4 de abr. de 2015

Pensamento do dia

Entrar num movimento social é uma libertação e ao mesmo tempo um compromisso.

Há vários movimentos, que defendem várias pautas. Mas no fim, todos se juntam pela afinidade de buscar igualdade.

Um deles se chama movimento LGBT. 

Mas ainda acho errada e limitadora essa sigla. Há muito mais do que lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis.

Há também assexuais, polissexuais, pansexuais, intersexuais, gêneros não binários, poliamorosos etc.

É um movimento de diversidade de sexo, sexualidade, afetividade e gênero.

Agora vem o questionamento: por que num movimento de pessoas diversificadas só um grupo quer falar, quer ter voz, quer aparecer? Por que apenas um quer representar todos?

Os movimentos combatem a opressão. Os opressores são seus inimigos. Mas como combater a opressão tendo opressores entre os próprios oprimidos?

Para quem é sua luta? Apenas para homens homossexuais? Homens homossexuais brancos e cisgêneros?

A luta é para você ou para todxs?

Por que o símbolo do movimento LGBT mostrado pelas mídias é apenas homens cis, branquinhos, malhadinhos, supostamente bem-dotadinhos e charmosinhos?

Como combater a ignorância e o preconceito de uma maioria sendo ignorante e preconceituoso com outras minorias?

É possível ser diferente do oponente, agindo igualzinho a ele?



Quando você reflete sobre essas respostas e muito mais, você quase enlouquece ao perceber quanta coisa errada há no próprio movimento.

Devemos combater o preconceito externo. Mas e o interno? Estamos combatendo?