31 de jan. de 2015

50 fatos sobre...

... um típico homem hétero, branco, cisgênero, cristão, não necessariamente de classe média, da nossa maravilhosa sociedade brasileira.

1- Gosto de mulheres.
2- Olho muito para peitos e bunda delas.
3- Jogo cantada, sim! Elas deveriam se sentir lisonjeadas.
4- Não gosto que homem fique me cantando... Acho falta de respeito!
5- Separo mulheres em duas categorias: as que são para ficar, e as que são para casar.
6- Na balada, se ela aceita meu convite, ela é fácil. Se não aceita, é uma vadia. Ou sapatona.
7- Até tenho amigos gays.
8- Amo meus amigos gays. Mas não curto muito eles me abraçarem.
9- Acho racista me chamarem de palmito.
10- Sou homem porque tenho um pênis.
11- Tenho orgulho de ser homem! Porque sempre fomos destaque na História da humanidade.
12- Tenho orgulho de ser branco! Se negro pode, eu também posso. Igualdade!
13- Tenho orgulho de ser hétero! Se gay pode, eu também posso. Igualdade!
14- Nada contra mulheres trans. Mas só fico com mulher de verdade.
15- Nada contra os gays. Só acho que deveriam agir como homens.
16- Ah, tenho nojo de ver dois homens se beijando!
17- Adoro as lésbicas! Sempre quis fazer um ménage com elas.
18- Acho que algumas mulheres são lésbicas porque ainda não provaram o papai aqui.
19- Amo meus amigos negros! São negros com alma de brancos.
20- Sempre quis pegar uma mulher negra.
21- Sempre quis pegar uma japonesa.
22- Acho besteira ter Dia da Consciência Negra. Deveria ter Dia da Consciência Humana.
23- Acho injusto ter o Dia da Mulher, mas não o Dia do Homem!
24- Adoro opinar sobre as minorias. Também tenho voz, não?
25- Não é errado o homem ter várias mulheres. Inclusive, a Biologia explica isso. Somos reprodutores naturais.
26- Gosto de futebol porque é esporte de macho!
27- Não uso e nunca usarei nada rosa. Não quero que pensem que sou bicha.
28- Faço a barba quando eu quero. Mulher tem que gostar de barba.
29- Acho que mulheres devem se depilar sempre.
30- Quando eu tiver um filho, vou ensiná-lo desde sempre sobre as mulheres. Meninos têm que ser meninos.
31- Quando eu tiver uma filha, vou ensiná-la a se dar o respeito. E ser uma boa dona-de-casa.
32- Eu gostaria de ter uma família, mas não preciso disso para ser feliz.
33- Acho que mulher não se realiza enquanto não tiver família. Afinal, elas nascem para parir.
34- Sou contra o aborto! Pois sou pró-vida! O bebê não tem culpa se a mulher foi estuprada.
35- Sou a favor da pena de morte! Bandido bom é bandido morto!
36- Sou contra a legalização da maconha. Ela pode abrir porta para outras drogas.
37- Fumo e bebo socialmente, apenas. Homens fazem isso!
38- Nada contra os gays, mas sou a favor da família tradicional. Só homem e mulher podem se casar e montar uma família.
39- Não quero um filho ou uma filha homossexual. Quero ter netos, sangue do meu sangue.
40- Sempre gostei de mulher. Não entendo por que alguns homens param de gostar delas...
41- Acho absurdo falarem de sexualidade para crianças. Elas nem sabem o que querem da vida.
42- Eu gostava dos tempos antigos. Atualmente tudo é preconceito!
43- Sou um seguidor fiel da Bíblia. Até tatuei um trecho dela nas costas.
44- Sou contra cotas! Somos todos iguais perante a Lei.
45- Sou contra bolsa para travecos! Por que eles têm que roubar o lugar de uma pessoa de bem?
46- Sou bem-sucedido. Tenho um bom emprego, dinheiro, carro e mulher.
47- Não tenho preconceitos. Só tenho opinião. Respeitem!
48- Não sou machista, nem feminista. Sou humanista!
49- Homens e mulheres nunca serão iguais. Está na Biologia.
50- Não entendo o feminismo... Se elas querem igualdade, então que se alistem no Exército, dividam a conta do restaurante, ou façam serviços braçais, como ser pedreiro! É difícil ser homem! #chateado



Se você se identificou com alguns desses fatos e se sentiu ofendido, sinta-se ofendido mesmo! ^^

Espero que não me processem por misandria, heterofobia, racismo inverso, cisfobia, cristofobia, ou qualquer outra coisa imaginária hahaha



21 de jan. de 2015

Historinha: Opção sexual

Era uma vez uma linda garota adolescente.
Ela tinha uma família unida e rigorosamente religiosa. Estudava numa boa escola, e trabalhava num bom emprego.
Sempre sonhou com um príncipe encantado. Namorou duas vezes, sem sucesso. Mas ainda aguarda um garoto bacana.
Numa bela manhã de primavera, ao ligar a TV, ela viu uma notícia.
Duas jovens, que tinham um envolvimento amoroso, foram espancadas por terem dado um beijo numa esquina.
Ela depois pesquisou mais e descobriu que elas foram expulsas de casa, sofreram bullying na escola, moram sozinhas num condomínio onde os vizinhos fofocam e difamam elas, e por alguma razão não conseguem mais emprego.
E então a garota foi tomada por uma súbita vontade de sofrer tudo isso. E virou lésbica.

Fim



17 de jan. de 2015

Historinha: Meritocracia

Era uma vez um garoto de classe alta.
Ele morava com seu pai e sua mãe, que tinham ótimos empregos e uma ótima renda.
Desde pequeno, o garoto tinha tudo o que queria.
Estudou em escola particular até o fim do ensino médio.
Sua família pagou sem nenhum problema sua faculdade, também particular.
Seu pai o recomendou numa empresa renomada. Sua mãe deu-lhe de presente um apartamento.
Do outro lado da cidade, numa área mais humilde, morava outro garoto, de classe baixa.
Filho de mãe solteira, com uma renda baixa, suficiente para pagar as contas e comprar comida.
Esse garoto queria mudar de vida.
O garoto de classe alta apresentou-lhe o conceito de meritocracia.
Ele diz que o garoto deve se esforçar para ter o mesmo sucesso que ele teve.
E então o garoto pobre ignorou suas condições financeiras e materiais, as dificuldades, e a competitividade injusta entre pessoas de boa e má renda por educação, parou de vitimismo, dispensou os programas de bolsa do governo, e conseguiu ter o mesmo sucesso do outro garoto.

Fim



14 de jan. de 2015

Minha opinião sobre o caso Charlie Hebdo

Sei que fará uma semana após o ocorrido, mas não posso deixar de comentar sobre isso.

No dia 7 desse mês, terroristas muçulmanos atacaram o jornal Charlie Hebdo e mataram doze pessoas. O motivo disso foram as sátiras do jornal referentes ao islamismo e o Profeta Maomé.

Pois bem. Quando lemos assim, imaginamos naturalmente um ato desumano. E vindo de terroristas muçulmanos, a coisa piora, sendo eles vistos como radicais, extremistas.

Antes de tudo, vou frisar que isso FOI UM ATO DESUMANO. Agora vamos analisar a situação.

Na França, pelo menos 10% é composta de muçulmanos. E não se pode dizer que são bem tratados... O jornal Charlie Hebdo há anos faz sátiras contra religiões, especialmente o islamismo.

Eu sou da opinião que devemos criticar religiões quando interferem nos direitos do ser humano (inclusive, isso está no layout da página).

Mas, por favor, vamos analisar com calma e senso crítico as sátiras do jornal.
Me recuso a colocar imagens aqui. Porém, se procurarem, verão imagens onde o profeta islâmico é colocado em cenas sexuais. Mostrar entidades religiosas em cenas assim é uma crítica?

Criticar a Igreja Católica nos trouxe um Papa mais "moderno". Demorou muitos anos, mas criticar fez com que a religião abrisse mais sua mente. Precisa melhorar, mas já andou uns passos. Sobre o Islamismo, não concordo com muita coisa. Especialmente como mulheres são tratadas.

Conversei com uma pessoa sobre isso, e citei um vídeo do Porta dos Fundos, que satirizou a burca das muçulmanas. E fez isso sem baixaria, conotação sexual, cenas explícitas, palavrões, etc. Fez isso de uma forma inteligente, sem ofensas. Basta procurarem no Youtube.

Depois de anos e anos que muçulmanos, além de serem discriminados pelos franceses, presenciaram sua crença sendo caçoada de maneira tão perversa, a 3ª Lei de Newton aconteceu: para toda ação existe uma reação. A Islamofobia praticada pelos franceses no decorrer dos anos gerou uma reação dos muçulmanos.

Repito: NÃO SOU A FAVOR DO TERRORISMO. Contudo, devo dizer que a tragédia do jornal foi uma consequência, consequência de anos de intolerância religiosa e preconceito.

A pior reação de uma classe oprimida deve ser essa, a violência. Responder violência com violência.

Minha conclusão: os dois lados estão errados, os dois erraram. O jornal persistiu com a intolerância contra 10% da população, e os muçulmanos não souberam conversar. Não concordo com eles, mas me recuso a tratar o jornal como um "mártir da liberdade de expressão". Por mais que eu concorde em criticar religiões, satirizar do jeito que o jornal fazia não é o caminho mais adequado. 

Caímos novamente na discussão da liberdade de expressão X liberdade de opressão.

Também achei de péssimo gosto as sátiras. Entretanto, ouvi pela Internet que péssimo gosto é subjetivo... Então façamos assim: cada um faz a sátira que quiser. Mas aguente as consequências.

Acho que o humor atualmente ainda precisa andar muito, e ser revisto e devidamente avaliado. Humor é para rir e refletir, não para gerar conflitos e morte.



10 de jan. de 2015

Comentando uma notícia


Essa notícia mostra três gráficos com os índices de violência contra negros, mulheres e gays. Fiquei intrigado com essas informações e decidi fazer uma análise do conteúdo, tentando apontar certos detalhes a fim de enfatizar o quanto precisamos melhorar.

Analisei os três gráficos. Estou surpreso que São Paulo não esteja em nenhum, pois acho os paulistas já bastante intolerantes.

Primeiro de tudo, um fato alarmante é que, dos 27 Estados (contando o Distrito Federal), 17 deles estão presentes nas listas. Podemos afirmar então que mais de 50% do país está presente em índices de violência motivada por preconceito e ódio!

Agora analisando a incidência de aparição dos Estados:

- Os Estados que aparecem nos três itens são Alagoas, Paraíba, Pernambuco. Claramente (segundo os gráficos) os mais intolerantes.

- Os Estados que aparecem para negros e mulheres são Bahia, Espírito Santo, Goiás, Pará. Isso (segundo os gráficos) mostra-os como os mais racistas e segregadores. O que mais me incomoda é a Bahia estar nessa categoria!

- Os Estados que aparecem para mulheres e gays são Mato Grosso, Rondônia, Roraima. Isso (segundo os gráficos) mostra-os como muito machistas, além de homofóbicos.

Sinceramente, eu gostaria de compreender o que está havendo no Nordeste (principalmente), e no Norte e Centro-Oeste! Distrito Federal na categoria de racismo??? Não é lá que estão os """maiores""" representantes da população? Que absurdo... estamos elegendo racistas??? E tão absurdo quanto isso é essa demonstração de pura intolerância e preconceito por parte do Nordeste.

Não sei se os gráficos são 100% precisos. Mas se são bem precisos, então precisamos melhorar muito, pois se São Paulo já é decadente, então imagina esses outros Estados!

Não devemos ficar despreocupadxs por estarmos morando no Sudeste. A população precisa agir, se conscientizar, ter empatia! Somente investindo em educação e projetos de leis para minorias e classes socialmente oprimidas que essas estatísticas podem mudar. Não sou patriota, mas reconheço que o Brasil é uma terra bonita, e pode melhorar! Vai demorar sim, e será aos poucos, mas pode e DEVE MELHORAR!



7 de jan. de 2015

Pensamento do dia

Que tipo de pessoas me cerca?

A resposta pode variar dependendo do ponto de vista.

Será que eu realmente tenho pessoas as quais posso chamar de amigos e/ou família?

Redes sociais podem ser um veneno para mim... Eu observo muita coisa, analiso muita coisa, e por tanto pensar posso até imaginar muita coisa.

Agora é evidente quando estou sendo ignorado. Eu mando uma mensagem via chat do Facebook, e a pessoa nem visualiza. Mas então... Você vê atividade dela: "pessoa curtiu página tal", "pessoa comentou na foto de fulano", etc.

O Facebook é com certeza um inflador de ego. Os likes são uma arma para nosso egocentrismo. Seja numa foto, numa postagem ou num status, adoramos receber likes, pois eles mostram que estamos chamando a atenção. Não é estranho depois que você se assume gay, os likes diminuem, até para coisas mais triviais?

Mas eu certamente tenho meus fãs e apoiadores! Vou lá no Whatsapp e anuncio sobre o Estatuto da Família, pedindo apoio de pessoas que me chamam de parente, pessoas que se dizem mente aberta e pregadoras do igualitarismo, e então... Nada. Nem uma única divulgação. Nada.

Ah... A faculdade é diferente! Vamos sair do mundo virtual e olhar para o mundo real. Na faculdade me destaco como inteligente e ajudador. Tiro dúvidas do pessoal e disponibilizo recursos para auxilia-los em qualquer necessidade acadêmica, como um link do mediafire onde coloco a matéria do ano. Passam-se os meses, e de tempos em tempos sou solicitado, até por quem nem me cumprimenta direito. Em períodos de prova, vish...! Todos se lembram de mim nos dias letivos. Daí acabou o ano... Ninguém lembra mais de mim. Não recebo um "oi". Nem mesmo de pessoas que se dizem amigxs de minha pessoa.

Por sinal, cadê xs amigxs de meu ser? Simplesmente sumiram. Combinam rolês e passeios sem mim, não mantem contato comigo, não inflam mais meu ego no Facebook...

Apesar de tudo isso, quero (mentira, PRECISO) acreditar que tenho boas companhias. Pessoas que me adoram pelo que sou e que me apoiam de boa vontade.
Se eu não acreditar nessa utopia... Minha realidade se torna mais merda do que já é.

Que tipo de pessoas me cerca?




3 de jan. de 2015

Minha experiência """amorosa""" com aplicativos de (pegação) relacionamento

Estou na seca há 20 anos. E tenho 20 anos hahaha.

Ano passado decidi tomar um passo na minha vida amorosa e procurar um cara. Optei por testar esses malditos aplicativos de relacionamento.

O primeiro que instalei foi o Grindr. Foi uma grande novidade para mim. Cheio de pessoas novas, palavras novas (como otter, poz etc), oportunidades novas... só que não.

Fui lá procurando amizades e um namoro. O que encontrei nas pessoas de lá? Futilidade, egoísmo, libido desenfreada, mentira, gente desinteressada... Ah, e malucos também. Não malucos bonzinhos, mas sim estranhos, sem noção e muito provavelmente perigosos.

Entre esses malucos tinham aqueles que mandavam foto do pênis logo de início, os que faziam perguntas sexuais cretinas (ex: curte mamar?), ou aqueles que enganavam; falavam "oi" amistosamente, e depois seguiam o caminho das duas opões anteriores. Teve um doido em particular que não tinha foto, e tentou me enrolar para eu encontrá-lo (como se eu fosse uma criança retardada). Vai saber quem estava do outro lado da tela. O cara podia me estuprar, me matar, roubar meus órgãos, comer minha carne, ou me submeter a experimentos científicos desumanos hahaha.

Um amigo me deu uma dica de como iniciar as conversas. Não deu muito certo. Mais tarde percebi o quanto a frase "e aí, curte o que?" era suja. Eu realmente estava no lugar errado.

Conheci alguns caras. Ganhei na loteria ao conhecer um que era da minha faculdade; um menino maravilhoso e amigável. O resto... é resto. Tentei fazer novas amizades, e a princípio os caras me aceitavam. Mas em pouco tempo (questão de dias), eles se afastavam. O único telefone que guardei em minha agenda foi o do menino da faculdade. E nem tivemos nada de sexual, apenas amizade.

Era apenas isso que eu queria: alguém com quem compartilhar bons momentos, fosse amigo ou namorado. Mas para 99,9999% do pessoal de lá isso é pedir demais. A cabeça de baixo parece ser a mente comandante daquele mundo virtual obscuro.

Cansei do Grindr. Viajei pelo mundo virtual e adentrei outra dimensão chamada Scruff. Não era muito diferente do Grindr. O mais engraçado foi encontrar muitos caras do outro app lá. Comecei bem nesse, pois conheci logo alguns tesudos. Uma conversa breve, tudo perfeito, trocamos nossos números. E aí falo "oi" no Whatsapp e sou ignorado >.<.

Nunca vou entender os caras que me curtiram, me passaram número, e nunca me responderam. Sério, ninguém digita um telefone ou um "oi, tudo bem" por engano!

Além desses, teve outro grupo de caras que viraram fregueses em minha vida virtual; os que eu carinhosamente chamo de "caras de um dia". Quem são eles? O que vestem? O que comem? Como vivem? Chamo-os assim porque são caras que conversavam comigo por um dia. E depois ou não respondiam ou falavam pouco. Em pouquíssimo tempo sumiam.

Levei isso do primeiro ao último app. No último, chegou uma época em que sempre que aparecia um novo cara eu já pensava: "Eba!!! \o/ Que conversa de um dia terei hoje?"

Finalmente, após desinstalar o Scruff e ficar um tempo sossegado, optei por um app mais "leve": o Tinder. A vantagem desse é que só há diálogo quando as duas partes se curtem.

Bom, o que posso dizer desse último? Uma bosta, assim como todos os outros. Não falo isso por estar amorosamente frustrado; estou apenas constatando um fato. Apesar de que conheci um segundo amigo nesse app.

O mundo gay atual é assim: transar. Só. Apenas. Foda-se o outro. Foda-se o sentimento. Não há toque, romantismo, laço afetivo. Nem amizade!

O Tinder me proporcionou três decepções fortes ano passado. Três caras diferentes que me fizeram de trouxa, cada um de um jeito.

Um me deixou semanas na expectativa de que teríamos algo, e depois sumiu.
Outro marcou de nos encontrarmos, e depois fura, nem faz questão de explicar.
E mais outro me deixou dias e dias na expectativa, sabia o quanto eu queria sair com ele, e então, num belo dia, fica me ignorando e finaliza tirando com minha cara e dizendo que estava "indo curtir na Paulista".
Não tardei a excluir todos das redes sociais e da minha vida.

Após esse contato com o mundo gay, tive meus aprendizados. Embora eu não tenha conhecido alguém de fato, tirei minhas lições. De todos os contatos que tive, guardei apenas dois. Pelo menos algo de bom aproveitei.

Há algumas coisas que particularmente me incomodaram nos três apps:

1- Os caras que não colocam foto no perfil ou colocam qualquer outra imagem (anime, tela escura, sol, lata de suco etc). Sério, eles realmente querem ser levados a sério?

2- Aquela descrição de perfil perfeita: o cara é sincero, bonito, se diz intelectual, busca o amor de sua vida, até possui um forte lado espiritual. E então conversa com você por um dia, ou nem conversa direito. Na boa, cansei de descrições falsas. Ainda bem que até hoje apenas dois caras tiveram a decência de me esclarecerem que queriam apenas curtição. O mais irônico é que das minhas três decepções, dois diziam-se "espiritualizados".

3- A pergunta mais escrota que alguém pode me fazer: "você é ativo ou passivo?" Mano, quando perguntam isso, tenho uma imensa vontade de mandar a pessoa pra casa do caralho! Depois de muito estudo e reflexão percebi que essa coisa de papéis é uma atitude preconceituosa e limitada dos gays atuais. Eu até tenho uma preferência, mas não pretendo ter papeis fixos num relacionamento. O que aprendi é que esses papeis fixos são mais para sexo casual. Além disso, os caras são muito preocupados em dizer que não são "afeminados" ¬¬.

4- Uma coisa muito broxante: os caras que não sabem escrever. Basicamente, eles não sabem diferenciar "mais" de "mas", ou ao invés de serem caras extrovertidos eles são "eStrovertidos". Isso me faz lembrar o primeiro doido cara que conversou comigo, no Grindr. Ele disse: "num curtir". Eu disse "oi?", e ele: "incista", "num curtir", "cinples". Alguém traduz para mim, por favor? Hahahaha. Na boa, quem não sabe escrever, não deve saber conversar. E nem pensar, provavelmente.

Desde sempre tive a leve impressão de que esses apps não prestariam, no fim. Minha impressão provou-se mais do que absolutamente correta.

A lição mais importante? Bom, talvez tenha sido a de não ser desesperado e mostrar esse desespero. Pois assim abre-se a porta para a humilhação. Não devo ficar babando nos caras e aguardando a mesma atenção que lhes dou. Além disso, mostrou-me o imenso cuidado que devo ter caso eu queira mergulhar mais no mundo gay atual.

Recebi consolo e apoio de amigxs, e decidi seguir seus conselhos: esquecer esses apps e esperar. Pois todxs encontraram sua outra metade eventualmente.

Confio no Universo e sei que ele conspira a meu favor para trazer o cara certo para mim. Até lá, torçam por mim :D

Grindr, Scruff, Tinder NO MORE!!!