31 de dez. de 2015

Chocolate

Cá estou eu sem assunto novamente. Então pensei: vou falar de algo que gosto muito.

Por isso estou finalizando este ano falando de chocolate!


Pesquisadores dizem que os primeiros povos a fazerem produtos com o cacau foram os povos da Mesoamérica (México até a zona tropical da América do Sul), especialmente maias e astecas. A crença popular é que os astecas foram o primeiro povo a fazer bebidas com as sementes.

(Escultura asteca)


As barras são lindas, todas formadas por esses quadradinhos deliciosos! Tem chocolate amargo, meio-amargo, doce e ao leite. Todos contêm sementes de cacau e a famosa manteiga de cacau (gordura extraída das sementes). O doce contém açúcar e o ao leite contém isso mais (obviamente), o leite.

Eu particularmente sou fã de carteirinha do chocolate ao leite.

Podemos comer as barras! Podemos até derretê-las e fazer coberturas, que podem ser adicionadas em outros alimentos (ou comidas puras)! Podemos fazer bombons de vários recheios: castanhas, nozes etc. E também há bombons recheados com frutas! Tantas e tantas possibilidades gostosas!!!




E por que ser apenas sólido? Há também chocolate líquido! As primeiras produções registradas com o cacau foram justamente bebidas, que eram apreciadas mesmo com o gosto amargo. E atualmente temos achocolatado em pó (minha marca preferida é o Toddy).

Acreditam que até existe vinho com chocolate?


(Vinho de chocolate *-*)

E para quem gosta de doces frios, há também o maravilhoso sorvete de chocolate. Quase ninguém resiste a sorvete. Imagine de chocolate ainda?


E tem aquele chocolate que muita gente diz não ser "chocolate de verdade": o branco. O branco é feito basicamente de manteiga de cacau, açúcar e leite, sem sementes de cacau. Admito ser o meu tipo de chocolate menos preferido. Há quem goste mais desse do que dos demais.


Afinal quando o cacau veio ao Brasil? Imigrantes portugueses trouxeram a cultura do cacau no século XVII. Mas só na segunda metade do século XIX que foram construídas fábricas de chocolate no país.

Qual seria a explicação para as pessoas gostarem de chocolate e sentirem prazer ao comerem? As sementes de cacau contêm cafeína e aminoácidos importantes para a produção de neurotransmissores que regulam nosso humor e bem-estar. E também o consumo estimula a liberação de hormônios chamados endorfinas, que promovem sensação de prazer. E também podem ter efeitos semelhantes ao vício por drogas. Sim, chocolate pode viciar!

Procurei, inclusive, sobre chocolate ao leite para pessoas intolerantes a lactose, e descobri que há chocolates feitos com leite de soja. Incrível, não?

Enfim, não consigo expressar totalmente meu amor por chocolate. Mas creio que esse artigo tenha dado uma boa ideia.

#ChocólatraForever!

(VIVA AO CHOCOLATE!)



23 de dez. de 2015

Anime: Mirmo de Pon!

(Miru Miru Mirumo de Pon! ♪)

Aqui no Brasil tem o nome de Mirmo Zibang!. Vi esse anime quando morei em Peruíbe. Eu simplesmente adorava. E a música de abertura em português está gravada na minha mente até hoje. *-*

Mirmo é um muglox, uma espécie de fada que realiza desejos para as pessoas. Ele é o príncipe do mundo muglox e foge para o mundo humano por causa de um casamento arranjado. Um dia, uma garota chamada Kaede, que é apaixonada pelo colega de classe, Setsu, entra numa loja misteriosa. Ela encontra uma caneca azul e lê uma mensagem escrita na língua muglox. Ao seguir o que a mensagem mandava, Mirmo surge de dentro da caneca. E então começa suas aventuras com Kaede, que também tem que lidar com o gênio difícil de Mirmo. Outros muglox, como a noiva de Mirmo (Rirumu), um rival (Yashichi) e seu irmão mais novo (Murumo) também entram no mundo humano, e são as fadas que acompanham outros personagens, como Setsu, Azumi (rival de Kaede) e Kaoru (um rapaz apaixonado por Kaede).

Nota-se logo de cara que é um anime com uma temática infantil. Na verdade eu diria que é infanto-juvenil. Pode a princípio parecer mais direcionado ao público feminino, mas o enredo é adequado para todos os gêneros, pois retrata a vida e o romance adolescentes, mesmo que haja certo foco no lado de Kaede (afinal é a protagonista). Os muglox são seres tão puros e simples que a pior maldade que conseguem pensar é deixar alguém sem comer doce, e isso entra em contraste com a natureza humana (especialmente da personagem Azumi). O drama adolescente presente na trama é adoçado com comédia e com toda magia e inocência trazidas pelos muglox. De forma geral, a história é uma típica fantasia oriental, com o mundo comum se misturando a um mundo de magia.

Mesmo sendo um anime muito colorido e mais atraente para crianças, eu o recomendaria para todas as idades. É uma história doce e divertida de assistir, e faz as pessoas adultas de alguma forma relembrar do quanto é bom ser criança.





"If you read this message aloud while pouring hot cocoa into the mug, a love fairy ("muglox") will appear and grant your every wish."



19 de dez. de 2015

Historinha: Heterofobia

Era uma vez um lindo e humilde jovem hétero.
Ele adorava reafirmar sua heterossexualidade para todas as pessoas, até para os cachorros da rua.
Numa fria manhã nublada, ele passeava na rua com toda sua heterossexualidade até que, por curiosidade, entrou num espaço que discutia direitos de gays, lésbicas, e tudo que não era hétero como ele.
As minorias discutiam sobre o quanto sofriam na sociedade, falaram de agressões físicas (quem manda ficar dando pinta?) e "verbais" (afinal xingar é só uma liberdade de expressão), o quanto eram apagadas (como se tem viado em todo lugar agora?), que não podiam mostrar afeto em público (essa pouca vergonha...), entre outros vitimismos. O jovem então abriu sua maravilhosa boca hétera e soltou todas as suas ilustres opiniões héteras.
As malvadas minorias mandaram ele se calar, pois ele não sofria as supostas opressões.
Então o jovem revoltou-se e decidiu que lutaria contra a heterofobia pregada pela comunidade gay, para assim também preservar os poucos héteros que ainda existem no mundo.

Fim



17 de dez. de 2015

50 fatos sobre mim

Vou finalizar esse ano com uma listinha marota com 50 fatos sobre minha pessoa.

1- Nasci no hospital da Aeronáutica. Por isso vivo nas nuvens.
2- Quando pequeno eu adorava desenhar histórias com lápis de cor e canetas.
3- Eu colecionei a revista Recreio até 2008. Três perguntas minhas já apareceram lá.
4- Cresci vendo animes no SBT e no Cartoon Network. Os primeiros animes que me lembro são Dragon Ball Z, Sailor Moon, Sakura Cardcaptor e Samurai X.
5- Eu sempre tive um crush pelo Goku de Dragon Ball Z e pelo Kenshin de Samurai X.
6- Eu queria ser uma Sailor.
7- Algumas vezes usei roupas da minha tia, incluindo joias, tamanco e cachecol.
8- Desde sempre assisti os filmes da Disney. Amo a Disney!
9- Eu tive um cofrinho cheio de moedas que o pessoal me dava. Um belo dia todas as aquelas moedas sumiram...
10- Sempre fui muito mimado. Muita gente não me suportava quando eu era criança.
11- Quando eu tinha seis anos, lembro que eu e minha classe fizemos um "robozinho" chamado Tico. Ele foi feito com uma caixa, botões, potinhos de Danoninho, e outras coisas que não lembro.
12- Eu adorava muito meus primos quando criança. Aprendi a gostar de videogame e da cultura japonesa através deles.
13- Nunca sofri nenhum acidente ou quebrei algum osso.
14- Conheci o meu pai quando eu tinha 8 anos. E nem dei muita importância pra isso na época. Ele nunca morou comigo e só o vi umas três vezes na vida.
15- Morei cerca de 2 anos e meio na cidade de Peruíbe. Fora isso sempre morei em São Paulo.
16- Quase me afoguei uma vez num parque aquático em 2010.
17- Eu criei uma paixão por flores no litoral. Eu e minha avó comprávamos rosas de todas as cores quase toda semana. E também montamos um jardim cheio de plantas lá.
18-  Lá eu adorava assistir Xuxa No Mundo da Imaginação todas as manhãs.
19- Tive a impressão que meu cabelo ficou castanha uma vez. Mais tarde descobri que isso foi por causa do sol que eu tomava todo dia lá no litoral.
20- Um tio meu me deixou experimentar cigarro quando eu tinha 10 anos. Odiei, e engasguei com a fumaça.
21- Comecei a aprender inglês em 2004. Mas aprendi mais sozinho do que na escola. Nessa matéria fui meio autodidata.
22- Peruíbe foi a melhor fase da minha infância, especialmente nos anos de 2004 e 2005.
23- Em 2003 eu estudei na única escola pública que frequentei na minha vida. Eu não gostava de lá.
24- Em Peruíbe tive dois cachorros, a Laica e o Bolinha. Sinto falta deles até hoje.
25- Conheci meu melhor amigo naquela cidade.
26- Eu não tinha computador no litoral, mas eu me divertia com meus videogames, brinquedos, etc.
27- Apesar de eu morar no litoral, eu não ia para a praia todos os dias. Ainda ficava muito preso em casa.
28- Tive que ir embora de Peruíbe por causa da minha avó, que teve um acidente e quebrou a perna. Nunca a perdoei por isso.
29- Assim que saí do litoral voltei para minha escola da 1ª e 2ª séries. Detestei!
30- Depois dessa fui para uma escola mais perto de casa. Foi a pior escola da minha vida. Fiquei lá só meio ano.
31- Na escola seguinte consegui me adaptar mais, e comecei a me enturmar mais com as pessoas.
32- Em 2007 tive minha primeira paixão. Foi um modelo brasileiro que tem um irmão gêmeo.
33- Tenho um pouco de miscalculia: erro contas quando as faço de cabeça e muito rápido.
34- Não me importo com coisas de marca, e acho besteira isso.
35- Mesmo eu me considerando muito nerd, nunca parei pra assistir a franquia Star Wars.
36- Não tenho alma de colecionador, logo não tenho nada que seja pra colecionar (seja de anime, game, entre outros).
37- Odeio que me façam cafuné.
38- Em relação à morte, tenho muito medo de morrer: esfaqueado, queimado ou afogado.
39- Minhas maiores fobias são: barata e altura.
40- Não consigo ler e andar ao mesmo tempo.
41- Não gosto de ver gente escrevendo errado nas redes sociais. Às vezes faço uma maldade com essas pessoas: escrevo as palavras corrigidas nas minhas respostas, parecendo que foi na inocência.
42- Sempre morei com minha avó, tia e mãe.
43- Não sei assoviar, nem estalar os dedos, ou arrotar.
44- Não faz muito tempo que comecei a criar o hábito de ler todos os dias.
45- Sempre gostei de videogame e joguei muito na infância e adolescência. Atualmente eu gosto de assistir vídeos de walkthroughs e speedruns. É um hobby que curto demais.
46- Eu fiz orkut escondido de todo mundo, porque não me deixavam ter orkut. E eu era viciado em jogar Colheita Feliz.
47- Adoro stalkear homens no Facebook. Faço muito isso.
48- Já cheguei a encontrar minha primeira paixão da faculdade sem nem saber o nome dele. Acho que já posso fazer mestrado em stalkeamento.
49- Meu melhor ano de faculdade foi o primeiro, justamente pela novidade, pelo êxtase de estar na graduação, e por eu estudar de manhã.
50- Descobri que gosto muito de temaki. Tive muito preconceito antes de experimentar.

Beijos na alma de todxs.



12 de dez. de 2015

Estou amando duas pessoas

Oh céus, o que se deve fazer numa situação tão inusitada como esta?

Confesso que isso nunca me aconteceu. Pelo menos não de forma intensa. O que direi aqui é mais baseado em pesquisas a respeito do assunto.

Não é novidade que há gente que se apaixona por duas pessoas, e que tal situação é vista e tratada de uma forma geralmente negativa. Como a monogamia ainda é muito presente na grande maioria das sociedades pelo mundo, uma relação não-monogâmica - poligamia - é definida como perversão, safadeza, etc.

Porém, como sabemos, o ser humano é um bicho complexo demais. As coisas não são tão simples. Ter afetividade por mais de uma pessoa não é nada horrível. 

Normalmente costumamos nos apaixonar por uma pessoa e, com isso, passamos a querer somente aquela pessoa. Mas até mesmo gente monogâmica pode se apaixonar por mais de uma pessoa. Acontece, é natural, e não há nada de errado nisso. Cada um é um. Qual é o problema de ter afinidade por duas pessoas? Nenhum!

Se você que está amando duas pessoas quer manter a monogamia, o ideal a fazer é analisar a situação de maneira racional. Compare as duas pessoas, faça uma lista dos interesses em comum, veja as possibilidades de uma relação, e conheça ambas o suficiente para conseguir imaginar como seria uma relação com elas.

As pessoas se juntam por compatibilidade. Se perceber que você tem uma compatibilidade maior com uma delas, o melhor a fazer é começar um exercício interno de desapego com a pessoa menos compatível. Lembre-se que vocês podem ter uma amizade, que é uma espécie de amor.

Existe uma frase de um ator famoso internacionalmente que diz: "Se você acha que ama duas pessoas ao mesmo tempo, escolha a segunda. Porque se você realmente amasse a primeira, não teria uma segunda opção". Sinceramente, não creio muito nessa filosofia. É possível se apaixonar primeiro por uma pessoa menos compatível. Acontece.

"Ah, mas acabo de perceber que ambas são igualmente compatíveis comigo, O que fazer?"

Agora, saindo das relações monogâmicas, você talvez seja uma pessoa poliamorosa. Poliamor é um tipo de relação em que uma pessoa mantém relações afetivas com mais de uma pessoa. Claro que isso deve ser feito com consentimento mútuo; se você namora duas pessoas, ambas devem estar cientes disso!

Supondo que as duas pessoas que te interessam estejam acessíveis a ti, você pode conversar com elas sobre isso. É uma relação que enfrenta muita dificuldade devido a forte influência da monogamia no mundo, mas não é impossível. E se for possível, aproveite! Melhor do que ter uma pessoa amada só tendo duas pessoas amadas.

Se não houver um acordo e as duas pessoas ainda forem compatíveis contigo, só o tempo dirá qual delas será mais adequada para você. Ou talvez pode surgir um novo interesse.

Não existe uma receita universal para resolver esse dilema. Como foi dito, só o tempo dirá.



9 de dez. de 2015

Relações atuais

Por que é tão difícil namorar atualmente?
Por que é tão difícil fazer novas amizades atualmente?
Por que é tão difícil conversar atualmente?
Por que é tão difícil manter contato atualmente?

Eu sempre sonhei em encontrar um príncipe encantado: um homem carinhoso, inteligente, lindo, forte, interessante, fiel, companheiro, que estaria sempre lá para me salvar, que estaria sempre esperando por mim, aquele com quem eu pudesse compartilhar meu mundo.

Ele e eu seríamos as duas metades de um só coração. E estaríamos unidos por um laço que nenhuma pessoa, desafio ou distância poderia romper. Nem mesmo a morte.

Talvez já tenha existido uma época em que essa idealização fosse possível. Atualmente ela é vista como uma mera fantasia, um devaneio louco. Alguém (além de mim) ainda acredita nisso? Será que não há uma pessoa assim, ou próxima disso?

E as amizades? Quase a mesma coisa... Assim como a maioria não quer mais namoro, fazer amizades também está ficando menos comum. Não apenas entre homens gays, mas hoje em dia as novas formas de amizades funcionam com um sistema de troca; a pessoa precisa ter popularidade, dinheiro ou beleza. Se bem que o primeiro quesito pode ser consequência do segundo e do terceiro.

Isso é perceptível dentro e fora das redes sociais. O cara bonitão que tem milhares de fãs no Instagram, aquela sub-celebridade que tem centenas de curtidas num "oi" que posta no Twitter, aquele ator que todo mundo quer seguir no Facebook.

Conversar parece um grande esforço. Mesmo que a tecnologia possibilite uma comunicação mais rápida e ampla com uma ou mais pessoas, nos dias de hoje o ato de conversar (no sentido mais verdadeiro da palavra) está se tornando cada vez mais incomum.

Mesmo havendo ainda quem aprecie falar pessoalmente, olho no olho, cara a cara, as pessoas em geral estão acostumando-se a viver mais e mais dentro de uma bolha. Lá é uma zona de conforto, um escudo contra a convivência. Por que as pessoas não querem mais conviver? Talvez seja porque ninguém nunca se satisfaz com o que a outra pessoa tem a oferecer (se ela tiver).

Contatos se perdem com o tempo quando a ligação entre as pessoas não é forte. Quantas pessoas cumprem com o que falam? "Vamos manter contato". A frase soa como piada de mau gosto para quem tem essa experiência. Não adianta nada você tentar manter o contato quando a outra pessoa não quer.

Por que as relações estão difíceis atualmente?



5 de dez. de 2015

Pensamento do dia

A época do Natal é com certeza um tempo de união e iluminação.

Todas as pessoas se reúnem, mesmo aquelas com muitas diferenças.
E todo mundo incorpora um espírito de caridade (ou desejo de fazer caridade).

Temos que sentar na mesa com aqueles familiares que gostamos, aqueles que somos indiferentes, que aqueles que detestamos.

Quem nunca teve que comer na mesma mesa que um parente reacionário? Faz parte da vida.

Mas nesse período, nesse bendito período do ano, as pessoas realizam um ritual social de esquecer todas as desavenças e conflitos e formarem uma enorme comunhão.

O que explica isso? Talvez boa parte da culpa venha da religiosidade presente nessa época. Não que seja algo ruim. Pelo contrário, é ótimo!

Dito isso tudo, faço meu questionamento: esse tempo de união e iluminação é realmente real? E por que esse tempo só ocorre no Natal, e não em todos os dias do ano?

Essa felicidade, paz, harmonia etc que demonstramos nessa data é autêntica? Ou é apenas indução?

Precisamos mesmo de uma determinada época do ano para expressar nosso melhor para com o mundo e as pessoas ao nosso redor?

O Natal aproxima as pessoas? Sim, aproxima. Mas as pessoas se aproximam verdadeiramente?

Talvez uma solução abençoada para esses dilemas (e a meu ver é uma solução super ultra mega válida) seria comemorarmos o Natal todos os dias do ano.


2 de dez. de 2015

Meu primeiro encontro

Muitas pessoas devem estar pensando "finalmente aconteceu!"; outras, provavelmente, "uau, nem acredito!". Pois bem, finalizo o ano de 2015 contando essa experiência.

Logo após uma (outra) decepção amorosa, na mesma semana, numa calorosa tarde de sábado, puxei conversa com um garoto que eu conhecia só por nome. Como ele chamou minha atenção, senti-me corajoso para chegar nele. Podia dar certo, podia dar errado (de novo)... mas algo dentro de mim disse: vai!

Imaginei que era novamente minha consciência me mandando para mais uma decepção desse ano. Porém, milagrosamente, o que aconteceu foi totalmente o oposto.

Eu e ele conversamos, tudo fluiu harmonicamente, senti que estávamos numa boa sintonia, e eu, louco como sou, simplesmente o chamei para sair. E ele, sem pensar muito, aceitou. Fiquei verdadeiramente surpreso! Ele simplesmente aceitou! Não houve questionamento, desculpas, ou uma pausa para pensar. Ele disse... "sim"! Foi o melhor "sim" que tive esse ano.

Mantivemos contato até a quinta-feira. Combinamos certinho o local e o horário de nos encontrarmos. Ele demorou um tempo. Durante a espera, por um instante, pensei no pior: que eu havia levado um bolo! E como de costume iniciei meus draminhas mexicanos na cabeça "oh, será que cometi um erro???", "ah, por que os homens são tão cruéis comigo?", "há, foi bom me iludir, foi bom pensar que alguém se interessaria por mim".

E então ele apareceu e tudo voltou ao seu estado perfeito e radiante. Quase dei pulos de alegria. Só não fiz isso porque as pessoas na rua me olhariam e ele teria vontade de sair correndo hahaha.

Fomos no cinema do Shopping Frei Caneca. Tivemos conversas legais no caminho e na espera para o filme. Tive receio de me abrir e de falar de coisas ruins, como a decepção da semana passada. Mas no fim falei de tudo. Ele me retribuiu da mesma forma. E, como eu esperava (vindo de uma pessoa madura), ele me aconselhou sobre meus erros.

De fato, talvez meu lado infantil fosse uma das causas dos homens nunca me levarem a sério e me tratarem como lixo. E criar expectativas também não me ajudava muito. Decidi que daquele momento em diante eu procuraria mudar.

O filme começou. Estávamos lá no escurinho do fundo do cinema. Eu nem acreditava. Estava um tanto nervoso (desde que ele chegou), mas eu aguardava alguma ação, fosse da minha ou da parte dele. Até que num belo momento ele me beijou. De maneira dominante até, porque nem consegui mover direito a boca. E a língua dele entrou com tudo hahaha.

Assistimos ao filme, e de momentos em momentos beijávamos e trocávamos algumas carícias. Estar com uma pessoa, estar com aquela pessoa, começou me causar mudanças. Notei que comecei a mudar minha forma de enxergar e sentir o mundo. E embora transbordasse de felicidade e de estar me sentindo realizado, fiquei intrigado por eu não estar apaixonado.

Quando fiz uma autoanálise, percebi que eu não estava ardendo de paixão, ficando tonto, e vivendo nas nuvens. Por um instante fiquei com medo de ter me tornado oficialmente insensível. Mas depois tudo ficou claro: eu estava vivendo a realidade! Talvez eu já estivesse amadurecendo. Aquilo é viver um sentimento real; gostar da pessoa, querer conhecê-la, e depois a paixão viria. O contrário é a fantasia em que eu estava preso até aquele dia.

Após o filme, andamos de mãos dadas na rua. "Devo ter enlouquecido", pensei. Mas logo em seguida liguei o foda-se e aproveitei o momento. Eu não queria me despedir dele, mas não foi algo difícil. Na verdade eu ansiava pela minha cama. Ele me ensinou coisas naquele dia, e me estimulou a ser mais ousado, a me mostrar mais para o mundo. Por mais que eu me declare um ativista, ele me fez reparar que, na prática, ainda vivo muito no armário.

Sinceramente, não esperava que eu terminasse o ano de 2015 tendo meu primeiro encontro. Pensei que ficaria para o ano que vem, ou depois... (talvez nunca)

O que valeu aqui não foram apenas os beijos, afeto, a presença dele, etc. Aprender e experimentar as maravilhas da espontaneidade também foram pontos importantes. E, claro, interagir com outra pessoa, dividir meu mundo e meu ser com ela, e deixá-la fazer o mesmo. Dei um passo grande como pessoa, e não posso negar que sinto gratidão. Gratidão a quem? Ao Universo e a mim mesmo, talvez à vida em si. Desde esse dia passei a acreditar que as coisas vêm na hora certa.

Não importa se no fim vai rolar ou não um namoro entre nós. Ao contrário do meu primeiro beijo, posso afirmar que meu primeiro encontro foi um acontecimento especial, e não me arrependerei dele. Dessa vez eu agi com consciência e sem perder minha essência.

Beijos nas almas de todxs 



29 de nov. de 2015

Sessão Yaoi (Séries)

(Atenção: esse post não é para menores de 18 anos!)
(Nota: esse aviso não serve de nada, é só uma questão burocrática)















25 de nov. de 2015

Pensamento do dia

O que precisamos para sermos felizes nos dias de hoje?

Namorar e casar? Ter uma prole, montar a família dos sonhos?
Ter sucesso no emprego, ganhar um alto salário?
Fazer fama de alguma forma, ser uma celebridade ou uma figura reconhecida no país ou no mundo?
Comprar tudo que quiser? A casa que queremos, as coisas, as roupas etc?
Viajar para muitos lugares?
Realizar todas as suas fantasias e objetivos de vida, sem se importar com o amanhã?
Talvez viver todos os momentos de maneira intensa?

A verdade é que atualmente é difícil sentirmos satisfação plena pelas coisas. O mundo parece não estar mais conseguindo agradar a maioria das pessoas. Os itens citados acima podem satisfazer ou não. E mesmo assim, vale lembrar que satisfação não é sinônimo de felicidade.

Nessa era moderna do século XXI, o conceito de felicidade parece estar se tornando mais uma utopia do que uma possibilidade. Mas de onde vem a felicidade? Ela é um caminho ou é a recompensa de um caminho?

Todxs queremos a felicidade, sim. A questão é como consegui-la. Talvez o primeiro passo que deveríamos dar é entender o que é a felicidade.

Ela é universal ou individual? Existe "a felicidade" ou cada pessoa tem a sua?
A resposta mais provável é que ela seja individual, pois nem tudo que me deixa feliz deixa as demais pessoas felizes.

E agora vem o desafio: como conseguir a minha felicidade?

A nossa felicidade depende das outras pessoas, dos bens-materiais, das conquistas na vida social, financeira e pessoal?
É tudo relativo, a resposta varia de pessoa para pessoa.

Por que procuramos amizades e relacionamentos? Por que compramos tudo que nos agrada? Por que queremos mais do que temos? Tudo isso não são formas de atingir uma felicidade? Podem ser. A questão maior é se o que estamos fazendo no momento é realmente necessário.

O abismo atual que enfrentamos é cair no egoísmo e na futilidade tentando desesperadamente encontrar alguma felicidade, mesmo que seja passando por cima de outras pessoas, usando de desonestidades, ou enganando a nós mesmxs.

Talvez não haja uma fórmula 100% precisa para a felicidade de cada pessoa.
Porém, de uma coisa podemos ter certeza: nós temos que busca-la por nós e através de nós. 
Não podemos entregar nossa felicidade para as pessoas ou a matéria. 
Afinal, pessoas erram e a matéria perde o valor.



21 de nov. de 2015

Dia da Consciência Negra

O que representa essa data no calendário?

Simbolicamente representa a luta contra o racismo, contra a exclusão da população negra na sociedade. Essa data surgiu em homenagem a Zumbi dos Palmares, um negro que foi escravizado e se tornou o líder do Quilombo dos Palmares. O Quilombo era uma resistência composta por escravos fugitivos da época. Séculos após a morte de Zumbi, o Dia da Consciência Negra foi criado como uma reflexão sobre a influência histórica da cultura africana e do povo africano no Brasil.

(Zumbi dos Palmares)

É impossível desconsiderar a vasta influência africana trazida para o Brasil. Além da economia do país ter crescido ao longo da História à custa de milhares de vidas, temos também as religiões e crenças africanas, como a Umbanda e o Candomblé. Essa influência está mais presente no Nordeste brasileiro, como na Bahia ou em Pernambuco.

O povo africano sofreu. Sim, sofreu muito. Mas deixou sementes aqui, que só floresceram após muitos anos de luta e resistência por parte de seus descendentes, que atualmente compõem mais da metade do país.

Há quem diga que o racismo no Brasil acabou. E dizem isso só porque pessoas negras não são mais escravizadas, tratadas como produto e trazidas em navios negreiros. Sinto lhe informar: a escravidão não acabou. Só não tem mais grilhões e chicotes, mas ainda está aí. Só não a enxerga quem não quer.

E mesmo tendo apoio de pessoas brancas, a população negra ainda sofre a opressão de todo um sistema que beneficia mais as pessoas brancas. Não importa se você, brancx, não comete o racismo; o preconceito ainda está presente, está no sistema.

Pessoas negras ainda não conseguem os mesmos empregos que pessoas brancas, ainda não têm as mesmas oportunidades. Essa parcela da população ainda é muito marginalizada. Quantas pessoas negras vemos numa escola ou numa faculdade particular? Quantas vemos em profissões de destaque, como medicina ou engenharia? Quantas estão no Poder Judiciário ou na política?

O Dia da Consciência Negra era um feriado nacional até 2011, quando foi sancionada uma lei que tornava facultativo ser feriado no dia. Na maioria dos municípios dos Estados ainda é feriado. Mas, infelizmente, nem todas as pessoas estarão de folga nesse dia, como os lixeiros, cuja maioria é composta por pessoas negras...

Não apenas nesse dia devemos lembrar do racismo e do sistema que beneficia mais as pessoas brancas, devemos lembrar todos os dias. E não apenas lembrar, mas fazermos nossa parte. 

O movimento negro lutará por seus direitos. 
E as pessoas brancas devem apoiar e questionar o sistema.

A classe oprimida deve lutar. E a classe opressora deve apoiar. 
Só assim criaremos uma sociedade realmente igualitária para todxs.



18 de nov. de 2015

Série: Under The Dome

("Invisible, indestructible and completely inescapable")

Demorei um tempo para ver essa série. Não ouvi falar nela e soube de seu pouco sucesso. Mas decidi dar uma chance. Ela é baseada num livro de Stephen King, que lhe deu uma boa avaliação.

A trama da série ocorre numa pequena cidade chamada Chester's Mill. Em um dia comum na pacata cidade, uma redoma invisível surge, isolando a cidade do resto do mundo. A redoma é feita de alguma energia misteriosa e é impossível sair por ela. A história envolve vários personagens, como Dale (conhecido como "Barbie"), que estava passando pela cidade para tratar de um negócio obscuro; a repórter Julia; o prefeito da cidade, Big Jim, e seu filho, Junior; entre outras pessoas. Cada personagem acaba tendo um papel dentro da redoma. O maior desafio dentro da redoma é a população, que acaba entrando num caos progressivo. Porém, todos os mistérios envolvendo a cidade e a redoma acabam tornado-se o foco com o tempo.

O maior ponto da série talvez seja as relações humanas e a que nível o ser humano pode chegar quando colocado em condições que ameaçam sua vida. O medo da possível escassez de comida e suprimentos e o egoísmo das pessoas motivado por rancor ou arrogância acabam despertando o pior da população, que convivia em harmonia antes da redoma. Alguns personagens acabam mudando seus papéis de acordo com as situações e com o progresso da trama; por exemplo, Junior começa como um antagonista, mas tem seus momentos protagonísticos ao longo das temporadas.

A evolução da trama acaba mudando a perspectiva de quem está assistindo e dos próprios personagens; a redoma, que antes era tratada como uma entidade sobrenatural, acaba se tornando apenas parte de um plano maior, além do que todos conseguiam imaginar. A primeira temporada foca mais na humanidade do que na paranormalidade. A segunda temporada apresenta muitas respostas e mostra a conspiração de uma empresa interessada na redoma. E a última temporada, o clímax de tudo, é a resolução final, com muita tensão e reviravoltas.

Acredito que os atrativos da série sejam justamente os mistérios, as reviravoltas e como os personagens aprendem a lidar com as situações. Infelizmente a série não teve tanto sucesso e acabou sendo cancelada. Assim sendo, as respostas dos mistérios são dadas rapidamente na terceira temporada e a história termina incompleta, com um gancho para uma continuação (que não acontecerá).

Ainda assim, a série é bem construída e tem bons efeitos especiais. Talvez o final não seja um dos melhores, mas a história consegue despertar interesse. É uma boa opção para quem aprecia mistério e drama que envolva sobrevivência.



14 de nov. de 2015

Espadas famosas de animes/mangás

Um tipo de arma que sempre me atraiu foi a espada (sem malícia XD). A espada é um ícone de história de fantasia, seja antiga ou até mesmo moderna. E mesmo nos dias atuais, animes e mangás costumam apresentar essa arma em combates, ou mesmo como um item para proteger e fazer o bem. Não apenas fantasia, mas gêneros de ação e ficção também adoram mostrá-la. 

Segue uma lista com algumas espadas populares de obras orientais:



  • Dragon Ball Z

A Espada Z aparece na saga Majin Buu. Ela é uma espada antiga e extremamente pesada. Há milhares de anos, o Deus da Destruição, Beerus, selou o velho Supremo Senhor Kaioh dentro da espada. Gohan conseguiu acessar o poder lendário da espada. Quando o novo Supremo Senhor Kaioh materializa um cubo feito do material mais denso do Universo, Goku o lança em Gohan para testar o poder de sua nova arma. Porém a espada se quebra, libertando o velho Kaioh.

(Gohan com a Espada Z)


  • Rurouni Kenshin 

A Sakabatō (lit: Espada de Lâmina Reversa) é uma espada feita (como o nome diz) com a lâmina ao contrário, o que significa que ela não é feita para matar. No mangá, há dois modelos existentes, e o protagonista, Kenshin Himura, acaba ficando com ambas. Kenshin a usa justamente para nunca mais ter que matar ninguém, para se redimir de sua vida como retalhador.

(Sakabatō)


  • Yu Yu Hakusho 

A Rei Ken (lit: Espada Espiritual) é a técnica característica de Kuwabara Kazuma. Ela é feita de energia espiritual e é uma arma versátil em combate, seja para ataque ou defesa. Quanto mais energia Kuwabara deposita na técnica, mais afiada e resistente a espada fica. Com o tempo Kuwabara cria variações da técnica (como espada dupla ou projéteis) e consegue alcançar um nível maior, a Jigen Tō (lit: Espada da Dimensão), que é menos prática do que a Rei Ken, mas pode cortar qualquer coisa.

(Rei Ken)


  • Inuyasha 

Tessaiga e Tenseiga são espadas irmãs criadas e dadas a, respectivamente, Inuyasha e Sesshōmaru. A Tessaiga tem poder destrutivo, sendo capaz de matar 100 demônios com um ataque e tendo a habilidade de absorver poderes. E a Tenseiga tem poder de cura e de reviver gente morta. Conforme a história progride, a Tessaiga recebe novos poderes que a fazem mudar de aspecto, como por exemplo o poder de quebrar barreiras mágicas fortes, que a torna vermelha.

(Tessaiga)

(Tenseiga)


  • One Piece 

O personagem Zoro Roronoa é conhecido por ser um poderoso espadachim que utiliza três espadas simultaneamente em combate. Zoro obteve muitas espadas com o tempo, mas seu estilo de luta sempre utiliza três: duas em cada mão e uma segurada na boca.

(Espadas atuais de Zoro)


  • Bleach 

A Zanpakutō (lit: Espada Cortadora de Alma) é a arma principal utilizada pelas classes Shinigami, Arrancar e Visored. Elas podem mandar espíritos para outras dimensões e também purificar os pecados de Hollows. Essa arma tem dezenas de tipos e classificações, e pode mudar de acordo com o nível de poder de quem a usa.

(A zanpakutō de Ichigo)


  • Naruto 

A Espada Kusanagi é usada por Orochimaru. Ela pode cortar quase qualquer material existente, se estender, e ser manipulada telepaticamente. Orochimaru costuma invocá-la de dentro de uma cobra que sai de sua boca. Sasuke Uchiha usa uma espada que ele chama de Espada Kusanagi, porém ela não tem os mesmos poderes da espada de Orochimaru.

(Kusanagi no anime e no mangá)

(Kusanagi de Sasuke)

A Espada de Totsuka é uma arma mística e uma variação da Espada Kusanagi. Orochimaru a procurou sem sucesso por toda sua vida. A espada atualmente pertence ao Susanoo de Itachi Uchiha, que a invoca por uma espécie de cabaça. Ao invés de matar, a espada sela seu alvo dentro da cabaça. A lenda diz que a pessoa é selada pela eternidade num mundo ilusório de sonhos.

(Espada de Totsuka selando Nagato)


  • Sword Art Online

As espadas duplas Elucidator e Dark Repulser são usadas pelo protagonista Kirito e são as armas características do personagem. Elucidator foi a primeira espada que Kirito obteve, isso após vencer um chefe no nível 50º andar. Dark Repulser foi construída por uma ferreira após Kirito trazer-lhe um minério raro específico. Ambas possuem praticamente os mesmos níveis de ataque, durabilidade e força. Kirito é o único jogador com a habilidade de usar duas espadas simultaneamente.

(Kirito manejando as duas espadas)

(Elucidator)

(Dark Repulser)



Lindas, não? *-*
Espero que tenham gostado!



11 de nov. de 2015

Ativo ou passivo?

É inacreditável que em pleno século XXI a maioria ainda separa os participantes do sexo gay em ativos ou passivos.

Não há mais de uma opção; ou penetra ou é penetrado.

Como se sexo entre homens fosse apenas penetração.
Como se todo homem tivesse vontade de ser penetrado.
Como se todo homem tivesse um pênis para penetrar.

As pessoas ainda estão presas no pensamento extremista de que existe só 'ativo' e 'passivo'; sexo gay se torna sinônimo de sexo anal.

Mas afinal por que ser apenas ativo ou passivo? Também pode ser versátil. Não quer sexo anal? Então seja gouine.

Esse pensamento extremista invisibiliza os versáteis e desconsidera a prática do gouinage. Sexo é uma prática ampla, cheia de possibilidades.

Versáteis ainda são tratados como mitos no meio gay. Muitos acham que versátil é só coisa do momento, e que no fim todo gay tem mais preferência por um papel.

Pasmem agora; sim, existem gays que gostam de ser tanto ativos quanto passivos! Lidem com isso.

"Ah, ok. Agora todo mundo tem que ser versátil? Estamos vivendo a ditadura versátil?"
Não, querido. Ninguém é obrigado a nada. Se você tem preferência por um papel, beleza. Apenas não desrespeite quem gosta dos dois papéis, ok?

"E o que fazer quando dois ativos ou dois passivos querem um relacionamento?"
Ora, eles que resolvam isso! Diálogo faz muito bem. Talvez eles possam concordar em mudar os papéis ou podem optar pelo gouinage.

Recentemente a prática do gouinage esteve em pauta nas discussões gays. Gouinage é sexo sem penetração, e esteve sendo uma ótima opção para aqueles que não desejam fazer sexo anal.

Só para esclarecer, gouinage não é "sexo preliminar", e ainda é uma forma de contato sexual! Temos que tirar da cabeça a ideia de que sexo só é sexo quando há penetração. Isso é falocêntrico, e também desconsidera o sexo lésbico.

Infelizmente a maioria dos animes e mangás do gênero yaoi ainda seguem o pensamento extremista de "ou ativo ou passivo". Ademais, utilizam as ideias estereotipadas de que o ativo é o mais "masculino" e o passivo é o mais "feminino". Oriente, melhore, ok?

O meio gay ainda necessita de desconstrução de ideias extremistas e excludentes a respeito de sexo. Pois somente assim as pessoas poderão explorar mais possibilidades e ter uma vida sexual mais livre e flexível.

Talvez algum dia veremos a pergunta "ativo ou passivo" ser substituída por "ativo, passivo, versátil ou gouine" XD.



7 de nov. de 2015

Tipos de reaças nas redes sociais

Existem listas parecidas com essa pela Internet. Mas hoje vou listar justamente os tipos de reaças (apelido carinhoso dos reacionários) que já observei e pude catalogar em minhas viagens virtuais pelas redes sociais (principalmente o Facebook):



1- O acadêmico
Utiliza vocabulários formais, apresenta argumentos aparentemente convincentes, manipula a linguagem a fim de distorcer os fatos, dá porcentagens de pesquisas do além. Adora parecer o culto e defende seu ponto-de-vista por mais contraditório que seja, e mesmo sendo rebatido com argumentos coerentes e baseados em verdades. Alega ler livros como "O Capital".

2- O religioso
Diz ler a Bíblia, mas todo mundo sabe que ele nem leu a metade. Se diz "defensor da família e dos bons costumes", mesmo quando comete transgressão contra as próprias leis que estão no "livro sagrado". Extremamente hipócrita no debate. Geralmente escreve muito errado nos comentários e costuma defender a ditadura, a pena de morte e a intolerância.

3- O privilegiado
Na maioria das vezes é um homem cisgênero, heterossexual, branco, de classe média ou mais. Direitos das mulheres, dxs LGBTs ou da população negra são vitimismo. O mundo dele é perfeito, todas as pessoas são iguais, e piadas com minorias são apenas piadas. Adora defender uma suposta liberdade de expressão que o permite xingar e acredita em meritocracia.

4- O revoltoddynho
Aquele cidadão revoltado com o país (ou o mundo mesmo), alienado por todas as fontes tendenciosas (mídias, revistas, TV), sempre procurando um culpado ou um grupo culpado de toda a desgraça existente. Diz ser contra a corrupção, mas prefere só xingar a presidenta e o partido dela. Praticamente um papagaio ambulante. Adora ligar o caps lock e ainda usa exclamação.

5- Hit-and-run
Xinga, liga o caps lock, xinga mais, fala todos os palavrões e profere todo tipo de ofensa. Depois quando percebe que seu comentário repercutiu mal e até saiu em prints, apaga o comentário. Chega até a desativar o perfil na rede social. Provavelmente é o mesmo que depois cria perfil fake e gasta seu tempo causando em páginas de esquerda.

6- Zuero
Fala coisas ofensivas e absurdas apenas para gerar polêmica, espalhar o caos e disseminar a discórdia. Quer parecer engraçado, mas usa o humor para exteriorizar suas ideias e preconceitos. Quanto mais atenção recebe, pior fica. Não se importa com os danos de suas palavras, vive de repercussão negativa. Normalmente também utiliza perfil fake.



E vocês? Já encontraram algum desses tipos ou todos?



4 de nov. de 2015

Decepção virtual

Este ano parece que todo mundo quis me fazer de trouxa.

Tentei me aproximar, tentei me socializar, tentei manter contato, tentei compreender as pessoas... resultado: nada. Puro e simples nada.

Fazer um Twitter esse ano foi uma novidade. Conheci novas pessoas com o passar desses meses.

Interagi com essas pessoas, querendo formar novos vínculos, criar novas amizades. Nada.

Algumas pessoas interagiram comigo, querendo tudo, menos uma amizade de verdade. Novamente, nada.

Por que os caras me bajularam, me elogiaram, me deram atenção? Na minha perspectiva, o que eles queriam de verdade era apenas me pegar, ou apenas me paquerar. Todos perderam o interesse em alguns dias. 

Me senti num aplicativo de novo: homens interagindo comigo apenas com segundas intenções. E quando não conseguem o que querem, me deixam, me descartam rápido.

Esses ainda são os caras que gostei ou até consegui suportar. Ainda teve uns doidos que mandaram/pediram nudes ou chegaram fazendo perguntas íntimas que odeio. Eles faziam eu me sentir um pedaço de carne. Canalhas que parecem animal no cio, sempre procurando uma presa...

No Facebook não foi tão diferente. Todas as pessoas novas que conheci esse ano fazem questão de não falar mais comigo. Até mesmo aquelas que aparentemente simpatizaram comigo, se identificaram comigo, e disseram "conte comigo sempre".

Calma, eu não levo isso ao pé da letra. Sei que a pessoa do outro lado tem a vida dela. Apenas gostaria de saber o motivo de minha mensagem nem ser visualizada, sendo que a pessoa tem atividade constante na rede... Estranho, não?

E, para completar, tem algumas pessoas que adicionei do Twitter. Uma parte nunca falou comigo e já me deixou no vácuo. Outra parte falou por um tempo e agora finge que nem existo.

Deste desabafo melancólico só posso concluir que as pessoas das redes sociais adoram mentir e adoram preencher o mundo virtual com decepções.

Será que ainda há pessoas diferentes?



31 de out. de 2015

Enem 2015

Recentemente aconteceu no Brasil o famoso Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o programa do Ministério da Educação para avaliar o conhecimento dxs estudantes que terminaram o ensino médio. E faz parte dessa prova fazer uma redação. Todo ano o Enem exige um tema.

Pois bem. Para a alegria de muitas pessoas dos movimentos sociais e da esquerda política, a prova deste ano apresentou feminismo numa questão e pediu como tema da redação "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira".

Será que causou revolta naquela linda e maravilhosa parcela da população chamada direita ou reacionária? Claro que sim! Como não?

No primeiro dia de prova, uma questão de ciências humanas apresentava um trecho sobre uma feminista chamada Simone de Beauvoir e perguntava sobre sua contribuição para a formação do feminismo.

E no segundo dia tivemos nossa querida redação.

Não é novidade que a bendita parcela é contra o movimento feminista por causa de suas pautas sobre igualdade de gênero e empoderamento da mulher. Essa mesma parcela, a grande maioria composta por homens (pra variar, né?), prefere que a mulher continue desigual ao homem. Não apenas desigual; que continue sendo capacho, serva, brinquedo na mão da classe homem. Isso deve ser parte de um complexo de superioridade que o patriarcado constrói nesses homens.

O mais chocante dessa situação é perceber que abordar a violência contra a mulher também gera revolta, como se ofendesse alguém ou estivesse destruindo algo de bom. Por que esse assunto incomoda tanto? Será que o pessoal da direita gosta de bater em mulher ou ver mulher apanhando?

A violência está aí; nos jornais, na TV, na mídia em geral, na Internet, em tudo! É uma realidade. E não, não me venha dizendo "ah, homem também sofre violência". Eu sei que sofre, mas homem nenhum sofre uma determinada violência por causa de seu gênero. A mulher, sim!

E para piorar esse show de escrotidão, a direita associa esse tema com a esquerda, falando o mesmo besteirol de sempre sobre "doutrinação marxista" e "feminazismo" (um termo reacionário pra depreciar o feminismo). Lutar e expressar-se contra a violência agora é exclusividade da esquerda? Isso deveria estar acima de posições políticas, isso é uma questão humanitária! Nenhum tipo de violência contra qualquer classe de pessoa deve ser tolerado! 

E mais uma vez a direita atual do Brasil mostra sua verdadeira face: um grupo que não sabe o que é empatia e respeito e não deseja paz e tolerância no mundo. Ela provou novamente que é contrária a humanidade das pessoas.

Parabéns ao Enem por ter feito 7 milhões de pessoas pensarem a respeito desse tema!

Serviu também para mostrar o quanto a direita atual do Brasil está contra a mulher. Apenas espero que as mulheres que se dizem de direita percebam isso; a direita definitivamente não é amiga delas.



28 de out. de 2015

Pensamento do dia

O que seria uma rede social?

"Uma rede que serve para socialização."

Talvez. 
Talvez inicialmente as redes sociais tenham sido feitas para esse propósito.

Claro que elas servem para facilitar a comunicação e a transmissão de notícias e acontecimentos pelo mundo todo. Que maravilhoso poder manter contato com pessoas em qualquer lugar do mundo!

As redes sociais devem mesmo ter sido feitas com boas intenções.
Mas será que as pessoas ainda têm essas boas intenções?

Facebook, Twitter, Tumblr, Instagram são alguns exemplos bem famosos atualmente. De longe são os mais utilizados, especialmente pela juventude.

As pessoas estão usando todas essas redes para se socializarem? Ou apenas para exibirem seu ego das mais diversas formas?

No Facebook temos pseudo-intelectuais, postagens inúteis, e gente vociferando seus preconceitos descaradamente.
No Twitter temos gente que parece animal no cio. Ou gente que posta todo tipo de inutilidade. Pelo menos é o único lugar onde as pessoas podem falar sozinhas sem parecerem doidas.
No Tumblr tem mais putaria do que tudo (não que seja algo ruim...).
E no Instagram só as pessoas bonitas e populares ganham muita atenção. É incrível como algumas pessoas têm paciência de postar todo tipo de foto todos os dias...

Tudo bem! Eu sei que rede social não tem muitas regras e você é livre para postar o que quiser. Mas será que nos esquecemos do verdadeiro propósito dessas redes?

A existência dessas redes deveria servir para aproximar pessoas. Estamos mesmo nos aproximando?



24 de out. de 2015

Como não paquerar alguém

Todo mundo sempre curte aquela pessoa ("crush"), e vemos nas redes sociais diversas dicas de como se aproximar. Hoje, vamos falar de como não se aproximar, isto é, o que não dizer ou fazer.



1- Dizer que a pessoa é seu crush.

2- Admitir que foi stalker da pessoa. Não pode dizer que achou a pessoa no Facebook, que sabe o nome completo dela, endereço, CPF, tipo sanguíneo, que sabe onde ela esteve semana passada... enfim, isso é medonho.

3- Ficar olhando a pessoa com cara de psicopata. A psicologia afirma que se alguém te encarar por muito tempo, ou a pessoa quer te matar ou quer fazer sexo com você. Não solte aquele olhar que faz parecer a primeira opção.

4- Chegar na pessoa já fazendo perguntas íntimas. Vocês precisam de uma intimidade antes, e ela não é construída logo depois do "oi, tudo bem?".

5- Não dizer coisas bizarras, como:

"Você é tão perfeitx! Quero te empalhar e te colocar na cabeceira da minha cama."

"Você é tão lindx que tenho vontade de te matar e te colocar num tanque de vidro cheio de formol, assim posso te admirar sempre."

"Você é tão fofx que... que... eu preciso te destruir!"

6- E principalmente, não exalte demais a pessoa. Isso abre porta para a mesma te pisar, te humilhar, te fazer de trouxa, e te usar e descartar como uma camisinha barata.



Espero que seja de alguma ajuda.

21 de out. de 2015

Comentando uma notícia

O mundo vibrou quando foi anunciado o filme Star Wars: Episódio VII. A franquia de Star Wars é adorada e aclamada desde a década de 70. As histórias desse universo contam com personalidades fortes de todos os gêneros e etnias, além de passar muitas mensagens de tolerância e união.

Infelizmente, e como em muitas franquias, existe uma parcela dos fãs que realmente não compreendeu as mensagens dos filmes...

O novo título gerou uma polêmica recentemente nas redes sociais. A bendita parcela que citei que promovendo um boicote ao novo filme de Star Wars por ter como protagonistas um negro e uma mulher.

Sim, amigxs, exatamente isso... O motivo é apenas isso.

Racismo e machismo em pleno século XXI não é novidade, principalmente em países retrógrados como o Brasil. Mas ainda é uma realidade em todo o mundo, e se manifesta até mesmo em relação a uma franquia de filmes.

A campanha afirma que o filme está promovendo "marxismo cultural" e "genocídio branco". O movimento foi impulsionado principalmente por racistas.

Caramba, esses termos me lembram os reaças daqui do Brasil. Teve um momento que me perguntei se não foi um brasileiro que começou essa campanha ridícula.

Há boatos de que a campanha é na verdade uma "trollagem". Independentemente de ser ou não algo sério, ela expressa descaradamente o que há de pior nas pessoas. Trolls e quem faz piada com minorias sempre utiliza a zoeira e a comédia para exteriorizar seus preconceitos internos.

Os criadores da série devem estar envergonhados por terem fãs que menosprezam um personagem por causa de sua cor de pele ou sexo/gênero. Esse pessoal teme o quê? O que um negro e uma mulher ameaça essa gente? Talvez algumas consultas num psiquiatra possam responder isso.

Ainda bem que essa campanha não irá para frente. Felizmente existe uma oposição forte contra pessoas com uma mentalidade tão ridícula. Espero que esse pessoal consiga algum dia compreender o que a franquia está tentando ensinar de bom.

O filme terá sua primeira estreia dia 17 de dezembro. Aguardemos pacientemente.



17 de out. de 2015

Livro: Will Grayson, Will Grayson


Esse deve ter sido o primeiro livro com temática LGBT que li. Escrito por John Green and David Levithan e publicado em 2010, foi reconhecido na categoria LGBT como um best-seller, e permaneceu assim por três semanas após o lançamento.

A trama gira em torno de dois garotos chamados Will Grayson, um é hétero e outro é gay. Outro foco da trama é o personagem Tiny Cooper, o amigo gay do Will hétero e uma figura chamativa na escola deles, tanto por sua extravagância quanto seu tamanho (ele é grande, daí a piada no nome Tiny -pequeno-). Outras duas personagens secundárias são Jane Turner (amiga e interesse amoroso do Will hétero) e Maura (uma menina que tem uma queda pelo Will gay). A história tem um tom de comédia (mais da parte do Will hétero) e a narração do Will gay retrata os medos de um homossexual ainda no armário. O personagem Tiny também critica a homofobia e quebra padrões.

Um fato interessante é que as histórias de cada Will foram escritas por cada autor; John escreveu os capítulos de número ímpar (do Will hétero), enquanto David escreveu os de número par (do Will gay). As perspectivas dos dois personagens se diferem mais pela personalidade deles do que por suas orientações sexuais. As histórias dos Wills são atrativas, embora a história do Will gay tenha um aspecto mais depressivo. Enfim, o livro é um exemplo de uma boa literatura LGBT, e alcança tanto adolescentes quanto adultos.