O que seria um fim de ano sem uma retrospectiva, né? No caso aqui será minha retrospectiva, porque se for falar dos acontecimentos do ano, não vai ter nada de bom para contar. Mentira, o ano teve também seus bons momentos. Poucos, mas teve.
Segue aí com todo amor e carinho os acontecimentos mais relevantes. Se preparem para o textão.
No começo do ano passei um mês inteiro em Peruíbe. Não foi tão bom quanto eu esperava, pois o ócio me seguiu até lá. E como a vida é uma troll, caí de um conjunto de bicicletas que eu liderava, estava junto de minha prima e dois priminhos. Ainda bem que só eu caí. Não foi nessa encarnação que escapei da marca de uma queda rs. Também aproveitei uma oportunidade e corri pelado pela casa. Recomendo. E por fim meu afilhado teve sua primeira vez na praia, e ainda filmei tudo. Vida de padrinho, né?
Voltei para São Paulo sem causa ou rumo. Comecei a pós-graduação. Eu queria Farmácia Magistral, e para minha frustração não tinha o curso. Optei por Fitoterapia clínica. Interessante, mas vi só uma aula. Desisti da pós-graduação.
Coloquei aparelho de novo, dessa vez fizeram um trabalho decente.
Fiz colação de grau. E muito feliz por estar vendo minha turma tão desunida e infantil pela última vez. Mantenho contato com umas amigas e só. E com isso me despeço da instituição onde passei 5 anos da minha vida.
Comecei a fazer academia. Quero ficar fortinho, malhadinho, padrãozinho, pra ir nas baladas e tirar a camiseta no meio da pista... Mentira, só fui por questão de saúde. E estou indo bem. Tem dias que me dá preguiça, mas vou.
Esse ano tive um contato maior com a APOGLBT, o grupo que organiza e promove a Parada LGBT de São Paulo. Fui no Ciclo de Debates da APOGLBT, que foi maravilhoso, e vi as reuniões da próxima Parada. E finalmente comprei minha própria bandeira LGBT.
Excluí todo conteúdo pornográfico do meu notebook. Não foi nada demais, apenas uma coisa íntima e espiritual minha. E passo muito bem.
Tive o prazer de conhecer muitos grupos que lutam pela causa HIV, em especial o Pela Vidda e a Fundação Poder Jovem. No PV vou nas reuniões de quinta-feira, todas com temas diferentes e muita conversa produtiva. E sou membro do PJ, onde ajudo em eventos para arrecadar fundos e acompanho o pessoal em outros eventos. Também participei de um workshop sobre juventude, saúde e ISTs. Foi uma surpresa, pois eu não sabia que eu ficaria num lugar o dia inteiro e por dois dias seguidos.
Com isso também entrei no GT da Juventude. Tive o prazer de participar de uma ação coletiva para crianças numa casa de abrigo. Foi uma ótima experiência. Ah, e conheci um dos meus dois ficantes nesse grupo. Como não amar o GT? xD
Não consegui escapar de colocar óculos. Descobri que tenho miopia. Mas felizmente os óculos me deixam sexy.
E o acontecimento mais esperado: transei. E só. Foi uma experiência inusitada, lógico, mas nada de tão fantástico. Aliás, há colegas e amigos dando mais importância a isso do que eu. E também tive a experiência de beijar meus dois ficantes em dias seguidos. Não, nunca tinha feito isso. E fiquei com o segundo ficante mais de uma vez. Não, nunca tinha feito isso. Muitos dizem que "comecei a viver". Besteira.
Acompanhei um amigo na Santa Ceia dele. Tive aquele receio de entrar na igreja e minha pele queimar, mas nada ocorreu. Suportei por ele, pois era importante para ele e ele precisava de companhia. Descobri que esse ano sou capaz de pensar nos outros, incrível.
Conheci Tath, administradore do site Orientando. Fizemos amizade. Fui em sua casa duas vezes, e na segunda tomamos uns drinks, quase fiquei bêbado. E comi coxinha de jaca. É deliciosa, sério.
Se tem uma coisa que fiz muito foi comprar livros. Foram dezenas de livros. A Saraiva devia me dar um belo desconto, só acho. Agora preciso ler!!!
Como não trabalhei ou estudei, esse ano participei de muitas rodas de debate e palestras LGBT+. Muitas mesmo. Tive contato com outras militâncias e aprendi muito com elas. Minha militância foi renovada com essas experiências e pelo Orientando.
E meu fim de ano teve dois fatos incômodos: meu celular e meu carregador de notebook pararam de funcionar. Simples assim. Consegui logo um celular novo, pois minha tia tinha um reserva. Está tudo bem. Descobri que quase tudo que faço no notebook posso fazer pelo celular. Agora só aguardo meu novo carregador chegar.
Fechei o ano participando de um Natal Comunitário. Foi uma experiência muito bonita, fez bem a minha alma. Abri mão de uma reunião "em família" (pessoas que nem gosto, mas hoje estamos de bem). E entrei para o coletivo Arouchianos. Parece ser um coletivo interessante, tem uma proposta bem inclusiva e se preocupa com as populações periféricas e de rua. Isso pra mim mostra uma ótima índole.
Esse foi meu ano de 2017. Tirando ócio, tédio, e uns boys bem esquisitos, foi um ano de aprendizado e conhecimento, saí mais do meu mundo e tive um contato humano que realmente não tive nos anos anteriores. Mudei. Não uma, duas, três, mas várias vezes.
Estou indo para o próximo ano mais direcionado com o que quero e pretendendo ser cada vez melhor. Que venha 2018!