30 de jul. de 2017

Sessão Yaoi (Séries)

(Atenção: esse post não é para menores de 18 anos!)
(Nota: esse aviso não serve de nada, é só uma questão burocrática)










27 de jul. de 2017

Confissões

Sempre nos sentimos diferentes desde criança. E assim nos sentimos porque assim somos. Cientes mesmo antes de entender o significado da palavra diferença que somos um pontinho colorido num mar de preto e branco.

Dificilmente você encontrará outra pessoa colorida que não fingiu fazer parte do preto-e-branco. Porque sabemos que somos diferentes. E, de alguma forma, associamos o que é diferente com o que é errado. Como se tivéssemos nascido com algum defeito.

A dúvida, o receio e o medo crescem com a idade. A família não pode saber! Os amigos também não! Ninguém entenderá! Não temos alguém para nos iluminar, alguma referência. Sozinhos...

O passado nos persegue. Aquele passado que gritava na mente: "se esconda", "é errado ser assim", "não se exponha tanto", "você é estranho". Muitos de nós ainda têm vergonha de falar sobre o que somos e sentimos.

Toda a repressão a que somos submetidos ainda nos marca, como se fosse ferro quente aplicado na pele. Se você vier de família religiosa, puts, pior ainda! Eternamente um pecador.

Felizmente, e isso está mudando mais a cada dia, muitos de nós estão seguindo a luz. A luz que nos ensina que ser colorido é apenas uma das muitas formas de se viver a vida. Que nada tem de errado. Você é o que é, pronto. Qual o sentido de culpar-se por nascer assim?

Mesmo após essa longa viagem que é o processo de auto-aceitação, temos ferimentos adquiridos antes e ao longo do processo. Aquelas feridas da repressão, da culpa por ser o que a família não esperava, da raiva de ter tentado mudar e não ter conseguido.

Ainda hoje muitos de nós têm vergonha de falar da intimidade quando perguntam. Olham para os lados quando trocam carícias com alguém. Por reflexo escondem o gênero da pessoa e algumas informações num papo descontraído. São marcas tudo isso.

"Não sinta essas coisas", digo para mim mesmo todo dia. Errada é essa sociedade doente que quer determinar o que normal ou não. Deixe o ferimento cicatrizar e se tornar passado, um passado distante que não pode me atormentar.

Ser colorido é estar marcado. Ser colorido é precisar de força para se recuperar das marcas. Ser colorido é ter coragem e resistência contra aqueles que ainda querem nos marcar mais.

É difícil, sim. Mas lembre-se todo dia, toda hora: você não é o problema!



20 de jul. de 2017

Pensamento do dia

Às vezes temos aquela vontade súbita e louca de fazer algo que normalmente não faríamos.

Pegar algum meio de transporte e sair pela cidade sem rumo. Vestir alguma roupa extravagante e ir em algum lugar. Comer alguma comida estranha. Pintar coisas pelas paredes da residência.

Acho que temos um pouco de loucura dentro de nós.

Ou o que chamamos de loucura talvez seja nada mais do que um aspecto natural nosso.

Mas não seria legal entrar numa sala de aula e fingir ser um professor substituto? Ou simular um tiroteio no meio da rua usando armas de tinta colorida? Já imaginou que incrível seria poder entrar numa casa aleatória e passar um dia lá?

Por que não fazemos essas loucuras? Falta de oportunidade ou por questões morais?

Já parou para se perguntar se você pudesse fazer loucuras, o que você faria?

Quanta gente não gostaria de assaltar uma loja e fugir da polícia? Ou ir num museu e brincar de estátua? Ou fugir para alguma mata e morar lá por um tempo?

Fico me perguntando se essas loucuras são alguma necessidade ou se são apenas reações a toda essa normalidade chata que nos cerca.

Vamos guardar nossas loucuras e continuar com a máscara de normais.



15 de jul. de 2017

Representatividade importa!

Quando se fala em representatividade, há uma cobrança sobre a presença de certos grupos de pessoas que têm vivências e experiências específicas.

Até hoje uma boa parte das pessoas, até mesmo da comunidade LGBT+, têm dificuldade de entender o quanto necessitamos de mais representatividade na mídia e meios de comunicação. Apagar certos grupos é apagar uma série de questões sociais que precisam de atenção.

Essa semana teve a polêmica do comitê LGBT+ da Coca-Cola Brasil, que se diz um grupo de diversidade, mas é composto apenas por seis homens cis brancos de expressão masculina. A causa da polêmica foi unicamente a falta de representatividade de outros grupos, como LBTs, mulheres e pessoas negras.

Esse padrão masculino cisgênero branco se repete em tantos outros grupos que se dizem LGBTs, que dizem ser a face da diversidade que defendem. E quando isso é questionado é tudo "mimimi", desnecessário, politicamente correto, chatice pós-moderna, enfim, os mesmos discursos vindo de pessoas que, coincidentemente, são representadas por esse padrão.

Perceba como o padrão não pode ser questionado, mas a maioria não pensa no quanto é estranho falar da variedade humana apenas mostrando um grupo específico e majoritário.

Ninguém está dizendo que os homens cis brancos não são necessários, que devem sumir ou não podem ajudar na causa LGBT. Os homens em questão são gays e a voz deles têm valor. Mas cadê o resto do pessoal? Não apenas LBTs, mulheres e pessoas negras, mas também os gays afeminados, gordos, trans etc?

Se o grupo é sobre diversidade, no mínimo ele deve ter diversidade. Não é possível que na empresa só existam esses seis indivíduos! Algo está errado aí!

Qual é o problema de haver apenas homens cis brancos? Bem, são grupos socialmente privilegiados, logo possuem maior aceitabilidade e visibilidade por parte da população. Isso é muito problemático. E LBTs, mulheres e pessoas negras, estão precisando ter mais voz, pois são grupos minoritários e alvos de opressões não sofridas pelos outros citados.

O próprio comitê se contradisse quando afirmou representar a diversidade sexual. Se é LGBT+ (ainda adicionaram o +), então é um grupo de diversidade sexual, de gênero, de sexo e de afetividade! A própria sigla justifica isso!

Se vamos falar de diversidade, então vamos representar devidamente essa diversidade! Que apareçam outros gays, que apareçam lésbicas, bissexuais, transgêneros, intersexuais, assexuais, pansexuais, e quem mais tiver por aí! Novamente, cadê esse pessoal? Se não está na tal empresa comprometida com a diversidade, algo está muito errado...



12 de jul. de 2017

Meu relato de cyberbullying

Faz um mês que fui alvo de centenas de ataques virtuais no Twitter, uma de minhas redes sociais. Isso já havia acontecido ano passado, mas foi um episódio de proporção bem menor. E pensar que o Twitter é reconhecido como a rede dxs LGBTs.

Felizmente foi algo que durou apenas um dia. Ainda assim foi um evento inédito para mim. O que me aconteceu não foi azar, foi na verdade uma pequena parcela do que muitas outras pessoas LGBTs passam diariamente nas redes sociais, principalmente figuras públicas.

No Twitter, particularmente falando, consigo enxergar uma grande sociedade LGBT. Talvez a maioria não seja militante/ativista, mas existe uma diversidade grande que se sente livre e segura no site. Porém, assim como no Facebook e até mesmo no Instagram, existe também um esgoto virtual onde ficam as pessoas preconceituosas e reacionárias. E eu presenciei um pouco desse esgoto.

Um perfil que se diz comediante compartilhou um tweet meu e ainda me atacando. Então além de eu ter sido atacado no perfil, também me atacaram em meu próprio perfil. Alguns chegaram a me atacar em outras postagens.

Esses perfis e figuras públicas que se dizem comediantes são aqueles que fazem discurso de ódio e perpetuam preconceitos através das """piadas""", sempre atacando minorias. Podem até vir com o papo de que "fazem piada com tudo", mas os alvos são sempre minorias. E o perfil em questão que apontei é um dos maiores que vi no Twitter e seu conteúdo é astronomicamente nojento.

E milhares de pessoas seguem essa página. O esgoto virtual é bem maior do que eu imaginava. E essa gente precisa ser combatida. Não são apenas ignorantes e leigos, são pessoas movidas a ódio e sem qualquer empatia pelo ser humano. Mas não se enganem: quando se unem para atacar, parecem poderosos e invencíveis, mas são tudo pessoas covardes e fracassadas. No fundo sabem que são lixos e escória da humanidade.

Não tenho sangue frio. Fiquei com muita raiva dessa gente. Naquele dia fiquei pensando em como seria ótimo para a humanidade se essas pessoas morressem, caíssem mortas no chão, desaparecessem do mundo. Ainda penso essas coisas às vezes.

Aguentei com firmeza com ataques e tomei providências. Claro que eu não ia deixar me atacarem o dia inteiro e por dias. Bloqueei a página e todos que me atacaram. Fiquei mais chocado em ver um gay que apoia a página e até mulheres, sendo que uma ainda compartilhou uma foto minha para debochar de mim.

Depois dei uma pesquisada pelo site e vi que outras pessoas já criticaram a maldita página. Algumas foram atacadas, mas por pouca gente. Eu fui um alvo bem maior. E sabem o motivo? Porque sou gay, porque sou militante LGBT+, porque sou empoderado, porque sou muito melhor que esses lixos que só sabem sujar ainda mais esse mundo.

Esse acontecimento me abalou por um dia, mas depois ressurgi muito mais forte. Ah, e um detalhe importante é que tive que aguentar tudo sozinho. Mesmo com milhares de seguidores, ninguém foi me apoia ou me defender. Silêncio total. Duvido que ninguém viu aquilo tudo acontecendo. Dias depois um outro usuário foi atacado por outro e dezenas de usuários foram imediatamente ajudá-lo. Explicação? Bem, eu tenho umas ideias, mas não vou expô-las.

De qualquer maneira, eu sobrevivi. Foram apenas palavras de ódio de centenas de pessoas, nada que pudesse me matar. Eu sou uma pessoa forte. Solitária, mas forte, mais do que eu imaginava. E isso tudo também reafirmou a importância de ser militante e lutar pelas causas sociais. 

Ódio tem que ser combatido. Eu não morri, mas há um grande número de pessoas que já tentaram ou cometeram suicídio por causa de ataques virtuais em massa. Infelizmente aqui no Brasil o cyberbullying não é tão levado a sério. Existem pouquíssimas delegacias específicas e as redes sociais se mostram na maioria das vezes incapazes de punir crimes virtuais de ódio. O próprio Twitter, a "rede social do arco-íris", não fez absolutamente nada.

Aliás, só para constar aqui, além das políticas e regras de conduta do Twitter não verem nada de errado em ataques preconceituosos e discursos de ódio, toda postagem denunciada desaparece apenas para você. Grande bosta! E se disserem que um perfil denunciado foi "bloqueado", não foi porcaria nenhuma.

O que nos resta? Abaixar a cabeça e aceitar? Não! Nós vamos lutar!

Vamos gritar, vamos discutir, vamos problematizar, vamos expor essas pessoas, vamos reafirmar nossas identidades, vamos conscientizar as pessoas que querem ouvir e mudar, vamos enfrentar o ódio e vamos também ser melhores que isso! Sim, vamos lotar as redes sociais de "mimimi"! 

Se estamos incomodando é porque algum efeito está tendo. O ódio dessas pessoas é uma reação - elas se sentem ameaçadas! Nossas lutas, ações e palavras ameaçam os sistemas opressivos e todos que vivem deles. Deixem que vomitem mais ódio e apodreçam por dentro. Nós ficaremos mais fortes. E nós podemos mudar o mundo.



6 de jul. de 2017

Sistemas de opressão

Dentro das militâncias sociais esteve se falando muito sobre sistemas de opressão. Quando se fala que um determinado preconceito é estrutural, isso significa que ele se faz presente em todos os setores de uma sociedade, começando do topo - as instituições - até o cotidiano. 

O que origina e mantém os preconceitos são esses sistemas, que funcionam dividindo as pessoas, criando hierarquias entre elas, e sustentando essas diferenciações por diversos motivos, principalmente para ter controle e poder.

Com isso, temos as classes opressoras e as classes oprimidas. Embora pareçam termos um tanto pesados, eles estão dentro de um contexto histórico-social e não representam necessariamente todas as pessoas de determinada classe.

As classes opressoras seguem um ou mais sistemas de opressão, portanto são privilegiadas e são as maiores reprodutoras de um ou mais preconceitos. E as classes oprimidas são aquelas que estão fora de um ou mais sistemas de opressão, consequentemente sendo alvos de discriminação em vários níveis e formas. Como os sistemas são muito influentes e enraizados, as classes oprimidas também podem reproduzir preconceitos, até mesmo aqueles direcionados a elas.

Vou falar de forma resumida sobre os sistemas de opressão da atualidade:

Heteronormatividade/Heterossexismo: impõe o padrão heterossexual, mais especificamente, impõe que as pessoas sejam heterossexuais e aceitem o comportamento hétero como a única sexualidade válida e natural. Esse sistema é muito ligado à cisnormatividade, por isso acaba também impondo papéis de gênero.

Cisnormatividade/Cissexismo: impõe o padrão cisgênero e reforça padrões de aparência e comportamento de gênero. Ou seja, esse sistema determina que as pessoas devam se encaixar no padrão binário homem-mulher, aceitar o gênero imposto no nascimento de acordo com o sexo biológico, e que devem ter expressão de gênero "correta" (homem masculino/mulher feminina).

Diadismo: anormaliza a intersexualidade e exclui ou invisibiliza pessoas intersexo. Está intimamente ligado com a cisnormatividade devido à imposição de gênero baseada na biologia, e por isso bebês intersexo são submetidos às cirurgias genitais obrigatórias.

Monossexismo: impõe que as pessoas são monossexuais, se atraem por apenas um gênero (logo, ou são héteros ou homos), o que deslegitima bissexuais, polissexuais, pansexuais etc. Pode também reforçar o alossexismo e a amatonormatividade.

Alossexismo: determina que o normal do ser humano é ser alossexual, sentir desejo sexual. Age em conjunto com a sexonormatividade, que coloca as relações sexuais como indispensáveis na vida humana.

Amatonormatividade: determina que as pessoas devem sentir atração afetiva (ou romântica), que ela é essencial nas relações e que uma relação amorosa tem valor maior que outras (como amizade).

Obs: monossexismo, alossexismo e amatonormatividade derivam da heteronormatividade.

Exorsexismo: deslegitima todas as pessoas não-binárias, reforçando que as pessoas só podem ser ou homens ou mulheres.
Obs: esse sistema está dentro da cisnormatividade.

Mononormatividade: determina que as relações monogâmicas são as únicas legítimas, rejeitando e estigmatizando qualquer outro modelo de relacionamento. É reforçada pela amatonormatividade e foi criada dentro da heteronormatividade (afinal só foram previstas relações monogâmicas entre um homem e uma mulher).

Nota: referente à comunidade LGBTQIAP+, os sistemas que causam todas as opressões vivenciadas pela diversidade são todos esses listados acima.

Patriarcado: coloca a classe homem como figura dominante e autoritária na sociedade. Trabalha em conjunto com a heterocisnormatividade, beneficiando muito mais os homens hétero-cis de expressão masculina. No entanto, homens de forma geral ainda se beneficiam com esse sistema.

Racismo: é toda opressão construída através de um processo histórico-social onde uma etnia tem dominância sobre outra etnia. O racismo mais comum e evidente é contra pessoas negras e mestiças e/ou descendentes de povos africanos.

Capacitismo: toda discriminação, exclusão e invalidação de pessoas com deficiência (PCDs).

Etarismo: discrimina uma faixa etária, sendo que o etarismo mais comum é contra pessoas idosas.

Elitismo: como vivemos em um mundo capitalista, pessoas de classe média e classe alta podem usufruir do capitalismo e ter ótimas condições de vida. Então além de receberem um status social, o elitismo discrimina pessoas de classe baixa e impede que elas não subam de classe ou faz com que não tenham as mesmas oportunidades que as outras classes.

Todos os sistemas abordados aqui estão presentes no mundo inteiro. Podem trabalhar em conjunto ou até mesmo separados. Por exemplo, embora a heterocisnormatividade oprima LGBTs em geral, a cisnormatividade pode ser praticada por pessoas cisgênero, sejam héteros, homos, bis etc.

Existem também discriminações interseccionais, como lesbofobia (patriarcado+heteronormatividade) e transmisoginia (patriarcado+cisnormatividade). E discriminações que circulam entre os sistemas e têm outras origens (ex: culturais), como xenofobia e sorofobia (preconceito contra pessoas HIV+).

Discutir sobre esses sistemas, questioná-los e trabalhar para sua desconstrução faz parte das lutas de todos os movimentos sociais. Mesmo as lutas sendo protagonizadas pelas classes oprimidas, as classes opressoras também podem fornecer muita ajuda. Todo preconceito deve ser combatido. Não é uma batalha ideológica ou partidária, é uma questão humana.



1 de jul. de 2017

Você não é trouxa

Não é novidade textos por aí falando das nossas relações atuais, que são relações líquidas - elas surgem, fluem, e escorrem logo por algum ralo invisível. Não duram e somem como se nem tivessem existido.

Vocês têm uma ótima conversa, encontram afinidades, o interesse é recíproco. E então no dia seguinte sua mensagem é visualizada e ignorada ou a pessoa aos poucos se torna distante e de repente desaparece.

O mais apropriado é aguardar alguma reação, mesmo que você seja expert nesse tipo de situação e pensa que sabe o resultado. As pessoas têm vida fora do mundo virtual, lembre-se sempre disso.

Porém, o resultado foi o esperado: te descartaram. "Mas a conversa foi tão boa, teve sintonia, tínhamos coisas em comum! Por quê?! Fui trouxa de novo!!!"

E então sua mente fica martelando com perguntas como: "Falei algo de errado? Teve algo em mim que não gostou? Será que conheceu alguém mais interessante?"

Eu quero dizer a você que já passou ou está passando por isso: não se culpe. Não fique tentando explicar ou justificar esse tipo de atitude. Hoje em dia as pessoas estão tão perdidas e são tão inconstantes que o desinteresse nem precisa de motivo. Ele apenas surge.

Nessa era da modernidade tornou-se muito fácil a comunicação. E da mesma forma tornou-se muito fácil cortar contatos. Podemos nos livrar de alguém com o simples comando de excluir ou bloquear, cortamos a pessoa das redes sociais e/ou apagamos seu número, pronto, elx não existe mais.

Nos alienamos com toda essa facilidade. Desaprendemos como conversar e como criar vínculos com as pessoas. Muitas vezes conversamos sem nem saber ao certo o que queremos.

Essa é a realidade atual. É uma merda? Sim, é uma merda. Ficamos com raiva, ficamos tristes, nos isolamos, deitamos na cama ouvindo música melancólica, e olhamos no espelho dizendo "nunca mais vou confiar de novo". Não quero mais ser trouxa!!!

Você não é trouxa por mostrar interesse.
Você não é trouxa por se abrir.
Você não é trouxa por tentar manter o contato.
Você não é trouxa por desejar.
Você não é trouxa por ter criado alguma expectativa.
Você não é trouxa por estar se sentindo triste com o que aconteceu.

Ponha isso na sua cabeça: você não é trouxa por querer alguém, novas amizades, ficantes ou conhecer alguém para uma relação duradoura. Você não é trouxa por querer criar vínculos. Você é uma pessoa maravilhosa!

A razão e a emoção são dois aspectos humanos que estão dentro de nós. Use a razão! Ela é fria, mas é analítica e crítica, ela enxerga o que a emoção não enxerga, ela pode te consolar quando a emoção só te traz dor e frustração.

Priorize a sua saúde mental e emocional. Ninguém se preocupa mais com sua própria saúde do que você. Se a pessoa está te fazendo mal, livre-se dela sem receio ou culpa. Te descartou? Excelente! Não pense que você perdeu, pense que se livrou. Se a outra pessoa não soube valorizar seu conteúdo e o seu interesse, então é um favor que ela te faz desaparecendo.

Aprenda a ser feliz em sua própria companhia. Quer ir no cinema, mas não tem ninguém? Vá. Quer passear em algum lugar, mas não tem ninguém? Vá. Quer viajar? Vá. Quer ir numa balada? Vá. Você não precisa de companhia para se divertir. Tem companhia? Ótimo, divirta-se também.

E não pense em se vingar do mundo se tornando uma pessoa fria e desinteressada. Não se torne aquilo que te feriu. Se você sabe o quanto é horrível o desinteresse, não faça com as outras pessoas. Acha mesmo que vai ganhar alguma satisfação em se tornar mais um monstro no mundo?

As relações líquidas são um problema e devemos lidar sem nos degradarmos. E antes de construir relações sólidas com as pessoas, construa uma com você mesmx.