29 de jul. de 2015

Sessão Yaoi (Animes/Mangás)

(Atenção: esse post não é para menores de 18 anos!)
(Nota: esse aviso não serve de nada, é só uma questão burocrática)



























25 de jul. de 2015

Transexuais, travestis e andróginos em games

Na década de 80, personagens transgêneros apareciam raramente, e eram retratados mais como piada do que como personagens comuns. Personagens homossexuais e bissexuais também tiveram essa fase, entretanto transgêneros demoraram mais ainda para terem uma imagem mais positiva nos jogos.

Mesmo na modernidade, o T de LGBT ainda é muito esquecido e é alvo de muito preconceito, até mesmo de outras classes da comunidade. A transfobia e o cissexismo se manifestam até hoje no mundo gamer.

Segue a lista:



  • Mario Bros.

A personagem Birdetta (referida mais como Birdo) é uma transexual. Em sua primeira descrição, em 1988, ela era definida como “um menino que pensa ser menina”, e que preferia ser chamada de Birdetta. Em respeito à personagem (foda-se que ela seja fictícia), eu a chamarei assim.

(Birdetta)

Como já foi citado em outro artigo, em Paper Mario: The Thousand-Year Door a personagem Vivian é uma mulher trans. O próprio jogo já faz um discurso intolerante sobre a personagem, tratando-a pelo masculino. Porém, eventualmente, ela consegue fazer as irmãs aceitarem sua identidade. A versão japonesa a mantem como trans, mas nas versões em inglês sua condição de trans foi retirada.

(Vivian)

  • Street Fighter

A lutadora Poison é atualmente reconhecida como uma mulher transexual. Antes disso, originalmente a personagem seria uma mulher cis. Porém, a audiência da América do Norte não achou apropriado mostrar uma mulher apanhando, então Poison foi mudada para uma intersexual (não entendi a lógica). Após muita polêmica e discussão, ela adquiriu a identidade atual.

(Poison)

  • Shenmue 2

Essa personagem também foi mencionada em outro artigo, e também foi alvo de censura transfóbica. Yuan é uma travesti na versão original, mas foi mudada para uma mulher na versão americana. E, apesar de ser travesti, ela é referida erroneamente no masculino pelos demais personagens.

(Yuan)

  • Banjo-Tooie

Na quarta fase um personagem chamado Jolly Roger pede a Banjo e Kazooie para que encontrem sua parceira, chamada Merry. Não há uma revelação oficial, mas devido a sua voz muito aguda, fãs do jogo teorizam que ela possa ser uma travesti.

(Merry Maggie Malpass)

  • Dark Souls

A personagem Gwyndolin, que é um dos chefes do jogo, nasceu do sexo masculino. Porém, devido a sua afinidade pela lua (símbolo de feminilidade), ela foi criada como mulher desde seu nascimento.

(Dark Sun Gwyndolin)

  • Animal Crossing

A girafa Gracie parece a princípio ser fêmea. Mas na versão japonesa dos jogos da franquia Gracie é uma girafa macho de aparência afeminada, enquanto em outros países Gracie é uma girafa fêmea. A questão do gênero deve ter sido alterada pelo fato de Animal Crossing ser um jogo infantil. O Japão pelo menos não fez tabu em relação ao personagem.

(Gracie)


  • Thief

A personagem Madam Xiao-Xiao é uma mulher trans e proprietária de um prostíbulo chamado The House of Blossoms.

(Madam Xiao-Xiao)

  • Dragon Age 

1- Serendipity é uma travesti e prostituta de Dragon Age II.

(Serendipity)

2- Cremisius Aclassi é um homem trans de Dragon Age: Inquisition. Krem se conhecia como homem desde sempre, e recusou-se a se casar com o filho de um comerciante rico, mesmo sendo pressionado pela mãe. Quando seu pai foi escravizado, ele se juntou ao exército. Como o papel das mulheres era restrito, ele subornou o examinador que checava os soldados. Anos depois, um novo examinador foi contratado e denunciou Krem, mas ele foi salvo de ser punido por um guerreiro mercenário (que até perdeu um olho por isso). Este, por sua vez, aceitou Krem em seu grupo, e a amizade deles permaneceu até então.

(Cremisius Aclassi)

  • Assassin's Creed Syndicate

Ned Wynert é um homem trans e empresário que trabalha em Londres, usando seu serviço para esconder suas atividades criminosas, principalmente roubo de mercadorias de navios. Ele auxilia o protagonista Jacob na trama.

(Ned Wynert)

  • Resident Evil

Embora não seja transexual ou travesti, Alfred Ashford de Code: Veronica e Darkside Chronicles costumava se vestir como sua irmã gêmea, Alexia, devido a sua obsessão por ela. Ele imitava a irmã perfeitamente, até mesmo sua voz. Sua definição real, tecnicamente, seria um crossdresser - um homem que se veste com roupas femininas.

(Alfred Ashford)



Como eu já disse, personagens transgêneros tiveram (e ainda têm) mais dificuldade de conquistarem seu espaço em comparação aos LGBs cisgêneros. Só bem recentemente sua retratação começou a melhorar. Estamos torcendo para que os games melhorem cada vez mais e retratem transgêneros com a mesma naturalidade que retratam cisgêneros.



22 de jul. de 2015

Pensamento do dia

No nosso mundo existe uma lei chamada Ação e Reação. Terceira lei de Newton.

Como é surpreendente essa lei, tão absoluta, tão regente no Universo.

Tudo que fazemos retorna para nós. Tudo.

Ateus podem não acreditar, mas nossa bondade retorna para nós, assim como nossa maldade. Tudo retornado por uma força superior incompreensível.

E nós, seres humanos, somos naturalmente reativos; queremos compulsivamente devolver o que nos fazem. Se te dão um tapa, sua reação automática provavelmente será dar um tapa na pessoa. Ou ao menos ter vontade de fazer isso.

Mas é claro que nem sempre as pessoas podem ser reativas. Numa empresa, mesmo seu chefe fazendo grosseria, você deve manter a educação a fim de evitar uma demissão.

"Aff, isso é injusto!"
Sim, é.

Entretanto, a lei não é absoluta? Pois bem. Aquela grosseria do chefe pode não ser devolvida por você, mas a vida com certeza devolverá de uma forma ou outra, seja através de outra pessoa ou até uma situação.

Outra coisa comum no nosso dia-a-dia é a questão do respeito. Todxs gostam de respeito. Todxs querem ser respeitadxs. Porém, existem pessoas que pedem para não serem respeitadas.

Uma das maiores hipocrisias que observo diariamente é uma pessoa sem qualquer respeito exigir respeito das demais pessoas. E o pior é quando usam condições como desculpa para suas atitudes; idade avançada, deficiência, alguma dificuldade...

A maior parte das pessoas é mais tolerante. Se, por exemplo, uma velha de 70 anos falta com respeito, a pessoa "deixa passar".

Infelizmente não sou uma dessas pessoas super tolerantes, e não acho que eu, ou qualquer outra pessoa, tenha essa obrigação. Comigo é assim: me respeite que eu te respeito.

Talvez seja errado reagir. Mas... é minha natureza reativa. Tenho que lidar com isso.

Ninguém é perfeito, sei disso. Só que hipocrisia é algo que ninguém gosta, e no fundo ninguém tolera. Pois além de sermos reativos, queremos sempre justiça também. Não é justo ser obrigado a tratar bem quem não te trata bem.

Será que é errado reagir com algumas pessoas?
Será que é certo engolir sapo de qualquer pessoa?
Será que algumas situações não acontecem para nos testar?



18 de jul. de 2015

Anime/Mangá: Claymore

(Claymore, também chamadas de "bruxas de olhos prateados")

Um primo havia me recomendado a versão anime. Mulheres guerreiras lutando contra monstros me pareceu um pouco estranho no começo, mas dei uma chance, e acabei amando essa história. Infelizmente o anime foi feito até certa parte, e o resto tive que acompanhar pelo mangá, que encerrou-se no final de 2014.

O mundo de Claymore se passa numa época medieval. A população comum é assombrada por monstros chamados Yoma, que podem se transformar em pessoas comuns e que adoram devorar seres humanos. Para defender a população, uma organização sem nome cria guerreiras meio-humanas e meio-Yoma conhecidas popularmente como Claymores (que é o nome da espada gigante que elas usam), que são contratadas para o extermínio dos monstros. Se uma vila é atacada, os aldeões contratam as Claymores, e assim que o serviço é feito um homem de roupa preta e chapéu coleta o dinheiro. Clare, uma das 47 guerreiras daquele tempo, é contratada para ajudar uma vila. Lá, um garoto chamado Raki faz amizade com ela. E assim começa a história.

Primeiramente, claro, falarei do anime. A animação é ótima, as vozes e os sons são bem-feitos, a abertura e encerramento são bons e têm músicas marcantes. Uma pena o anime ter sido feito até a "Guerra do Norte", quando muitas guerreiras são convocadas para matar um exército de Yoma. E claro o final produzido nada tem a ver com a história do mangá. O mangá eu acompanhei apenas a partir do término dessa batalha, e a história continua sete anos depois. O enredo toma um novo rumo; Raki cresce e se torna um matador de Yoma, e Clare e mais algumas guerreiras se escondem da organização, que agora deseja matá-las. A verdade sobre a organização é revelada, inclusive a origem dos Yoma, e muitas histórias de personagens são exploradas.

O ponto mais interessante da história com certeza é o empoderamento das figuras femininas, visto que só existem Claymores femininas. É revelado que já houveram Claymores masculinos, porém os homens mostravam uma tendência maior a se tornarem Yoma (que acontece quando liberam muito poder Yoma; as mulheres têm mais controle sobre isso). Embora tendem a se tornarem frias e isoladas por causa do medo e menosprezo da população comum, as Claymores chegam a mostrar sororidade umas com as outras. E um fato notável também é que as Claymores nunca são atacadas por sua condição de mulher, e sim por serem feitas com a carne e sangue de Yoma. A organização não permite que elas matem pessoas comuns, pois se o fizerem serão caçadas e mortas. De fato, a organização tem total controle sobre a maioria das guerreiras. Porém, a história mostra guerreiras que se revoltam a fim de buscar seus próprios objetivos. Muitas personalidades femininas são apresentadas, logo temos uma diversidade de Claymores.

Para quem gosta de ação e violência misturados com aventura e um pouco de terror, o anime e o mangá são uma boa opção. Além disso, a história explora as figuras femininas no aspecto afetivo e moral e quebra padrões de gênero. Recomendo para todxs!





"- Ne, onē-chan! Namae oshite wo! Ne!
  - Kurea da"



15 de jul. de 2015

Não existe mais homofobia!

Tem gente que acredita que homofobia não existe mais.

São as mesmas pessoas que acham o movimento LGBT desnecessário, que dizem que somos vitimistas, e que ainda afirmam que queremos "enviadar" o mundo todo.

Como todxs sabem no mundo dos héteros cisgêneros brancos tudo é perfeito, lindo e maravilhoso. Simplesmente não há preconceito e nenhum tipo de discriminação no mundo deles. Que ótimo!

Bom, se eles falam que não existe mais homofobia, é porque estão certos, né? 
Quem melhor que um hétero para me ensinar sobre homofobia, né? 

Agora vamos lá.

- Ainda existem países onde homossexuais morrem por serem o que são.
- A união homoafetiva ainda não é legalizada no mundo inteiro.
- Em países em que a união não é aprovada temos que pedir por esse direito a milhares de pessoas que nem nos conhecem.
- É difícil construirmos uma família com tanta gente querendo proibir adoção e querendo invalidar nosso tipo de família.
- Essas mesmas pessoas defendem que família é apenas homem, mulher e filhos. Só.
- Ainda tem gente tratando-nos ou como doentes mentais ou como se estivéssemos possuídos por algum "demônio".
- Ainda consideram nossa sexualidade como desvio de conduta, depravação, falta de integridade moral, entre outros.
- Há muita gente que compara nosso relacionamento com zoofilia e pedofilia.
- Muitas pessoas ainda são expulsas de casa por serem homossexuais.
- Muitas pessoas ainda sofrem bullying na escola, sendo xingadas, motivo de chacota etc.
- Ainda podemos ser demitidos de certos empregos apenas por nossa sexualidade.
- E se não podem nos demitir, somos mal tratados até pedir demissão.
- Tem gente que pensa que homofobia é apenas agressão física. Então agredir verbal e moralmente é aceitável.
- Às vezes, quando nos assumimos, perguntam se fomos abusados na infância.
- Muitos falam que não tem preconceito, mas pouquíssimos fazem jus ao que falam.
- Alguns acham que só porque têm amigos homossexuais estão livres de ter preconceito.
- Quando nos assumimos, tem gente que simplesmente se afasta.
- Ainda somos associados a sexo anal, AIDS e doenças venéreas, prostituição, entre outros.
- Nossa condição de homossexual é muitas vezes usada para nos definir por completo. Nossas outras características acabam sendo apagadas.
- E ainda têm jovens dizendo que ser homossexual virou “modinha”.

Quando tudo isso que foi citado não existir mais, vocês poderão dizer que não existe mais homofobia.



11 de jul. de 2015

Historinha: Cristofobia

Era uma vez um homem cristão. Ele amava Deus e Jesus acima de tudo.
Suas redes sociais eram sempre enfeitadas de trechos bíblicos.
Seus pais, também cristãos, o guiaram dentro dos caminhos de Cristo desde bebê. Ele até interpretou a crucificação de Jesus numa peça. Que bonitinho.
Na escola, em Biologia, ele aprendeu sobre a teoria da evolução e achou um absurdo, pois nada daquilo estava na Bíblia. Dinossauros? Tudo bobagem!
Quando adolescente, uma vez, ele e outros amigos cristãos invadiram um terreiro de umbanda e quebraram pratos de oferenda para as entidades daquela crença. Afinal, era profana.
Também quando adolescente, uma vez, ele e os amigos picharam as paredes de um centro espírita. Afinal, também era uma crença profana.
Na fase adulta, ele conheceu uma linda moça, a mais inteligente, simpática e caridosa que havia conhecido. Mas ao descobrir que era ateia, não quis mais namorá-la. Imagina ele, um homem do Senhor, se casando com uma incrédula!
Ele votava sempre em políticos cristãos para garantir que o Brasil continuasse a ter pessoas de bem na liderança do país. Pois uma nação sem Cristo é uma nação sem nada.
Casou-se afinal com uma mulher cristã e tiveram filhinhos cristãezinhos.
Numa tarde morna de verão, sem ter nada para fazer, ele defendeu suas ideias racionais e cristãs numa página falando sobre a legalização do terrível casamento igualitário. 
Foi atacado com vários comentários sobre Estado Laico, intolerância religiosa, entre outros absurdos. E desde esse dia ele percebeu o quanto sofria apenas pelo fato de ser cristão.

Fim



8 de jul. de 2015

Poderes oculares de animes/mangás

Animes e mangás com ação e ficção adoram mostrar poderes sobrenaturais, o que fascina muita gente que gosta do gênero. Entre muitos tipos, um tipo de poder que chama a atenção é aquele que se concentra nos olhos. Segue uma pequena lista de poderes oculares:



  • Naruto

Naruto é de longe o recordista de poderes oculares, chamados de dōjutsu. A história inicialmente falava de três tipos de olhos: Sharingan, Byakugan e Rinnegan, sendo este último considerado uma lenda. O Sharingan é conhecido por conceder a habilidade de copiar jutsu (técnicas) e de criar ilusões (genjutsu), enquanto o Byakugan possui um campo de visão de quase 360º e quem o possui pode acessar técnicas de luta corporal incríveis e mortais (taijutsu). O Rinnegan confere inúmeros poderes apelativos, considerados sobre-humanos, até para ninjas mais poderosos. Se quiser saber as propriedades detalhadas de cada um, pesquise. XD

O Sharingan podia evoluir para Mangekyō Sharingan, e este podia evoluir para Eterno Mangekyō Sharingan. Após isso, se a pessoa possuísse o sangue tanto do clã Uchiha quanto do clã Senju, ela adquiriria o Rinnegan. O Sharingan e o Rinnegan são originados de um dōjutsu primordial chamado Rinne Sharingan. E o Byakugan, combinado com um chakra especial, pode evoluir para o Tenseigan, que aparece no filme The Last: Naruto the Movie.

Há outros dōjutsu inventados fora da história oficial e em alguns filmes, mas não vou citá-los.

(As muitas fases e formas do Sharingan)

(Byakugan)

(Rinnegan)

(Rinne Sharingan como terceiro olho)

(Tenseigan)

  • Death Note

Os olhos de Shinigami podem ser adquiridos quando uma pessoa que possui um Death Note doa metade de seu tempo de vida para o Shinigami que a segue. Com eles é possível ver o nome e o tempo de vida de qualquer pessoa (menos o tempo da própria pessoa e de quem mais possuir um Death Note). Não é possível saber quem tem esses olhos (o olho vermelho é apenas uma representação). Foi revelado numa enciclopédia sobre Death Note que a pessoa que possui esses olhos ganham uma visão 3.6 vezes melhor.


  • Yu-Gi-Oh!

O Olho do Milênio (uma das sete Relíquias do Milênio) concede o poder de entrar na mente de qualquer pessoa, além de roubar almas e até localizar alguém. Por isso mesmo quem o possui tem uma grande vantagem nos Duelos. No mangá, dizem que quem o possui pode fazer um desejo.


  • Fullmetal Alchemist

O personagem King Bradley, um dos sete homúnculos, possui um poder especial chamado "Olho Supremo". Com ele, Bradley consegue ler os movimentos do oponente com rapidez, permitindo-o prever ataques. Entretanto, esse poder está concentrado apenas em seu olho esquerdo, e Bradley já comentou que seu corpo, devido ao envelhecimento, pode ter dificuldade de acompanhar seu poder ocular.


  • YuYu Hakusho

O personagem Hiei possui um terceiro olho na testa chamado de Jagan ("olho do mal"), que lhe confere poderes psíquicos e, quanto ativado, aumento de suas habilidades. A implantação do olho deixou-o traumatizado, o que interferia em suas habilidades, mas ele perde esse trauma no decorrer da história e consegue acessar todo o poder do olho.


  • Basilisk (Kōga Ninpō Chō)

Os protagonistas Gennosuke Kōga e Oboro nasceram com poderes oculares únicos. Gennosuke aprendeu a controlar seu poder com o auxílio do tio, que também possui essa habilidade. Seu poder é apenas chamado de Dōjutsu ("técnica ocular"), que hipnotiza seus inimigos, revertendo sua intenção de matar contra eles mesmos e fazendo-os cometer suicídio. Já Oboro possui os "Olhos Místicos". Com apenas um olhar fixo, ela pode neutralizar qualquer outro poder que aparece na história.

(Dōjutsu)

(Olho Místico)



Fiz essa lista unicamente porque gosto desses poderes oculares. Espero que tenham gostado.
Para quem ainda não conferiu algum dos animes/mangás citados, aconselho!



4 de jul. de 2015

Homossexuais e bissexuais em games

Desde a década de 1980 que LGBTs estiveram ganhando inclusão no mundo gamer, inicialmente tendo uma imagem negativa. Com o passar do tempo, homossexuais e bissexuais foram conquistando seu espaço. Evoluíram daquelas pessoas cuja sexualidade era muita implícita para pessoas abertamente assumidas. Os jogos atuais estão a cada ano mais inclusivos, especialmente aqueles que vieram depois de 2010.

Há também jogos de RPG (Fable, Dragon Age, The Elder Scrolls: Skyrim, Dragon's Dogma) que permitem casamento com qualquer personagem, independentemente do gênero, e são reconhecidos pela inclusão LGBT. Mas aqui listarei personagens que são exclusivamente homo ou bi.



  • The Last of Us

A protagonista Ellie foi planejada para ser lésbica. Na DLC do jogo ela beija sua amiga, Riley, e foi confirmado que ela tem sentimentos amorosos por ela. E sobre o personagem Bill havia uma homossexualidade muito implícita, que depois foi confirmada. Tanto Ellie quanto Bill foram reconhecidos pela representatividade LGBT que eles trouxeram em 2013.

 (Bill)

(Ellie e Riley)

  • Assassin's Creed: Brotherhood 

O amigo do protagonista Ezio, Leonardo Da Vinci, deixa implícito que ele é homossexual (isso tem até base histórica). Na DLC do jogo, Ezio parece estar ciente do relacionamento de Leonardo com seu pupilo, Salai, e até chega a comentar que ambos combinavam.

 (Leonardo Da Vinci)

(Salai)

  • The Walking Dead (Season Two)

O jogo apresentou um casal gay, Matthew e Walter. Eles não chegam a ser vistos juntos, porém Clementine pode encontrar uma foto dos dois. Matthew é acidentalmente morto por um dos personagens do grupo de Clementine. Mais tarde o grupo conhece Walter, e acabam descobrindo sobre ele e Matthew. Dependendo das escolhas de Clementine, Walter pode perdoar ou não o assassinato do namorado.

 (Matthew)

(Walter)

  • Mass Effect 3

Steve Cortez é assumidamente homossexual e confirma ter sido casado com um homem chamado Robert. É possível se relacionar com ele se seu personagem for masculino. A relação começa quando o personagem auxilia Steve em seu luto pelo marido, e com o tempo é possível estabelecer um relacionamento amoroso entre os dois.

(Steve Cortez)

  • Metal Gear Solid

No jogo Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty há dois personagens bissexuais, um antagonista chamado Vamp e um comandante da marinha chamado Scott Dolph. Muitos pensavam que Vamp tinha esse nome pelas características de vampiro, mas Snake confirma que é por causa de sua bissexualidade. Além disso, há rumores que ele seria amante de Scott (que estava casado com uma mulher).

(Vamp)

(Scott Dolph)

No jogo Metal Gear Solid 3: Snake Eater há o personagem Volgin, cuja bissexualidade é conhecida por todos. E foi confirmado que ele já se relacionou com o personagem Raikov, que supostamente seria apenas homossexual.

(Yevgeny Borisovitch Volgin)

(Ivan Raidenovitch Raikov)

  • Dragon Age: Inquisition

O jogo permite casamento com muitos personagens, não importando o gênero de seu personagem. Porém, há dois personagens exclusivos para relações homoafetivas: Sera, uma elfa arqueira lésbica, e Dorian Pavus, um mago gay. Além deles, há o famoso Iron Bull, que pode se relacionar com personagens masculinos ou femininos. Porém os produtores do jogo o definem como pansexual, o que quer dizer que ele se relaciona com todos os gêneros.

(Sera)

(Dorian Pavus)

(Iron Bull)

  • Star Wars: Knights of the Old Republic 

Juhani é uma guerreira Jedi lésbica que pode mostrar atração pelo jogador caso esteja jogando com personagem feminina. De fato, Juhani é a primeira personagem homossexual conhecida na franquia de Star Wars.

(Juhani)

  • Grand Theft Auto V

Trevor Philips, protagonista do jogo, é claramente bissexual devido a suas interações e demonstrações de interesse por mulheres e homens.

(Trevor Philips)

  • Red Dead Redemption

O jogo apresenta os personagens Quique Montemayor e Capitão Vincente De Santa. Há muitos rumores que ambos são um casal, e comentários de alguns personagens deixam explícito os desejos homossexuais de Vincente.

(Quique Montemayor e Capitão Vincente De Santa)

  • Mortal Kombat X

Kung Jin é o primeiro personagem declaradamente homossexual da franquia Mortal Kombat. Mais um exemplo de representatividade LGBT e mais um exemplo da inclusão que muitos gêneros de jogos estão fazendo nos tempos atuais.

(Kung Jin)

  • Final Fantasy VII

Mukki é um fisioculturista gay encontrado em Honey Bee Inn. Lá, ele é acompanhado de outros homens fisioculturistas. Ele sempre tenta flertar com o personagem Cloud (que fica constrangido com isso).

(Mukki)

  • Borderlands

Em Borderlands 2, a personagem Mad Moxxi é bissexual e fala abertamente sobre relacionamentos com homens e mulheres. O personagem Axton foi confirmado pelos produtores do jogo como bissexual também, apesar de haver evidências sobre isso na DLC do jogo.

E nos jogos Borderlands: The Pre-Sequel! e Tales from the Borderlands temos a personagem Athena, uma lésbica que se envolve amorosamente com uma moça chamada Janey. Elas aparecerem em ambos os jogos como um casal.

(Mad Moxxi)

(Axton)

(Athena à esquerda e Janey à direita)

  • Resident Evil

No jogo Operation Raccoon City, o personagem Crispin Jettingham, codinome Dee-Ay foi criado como homossexual. Seu codinome é uma referência ao termo "DA" ("don't ask"; lit: não pergunte), que era uma conduta entre oficiais dos EUA que proibia ao exército perguntar sobre a sexualidade dos recrutas, e eles em contrapartida deveriam "ser discretos". Na versão final do jogo não há qualquer referência sobre a sexualidade de Crispin porque a Capcom julgou ser irrelevante.

(Crispin Jettingham)

  • Dying Light

Na DLC The Following, o protagonista Kyle Crane conhece uma personagem chamada Ezgi. Mais tarde ela desaparece. É revelado que ela e uma moça chamada Dara estão querendo fugir juntas, para viverem de acordo com suas decisões. Há um relacionamento muito implícito entre elas.

(Ezgi)

  • Life is Strange

A protagonista Max Caulfield e sua amiga, Chloe Price, são um casal em potencial no game, dependendo das escolhas de quem joga. Se Max apoiar Chloe em todas as ocasiões e der um beijo nela numa cena, elas vão evoluir a amizade para algo mais afetivo, com direito a um segundo beijo antes da escolha final no clímax da história. É revelado que Chloe tinha um relacionamento com uma garota desaparecida chamada Rachel. E Max, ao que tudo indica, pode na verdade ser uma assexual birromântica.

(Chloe e Max)


  • Assassin's Creed Syndicate

Jacob Frye, um dos protagonistas do game, é bissexual. Ele é um assassino que trabalha na Irmandade Britânica dos Assassinos. Um de seus parceiros de missões, Maxwell Roth, tem sentimentos por ele. Inclusive ocorre um beijo forçado entre eles antes de Maxwell morrer (morto por Jacob).

(Jacob Frye)

  • Overwatch


Tracer (nome real Lena Oxton) é uma personagem lésbica do jogo. Ela tem a habilidade única de controlar sua velocidade enquanto viaja pelo espaço-tempo.

(Tracer)



Apesar de homossexuais e bissexuais já terem sido tabu, ambos os grupos conquistaram seu espaço, e não tiveram o mesmo tratamento desumano que pessoas transgêneros (quase todas colocadas como piada ou objeto de escárnio).

Felizmente, a sociedade está avançando. A inclusão cada vez maior está sendo exigida para as empresas e produtores de jogos. Há gamers que perguntam: "Mas por que mostrar?" Eu tenho uma pergunta melhor: "Por que não mostrar?" Somos pessoas, nós existimos, fazemos parte da vida. Game é arte. E a arte imita a vida, não?