5 de mar. de 2017

Disney e o beijo gay

Acho difícil alguém não ter visto essa "polêmica" (por que deveria ser polêmica?). Mas vamos lá: um desenho da Disney chamado Star Vs. as Forças do Mal mostrou a primeira cena de um beijo gay numa animação do estúdio Disney.

A Disney finalmente atendeu ao pedido da comunidade LGBT por visibilidade e representatividade. A inclusão de casais homoafetivos em animações infanto-juvenis também serve para mostrar a diversidade e naturalizá-la às crianças, além de acolher crianças LGBTs.


Embora o primeiro beijo gay tenha sido o maior foco, houve também outros beijos entre casais homoafetivos entre uma maioria de casais heteroafetivos. Percebe-se também uma diversidade de etnias e idades entre os casais.


E, como de praxe, um certo pastor evangélico (cujo nome me recuso a pronunciar) deu mais um show de ódio e escândalo soltando ofensas contra a Disney e convocando seus seguidores a boicotar a empresa.

Seu posicionamento, segundo suas palavras (e sua falta de lógica), era que o beijo gay estava "erotizando" as crianças e estava "ensinando educação sexual". Desde quando beijar é sexo? Desde quando beijar é erótico? E se fossem só casais heteroafetivos, a regra seria a mesma?

Não vou me prolongar sobre as incoerências fundamentadas na extrema homofobia deste pastor porque nem vale à pena. Ele sozinho faz um ótimo trabalho se contradizendo, distorcendo as coisas e mostrando que amor cristão é o que menos tem. Só digo isso: a Disney está pouco se fudendo para os gritos e ameaças desse indivíduo.

Parabéns a Disney pela iniciativa. Que venha mais visibilidade e representatividade LGBT nas animações, para que as crianças aprendam sobre a diversidade e se tornem pessoas melhores que esse pastor.

Muitos beijos em suas vidas!