31 de dez. de 2015

Chocolate

Cá estou eu sem assunto novamente. Então pensei: vou falar de algo que gosto muito.

Por isso estou finalizando este ano falando de chocolate!


Pesquisadores dizem que os primeiros povos a fazerem produtos com o cacau foram os povos da Mesoamérica (México até a zona tropical da América do Sul), especialmente maias e astecas. A crença popular é que os astecas foram o primeiro povo a fazer bebidas com as sementes.

(Escultura asteca)


As barras são lindas, todas formadas por esses quadradinhos deliciosos! Tem chocolate amargo, meio-amargo, doce e ao leite. Todos contêm sementes de cacau e a famosa manteiga de cacau (gordura extraída das sementes). O doce contém açúcar e o ao leite contém isso mais (obviamente), o leite.

Eu particularmente sou fã de carteirinha do chocolate ao leite.

Podemos comer as barras! Podemos até derretê-las e fazer coberturas, que podem ser adicionadas em outros alimentos (ou comidas puras)! Podemos fazer bombons de vários recheios: castanhas, nozes etc. E também há bombons recheados com frutas! Tantas e tantas possibilidades gostosas!!!




E por que ser apenas sólido? Há também chocolate líquido! As primeiras produções registradas com o cacau foram justamente bebidas, que eram apreciadas mesmo com o gosto amargo. E atualmente temos achocolatado em pó (minha marca preferida é o Toddy).

Acreditam que até existe vinho com chocolate?


(Vinho de chocolate *-*)

E para quem gosta de doces frios, há também o maravilhoso sorvete de chocolate. Quase ninguém resiste a sorvete. Imagine de chocolate ainda?


E tem aquele chocolate que muita gente diz não ser "chocolate de verdade": o branco. O branco é feito basicamente de manteiga de cacau, açúcar e leite, sem sementes de cacau. Admito ser o meu tipo de chocolate menos preferido. Há quem goste mais desse do que dos demais.


Afinal quando o cacau veio ao Brasil? Imigrantes portugueses trouxeram a cultura do cacau no século XVII. Mas só na segunda metade do século XIX que foram construídas fábricas de chocolate no país.

Qual seria a explicação para as pessoas gostarem de chocolate e sentirem prazer ao comerem? As sementes de cacau contêm cafeína e aminoácidos importantes para a produção de neurotransmissores que regulam nosso humor e bem-estar. E também o consumo estimula a liberação de hormônios chamados endorfinas, que promovem sensação de prazer. E também podem ter efeitos semelhantes ao vício por drogas. Sim, chocolate pode viciar!

Procurei, inclusive, sobre chocolate ao leite para pessoas intolerantes a lactose, e descobri que há chocolates feitos com leite de soja. Incrível, não?

Enfim, não consigo expressar totalmente meu amor por chocolate. Mas creio que esse artigo tenha dado uma boa ideia.

#ChocólatraForever!

(VIVA AO CHOCOLATE!)



23 de dez. de 2015

Anime: Mirmo de Pon!

(Miru Miru Mirumo de Pon! ♪)

Aqui no Brasil tem o nome de Mirmo Zibang!. Vi esse anime quando morei em Peruíbe. Eu simplesmente adorava. E a música de abertura em português está gravada na minha mente até hoje. *-*

Mirmo é um muglox, uma espécie de fada que realiza desejos para as pessoas. Ele é o príncipe do mundo muglox e foge para o mundo humano por causa de um casamento arranjado. Um dia, uma garota chamada Kaede, que é apaixonada pelo colega de classe, Setsu, entra numa loja misteriosa. Ela encontra uma caneca azul e lê uma mensagem escrita na língua muglox. Ao seguir o que a mensagem mandava, Mirmo surge de dentro da caneca. E então começa suas aventuras com Kaede, que também tem que lidar com o gênio difícil de Mirmo. Outros muglox, como a noiva de Mirmo (Rirumu), um rival (Yashichi) e seu irmão mais novo (Murumo) também entram no mundo humano, e são as fadas que acompanham outros personagens, como Setsu, Azumi (rival de Kaede) e Kaoru (um rapaz apaixonado por Kaede).

Nota-se logo de cara que é um anime com uma temática infantil. Na verdade eu diria que é infanto-juvenil. Pode a princípio parecer mais direcionado ao público feminino, mas o enredo é adequado para todos os gêneros, pois retrata a vida e o romance adolescentes, mesmo que haja certo foco no lado de Kaede (afinal é a protagonista). Os muglox são seres tão puros e simples que a pior maldade que conseguem pensar é deixar alguém sem comer doce, e isso entra em contraste com a natureza humana (especialmente da personagem Azumi). O drama adolescente presente na trama é adoçado com comédia e com toda magia e inocência trazidas pelos muglox. De forma geral, a história é uma típica fantasia oriental, com o mundo comum se misturando a um mundo de magia.

Mesmo sendo um anime muito colorido e mais atraente para crianças, eu o recomendaria para todas as idades. É uma história doce e divertida de assistir, e faz as pessoas adultas de alguma forma relembrar do quanto é bom ser criança.





"If you read this message aloud while pouring hot cocoa into the mug, a love fairy ("muglox") will appear and grant your every wish."



19 de dez. de 2015

Historinha: Heterofobia

Era uma vez um lindo e humilde jovem hétero.
Ele adorava reafirmar sua heterossexualidade para todas as pessoas, até para os cachorros da rua.
Numa fria manhã nublada, ele passeava na rua com toda sua heterossexualidade até que, por curiosidade, entrou num espaço que discutia direitos de gays, lésbicas, e tudo que não era hétero como ele.
As minorias discutiam sobre o quanto sofriam na sociedade, falaram de agressões físicas (quem manda ficar dando pinta?) e "verbais" (afinal xingar é só uma liberdade de expressão), o quanto eram apagadas (como se tem viado em todo lugar agora?), que não podiam mostrar afeto em público (essa pouca vergonha...), entre outros vitimismos. O jovem então abriu sua maravilhosa boca hétera e soltou todas as suas ilustres opiniões héteras.
As malvadas minorias mandaram ele se calar, pois ele não sofria as supostas opressões.
Então o jovem revoltou-se e decidiu que lutaria contra a heterofobia pregada pela comunidade gay, para assim também preservar os poucos héteros que ainda existem no mundo.

Fim



17 de dez. de 2015

50 fatos sobre mim

Vou finalizar esse ano com uma listinha marota com 50 fatos sobre minha pessoa.

1- Nasci no hospital da Aeronáutica. Por isso vivo nas nuvens.
2- Quando pequeno eu adorava desenhar histórias com lápis de cor e canetas.
3- Eu colecionei a revista Recreio até 2008. Três perguntas minhas já apareceram lá.
4- Cresci vendo animes no SBT e no Cartoon Network. Os primeiros animes que me lembro são Dragon Ball Z, Sailor Moon, Sakura Cardcaptor e Samurai X.
5- Eu sempre tive um crush pelo Goku de Dragon Ball Z e pelo Kenshin de Samurai X.
6- Eu queria ser uma Sailor.
7- Algumas vezes usei roupas da minha tia, incluindo joias, tamanco e cachecol.
8- Desde sempre assisti os filmes da Disney. Amo a Disney!
9- Eu tive um cofrinho cheio de moedas que o pessoal me dava. Um belo dia todas as aquelas moedas sumiram...
10- Sempre fui muito mimado. Muita gente não me suportava quando eu era criança.
11- Quando eu tinha seis anos, lembro que eu e minha classe fizemos um "robozinho" chamado Tico. Ele foi feito com uma caixa, botões, potinhos de Danoninho, e outras coisas que não lembro.
12- Eu adorava muito meus primos quando criança. Aprendi a gostar de videogame e da cultura japonesa através deles.
13- Nunca sofri nenhum acidente ou quebrei algum osso.
14- Conheci o meu pai quando eu tinha 8 anos. E nem dei muita importância pra isso na época. Ele nunca morou comigo e só o vi umas três vezes na vida.
15- Morei cerca de 2 anos e meio na cidade de Peruíbe. Fora isso sempre morei em São Paulo.
16- Quase me afoguei uma vez num parque aquático em 2010.
17- Eu criei uma paixão por flores no litoral. Eu e minha avó comprávamos rosas de todas as cores quase toda semana. E também montamos um jardim cheio de plantas lá.
18-  Lá eu adorava assistir Xuxa No Mundo da Imaginação todas as manhãs.
19- Tive a impressão que meu cabelo ficou castanha uma vez. Mais tarde descobri que isso foi por causa do sol que eu tomava todo dia lá no litoral.
20- Um tio meu me deixou experimentar cigarro quando eu tinha 10 anos. Odiei, e engasguei com a fumaça.
21- Comecei a aprender inglês em 2004. Mas aprendi mais sozinho do que na escola. Nessa matéria fui meio autodidata.
22- Peruíbe foi a melhor fase da minha infância, especialmente nos anos de 2004 e 2005.
23- Em 2003 eu estudei na única escola pública que frequentei na minha vida. Eu não gostava de lá.
24- Em Peruíbe tive dois cachorros, a Laica e o Bolinha. Sinto falta deles até hoje.
25- Conheci meu melhor amigo naquela cidade.
26- Eu não tinha computador no litoral, mas eu me divertia com meus videogames, brinquedos, etc.
27- Apesar de eu morar no litoral, eu não ia para a praia todos os dias. Ainda ficava muito preso em casa.
28- Tive que ir embora de Peruíbe por causa da minha avó, que teve um acidente e quebrou a perna. Nunca a perdoei por isso.
29- Assim que saí do litoral voltei para minha escola da 1ª e 2ª séries. Detestei!
30- Depois dessa fui para uma escola mais perto de casa. Foi a pior escola da minha vida. Fiquei lá só meio ano.
31- Na escola seguinte consegui me adaptar mais, e comecei a me enturmar mais com as pessoas.
32- Em 2007 tive minha primeira paixão. Foi um modelo brasileiro que tem um irmão gêmeo.
33- Tenho um pouco de miscalculia: erro contas quando as faço de cabeça e muito rápido.
34- Não me importo com coisas de marca, e acho besteira isso.
35- Mesmo eu me considerando muito nerd, nunca parei pra assistir a franquia Star Wars.
36- Não tenho alma de colecionador, logo não tenho nada que seja pra colecionar (seja de anime, game, entre outros).
37- Odeio que me façam cafuné.
38- Em relação à morte, tenho muito medo de morrer: esfaqueado, queimado ou afogado.
39- Minhas maiores fobias são: barata e altura.
40- Não consigo ler e andar ao mesmo tempo.
41- Não gosto de ver gente escrevendo errado nas redes sociais. Às vezes faço uma maldade com essas pessoas: escrevo as palavras corrigidas nas minhas respostas, parecendo que foi na inocência.
42- Sempre morei com minha avó, tia e mãe.
43- Não sei assoviar, nem estalar os dedos, ou arrotar.
44- Não faz muito tempo que comecei a criar o hábito de ler todos os dias.
45- Sempre gostei de videogame e joguei muito na infância e adolescência. Atualmente eu gosto de assistir vídeos de walkthroughs e speedruns. É um hobby que curto demais.
46- Eu fiz orkut escondido de todo mundo, porque não me deixavam ter orkut. E eu era viciado em jogar Colheita Feliz.
47- Adoro stalkear homens no Facebook. Faço muito isso.
48- Já cheguei a encontrar minha primeira paixão da faculdade sem nem saber o nome dele. Acho que já posso fazer mestrado em stalkeamento.
49- Meu melhor ano de faculdade foi o primeiro, justamente pela novidade, pelo êxtase de estar na graduação, e por eu estudar de manhã.
50- Descobri que gosto muito de temaki. Tive muito preconceito antes de experimentar.

Beijos na alma de todxs.



12 de dez. de 2015

Estou amando duas pessoas

Oh céus, o que se deve fazer numa situação tão inusitada como esta?

Confesso que isso nunca me aconteceu. Pelo menos não de forma intensa. O que direi aqui é mais baseado em pesquisas a respeito do assunto.

Não é novidade que há gente que se apaixona por duas pessoas, e que tal situação é vista e tratada de uma forma geralmente negativa. Como a monogamia ainda é muito presente na grande maioria das sociedades pelo mundo, uma relação não-monogâmica - poligamia - é definida como perversão, safadeza, etc.

Porém, como sabemos, o ser humano é um bicho complexo demais. As coisas não são tão simples. Ter afetividade por mais de uma pessoa não é nada horrível. 

Normalmente costumamos nos apaixonar por uma pessoa e, com isso, passamos a querer somente aquela pessoa. Mas até mesmo gente monogâmica pode se apaixonar por mais de uma pessoa. Acontece, é natural, e não há nada de errado nisso. Cada um é um. Qual é o problema de ter afinidade por duas pessoas? Nenhum!

Se você que está amando duas pessoas quer manter a monogamia, o ideal a fazer é analisar a situação de maneira racional. Compare as duas pessoas, faça uma lista dos interesses em comum, veja as possibilidades de uma relação, e conheça ambas o suficiente para conseguir imaginar como seria uma relação com elas.

As pessoas se juntam por compatibilidade. Se perceber que você tem uma compatibilidade maior com uma delas, o melhor a fazer é começar um exercício interno de desapego com a pessoa menos compatível. Lembre-se que vocês podem ter uma amizade, que é uma espécie de amor.

Existe uma frase de um ator famoso internacionalmente que diz: "Se você acha que ama duas pessoas ao mesmo tempo, escolha a segunda. Porque se você realmente amasse a primeira, não teria uma segunda opção". Sinceramente, não creio muito nessa filosofia. É possível se apaixonar primeiro por uma pessoa menos compatível. Acontece.

"Ah, mas acabo de perceber que ambas são igualmente compatíveis comigo, O que fazer?"

Agora, saindo das relações monogâmicas, você talvez seja uma pessoa poliamorosa. Poliamor é um tipo de relação em que uma pessoa mantém relações afetivas com mais de uma pessoa. Claro que isso deve ser feito com consentimento mútuo; se você namora duas pessoas, ambas devem estar cientes disso!

Supondo que as duas pessoas que te interessam estejam acessíveis a ti, você pode conversar com elas sobre isso. É uma relação que enfrenta muita dificuldade devido a forte influência da monogamia no mundo, mas não é impossível. E se for possível, aproveite! Melhor do que ter uma pessoa amada só tendo duas pessoas amadas.

Se não houver um acordo e as duas pessoas ainda forem compatíveis contigo, só o tempo dirá qual delas será mais adequada para você. Ou talvez pode surgir um novo interesse.

Não existe uma receita universal para resolver esse dilema. Como foi dito, só o tempo dirá.



9 de dez. de 2015

Relações atuais

Por que é tão difícil namorar atualmente?
Por que é tão difícil fazer novas amizades atualmente?
Por que é tão difícil conversar atualmente?
Por que é tão difícil manter contato atualmente?

Eu sempre sonhei em encontrar um príncipe encantado: um homem carinhoso, inteligente, lindo, forte, interessante, fiel, companheiro, que estaria sempre lá para me salvar, que estaria sempre esperando por mim, aquele com quem eu pudesse compartilhar meu mundo.

Ele e eu seríamos as duas metades de um só coração. E estaríamos unidos por um laço que nenhuma pessoa, desafio ou distância poderia romper. Nem mesmo a morte.

Talvez já tenha existido uma época em que essa idealização fosse possível. Atualmente ela é vista como uma mera fantasia, um devaneio louco. Alguém (além de mim) ainda acredita nisso? Será que não há uma pessoa assim, ou próxima disso?

E as amizades? Quase a mesma coisa... Assim como a maioria não quer mais namoro, fazer amizades também está ficando menos comum. Não apenas entre homens gays, mas hoje em dia as novas formas de amizades funcionam com um sistema de troca; a pessoa precisa ter popularidade, dinheiro ou beleza. Se bem que o primeiro quesito pode ser consequência do segundo e do terceiro.

Isso é perceptível dentro e fora das redes sociais. O cara bonitão que tem milhares de fãs no Instagram, aquela sub-celebridade que tem centenas de curtidas num "oi" que posta no Twitter, aquele ator que todo mundo quer seguir no Facebook.

Conversar parece um grande esforço. Mesmo que a tecnologia possibilite uma comunicação mais rápida e ampla com uma ou mais pessoas, nos dias de hoje o ato de conversar (no sentido mais verdadeiro da palavra) está se tornando cada vez mais incomum.

Mesmo havendo ainda quem aprecie falar pessoalmente, olho no olho, cara a cara, as pessoas em geral estão acostumando-se a viver mais e mais dentro de uma bolha. Lá é uma zona de conforto, um escudo contra a convivência. Por que as pessoas não querem mais conviver? Talvez seja porque ninguém nunca se satisfaz com o que a outra pessoa tem a oferecer (se ela tiver).

Contatos se perdem com o tempo quando a ligação entre as pessoas não é forte. Quantas pessoas cumprem com o que falam? "Vamos manter contato". A frase soa como piada de mau gosto para quem tem essa experiência. Não adianta nada você tentar manter o contato quando a outra pessoa não quer.

Por que as relações estão difíceis atualmente?



5 de dez. de 2015

Pensamento do dia

A época do Natal é com certeza um tempo de união e iluminação.

Todas as pessoas se reúnem, mesmo aquelas com muitas diferenças.
E todo mundo incorpora um espírito de caridade (ou desejo de fazer caridade).

Temos que sentar na mesa com aqueles familiares que gostamos, aqueles que somos indiferentes, que aqueles que detestamos.

Quem nunca teve que comer na mesma mesa que um parente reacionário? Faz parte da vida.

Mas nesse período, nesse bendito período do ano, as pessoas realizam um ritual social de esquecer todas as desavenças e conflitos e formarem uma enorme comunhão.

O que explica isso? Talvez boa parte da culpa venha da religiosidade presente nessa época. Não que seja algo ruim. Pelo contrário, é ótimo!

Dito isso tudo, faço meu questionamento: esse tempo de união e iluminação é realmente real? E por que esse tempo só ocorre no Natal, e não em todos os dias do ano?

Essa felicidade, paz, harmonia etc que demonstramos nessa data é autêntica? Ou é apenas indução?

Precisamos mesmo de uma determinada época do ano para expressar nosso melhor para com o mundo e as pessoas ao nosso redor?

O Natal aproxima as pessoas? Sim, aproxima. Mas as pessoas se aproximam verdadeiramente?

Talvez uma solução abençoada para esses dilemas (e a meu ver é uma solução super ultra mega válida) seria comemorarmos o Natal todos os dias do ano.


2 de dez. de 2015

Meu primeiro encontro

Muitas pessoas devem estar pensando "finalmente aconteceu!"; outras, provavelmente, "uau, nem acredito!". Pois bem, finalizo o ano de 2015 contando essa experiência.

Logo após uma (outra) decepção amorosa, na mesma semana, numa calorosa tarde de sábado, puxei conversa com um garoto que eu conhecia só por nome. Como ele chamou minha atenção, senti-me corajoso para chegar nele. Podia dar certo, podia dar errado (de novo)... mas algo dentro de mim disse: vai!

Imaginei que era novamente minha consciência me mandando para mais uma decepção desse ano. Porém, milagrosamente, o que aconteceu foi totalmente o oposto.

Eu e ele conversamos, tudo fluiu harmonicamente, senti que estávamos numa boa sintonia, e eu, louco como sou, simplesmente o chamei para sair. E ele, sem pensar muito, aceitou. Fiquei verdadeiramente surpreso! Ele simplesmente aceitou! Não houve questionamento, desculpas, ou uma pausa para pensar. Ele disse... "sim"! Foi o melhor "sim" que tive esse ano.

Mantivemos contato até a quinta-feira. Combinamos certinho o local e o horário de nos encontrarmos. Ele demorou um tempo. Durante a espera, por um instante, pensei no pior: que eu havia levado um bolo! E como de costume iniciei meus draminhas mexicanos na cabeça "oh, será que cometi um erro???", "ah, por que os homens são tão cruéis comigo?", "há, foi bom me iludir, foi bom pensar que alguém se interessaria por mim".

E então ele apareceu e tudo voltou ao seu estado perfeito e radiante. Quase dei pulos de alegria. Só não fiz isso porque as pessoas na rua me olhariam e ele teria vontade de sair correndo hahaha.

Fomos no cinema do Shopping Frei Caneca. Tivemos conversas legais no caminho e na espera para o filme. Tive receio de me abrir e de falar de coisas ruins, como a decepção da semana passada. Mas no fim falei de tudo. Ele me retribuiu da mesma forma. E, como eu esperava (vindo de uma pessoa madura), ele me aconselhou sobre meus erros.

De fato, talvez meu lado infantil fosse uma das causas dos homens nunca me levarem a sério e me tratarem como lixo. E criar expectativas também não me ajudava muito. Decidi que daquele momento em diante eu procuraria mudar.

O filme começou. Estávamos lá no escurinho do fundo do cinema. Eu nem acreditava. Estava um tanto nervoso (desde que ele chegou), mas eu aguardava alguma ação, fosse da minha ou da parte dele. Até que num belo momento ele me beijou. De maneira dominante até, porque nem consegui mover direito a boca. E a língua dele entrou com tudo hahaha.

Assistimos ao filme, e de momentos em momentos beijávamos e trocávamos algumas carícias. Estar com uma pessoa, estar com aquela pessoa, começou me causar mudanças. Notei que comecei a mudar minha forma de enxergar e sentir o mundo. E embora transbordasse de felicidade e de estar me sentindo realizado, fiquei intrigado por eu não estar apaixonado.

Quando fiz uma autoanálise, percebi que eu não estava ardendo de paixão, ficando tonto, e vivendo nas nuvens. Por um instante fiquei com medo de ter me tornado oficialmente insensível. Mas depois tudo ficou claro: eu estava vivendo a realidade! Talvez eu já estivesse amadurecendo. Aquilo é viver um sentimento real; gostar da pessoa, querer conhecê-la, e depois a paixão viria. O contrário é a fantasia em que eu estava preso até aquele dia.

Após o filme, andamos de mãos dadas na rua. "Devo ter enlouquecido", pensei. Mas logo em seguida liguei o foda-se e aproveitei o momento. Eu não queria me despedir dele, mas não foi algo difícil. Na verdade eu ansiava pela minha cama. Ele me ensinou coisas naquele dia, e me estimulou a ser mais ousado, a me mostrar mais para o mundo. Por mais que eu me declare um ativista, ele me fez reparar que, na prática, ainda vivo muito no armário.

Sinceramente, não esperava que eu terminasse o ano de 2015 tendo meu primeiro encontro. Pensei que ficaria para o ano que vem, ou depois... (talvez nunca)

O que valeu aqui não foram apenas os beijos, afeto, a presença dele, etc. Aprender e experimentar as maravilhas da espontaneidade também foram pontos importantes. E, claro, interagir com outra pessoa, dividir meu mundo e meu ser com ela, e deixá-la fazer o mesmo. Dei um passo grande como pessoa, e não posso negar que sinto gratidão. Gratidão a quem? Ao Universo e a mim mesmo, talvez à vida em si. Desde esse dia passei a acreditar que as coisas vêm na hora certa.

Não importa se no fim vai rolar ou não um namoro entre nós. Ao contrário do meu primeiro beijo, posso afirmar que meu primeiro encontro foi um acontecimento especial, e não me arrependerei dele. Dessa vez eu agi com consciência e sem perder minha essência.

Beijos nas almas de todxs