próxima Parada (espero que tenha!) farei questão de me divertir mais.

A Parada acabou. A luta LGBT continua.

Beijos coloridos na alma de vocês!